sexta-feira, 31 de agosto de 2007
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
O soberano, o nobre e seus súditos de boa vontade
Considerar o Porto Vintage como o Rei dos Vinhos do Porto é uma forma de reverenciar mamãe Natureza e lhe agradecer pela dádiva. Ela, ao oferecer uma conjunção ideal de clima com solos únicos e apropriados - isso, em geral, não ocorre mais do que três vezes por década - é a grande responsável por se alcançar um vinho tão aristocrático e vigoroso, que reinará soberano por dezenas de anos - a maioria duas décadas, os grandes muito mais. É preciso, no entanto, paciência para que ele vá perdendo lenta e gradualmente o excesso de impetuosidade que o caracteriza no início, dando lugar à elegância. Sua nobreza, então, transcende, podendo dessa forma ser apreciado como merece.
Fonseca Vintage 94 com Stilton e Duque de Bragança Tawny 20 anos com queijo da Serra da Estrela: nunca é tempo perdido
Em resumo, os Vintages se originam de uma safra única (e excepcional), e são engarrafados cedo, entre o segundo e terceiro ano após a colheita; tendo pouco contato com madeira, vão se desenvolvendo aos poucos dentro da garrafa. Atendendo a sua natureza e tradição, os produtores não utilizam procedimentos de clarificação, filtração e estabilização a frio, razão pela qual os Vintages tendem a apresentar depósito, o que implica na necessidade de decantá-los.
Uma vez decantado é inútil colocá-lo de volta na garrafa com a expectativa de guardá-lo. O vintage, como todo rei tem seus caprichos: não deve ser bebido jovem (os americanos têm esse hábito, ao contrário dos ingleses, que realmente entendem do assunto) e, por não ter passado por um processo oxidativo (como os Tawnies), se oxida e perde suas virtudes.
Reis ou não, os Tawnies, brilham em outro campo. Eles contam com maior participação do homem, sendo fruto de uma arte ancestral que se distingue pela sabedoria e talento em mesclar Portos de vários anos. Até o momento de serem utilizados permanecem em cascos de madeira - em geral ao redor de 600 litros -, que permite ao vinho respirar através de seus poros. Sofrem assim um processo oxidativo que lhes tira a cor e os deixa com tons aloirados, termo, aliás, que é a tradução da palavra inglesa tawny. O contato com a madeira, a rigor, acelera sua evolução e amadurecimento, o que se traduz em textura macia e paladar sedutor, com aromas instigantes como nozes, avelãs e frutas secas.
Tawny é uma família de Vinhos do Porto que têm em comum o fato de serem envelhecidos em madeira. O período em que isso se dá é que distingue os que se enquadram nessa classificação. Todos, porém, seguem o mesmo ritual de serviço: podem ser consumidos de imediato; o fato de já terem vivido em ambiente oxidativo faz com que não precisem ser decantados, da mesma forma que uma garrafa pode ser desfrutada aos poucos, por um bom tempo, depois de ter sido aberta; e devem ser armazenados na vertical. Não por acaso, a vedação é de cortiça com um chapéu de plástico, que permite tirar e tampar de volta. A família dos tawnies é composta de:
Tawny (básico): o mais comum dos tawnies, é composto de Portos que raramente têm mais de três anos, daí não terem cor tão esmaecida. São muito utilizados como aperitivo pelos franceses, quando acompanham terrines de foie gras, queijos azuis tipo roquefort, e frutas secas. É a porta de entrada da categoria e seu maior atrativo é o preço. No padrão acima, com 5 a 6 anos de envelhecimento, ganham maciez e a denominação Reserva. Servi-los perto dos 16 graus centígrados.
Tawny com indicação de idade: é uma composição de tawnies mais velhos. A idade média dos vinhos que foram utilizados na mescla, 10, 20, 30 e mais de 40 anos é indicada no rótulo. A data em que foram engarrafados tem de estar também especificada e é uma garantia, já que eles guardam melhor o frescor quando bebidos pouco depois. Cada Casa tem um estilo próprio que o enólogo procura sempre preservar, seja na procedência de cada lote como também na maneira de se chegar ao "blend" - mesclar vinhos novos, que tem mais fruta e frescor, com mais velhos, que são mais macios e ricos, dando, na média, a idade desejada; ou partir de um lote com aquela idade e fazer alguns acertos e correções em torno dele.
Vale como exemplo do primeiro o Duque de Bragança, especialidade da Ferreira (importado pela Aurora) e um dos melhores (e meu preferido) "20 anos" do mercado. O segundo gênero pode ser comprovado no Sandeman (Pernod Ricard), que resulta num Tawny mais leve e fácil. Buscar um estilo mais austero e tradicional, mais ao gosto dos ingleses, é o caso da Offley (Zahil). O curioso é que as três casas pertencem ao grupo Sogrape, mas, como se vê, têm vida autônoma.
Guardadas as devidas diferenças de estilos e idades identificadas no rótulo, esta categoria de Portos é bem eclética à mesa, podendo ir do começo ao fim da refeição. Digamos iniciar com um escalope de foie gras, seguido de um Pato com laranja, e arrematando com sobremesa à base de chocolate. Depois, enquanto os charuteiros encontram nele boa companhia, o resto dos convivas pode jogar conversa fora tendo ao lado do copo uma porção bem variada de frutas secas. Servir entre 14 e 15 graus.
Colheita: tanto quanto os tawnies, os colheitas envelhecem em casco. A diferença é que estes são provenientes de uma única colheita, indicada no rótulo, e vão sendo engarrafados à medida que a Casa tem interesse em colocá-lo no mercado - no mínimo devem ficar sete anos. Significa dizer que há colheitas com datas distintas de engarrafamento, o que implica em vinhos com características diferentes. O rótulo indica o ano em que as uvas foram colhidas e que ele foi mantido na madeira até o engarrafamento, data que deve ser obrigatoriamente mencionada.
Ainda que sejam Portos de alto padrão, os colheitas não têm o mesmo rigor na seleção das uvas que os Vintages - o fato de terem que envelhecer em madeira faz, igualmente, com que o critério de escolha seja diferente -, razão pela qual são, em geral, produzidos todos os anos. Isso faz com que se tornem boa opção para presentear aniversariantes, e sejam apropriadamente chamados de "Porto de Aniversário". Casas como Niepoort (Mistral), Wiese & Krohn (World Wine-La Pastina), Burmester (Adega Aletejana) e Ferreira (Aurora) são especializadas no gênero. Na compatibilização com comida se assemelham aos tawnies com indicação de idade.
Vintages e LBVs de um lado, Tawnys especiais do outro, a questão é de momento e, evidentemente, de preferências. É o caso da harmonização com queijos. Se é inquestionavelmente perfeita a combinação de Vintage com Stilton, o fantástico queijo tipo azul inglês, eu pelo menos assim não considero a propalada afinidade entre o "Rei" dos Portos e a grande especialidade de Portugal, o queijo da Serra da Estrela. Entendo que esse soberbo queijo português tem o dom de reunir caráter e delicadeza, que, associado à sua textura pastosa, é impiedosamente ofuscado por um Vintage, sobretudo quando novo, o que é comum de acontecer. Mais apropriado, acredito, é um "20 anos". Em todo caso, como bem lembrou o leitor Álvaro Pessoa em seu simpático e-mail, "any time not spent drinking Port, is a waste of time (qualquer que seja o tempo gasto que não seja bebendo Porto, é perda de tempo)". Eu me contento com qualquer um. (Jorge Lucki/Valor Econômico)
Importadores dos queijos
Stilton: Calimp (11) 4152 4588;
Queijo da Serra da Estrela: All Food 6692 4022; e Casa dos Queijos (11) 2121 3777
colaborador-jorge.lucki@valor.com.br
Fonseca Vintage 94 com Stilton e Duque de Bragança Tawny 20 anos com queijo da Serra da Estrela: nunca é tempo perdido
Em resumo, os Vintages se originam de uma safra única (e excepcional), e são engarrafados cedo, entre o segundo e terceiro ano após a colheita; tendo pouco contato com madeira, vão se desenvolvendo aos poucos dentro da garrafa. Atendendo a sua natureza e tradição, os produtores não utilizam procedimentos de clarificação, filtração e estabilização a frio, razão pela qual os Vintages tendem a apresentar depósito, o que implica na necessidade de decantá-los.
Uma vez decantado é inútil colocá-lo de volta na garrafa com a expectativa de guardá-lo. O vintage, como todo rei tem seus caprichos: não deve ser bebido jovem (os americanos têm esse hábito, ao contrário dos ingleses, que realmente entendem do assunto) e, por não ter passado por um processo oxidativo (como os Tawnies), se oxida e perde suas virtudes.
Reis ou não, os Tawnies, brilham em outro campo. Eles contam com maior participação do homem, sendo fruto de uma arte ancestral que se distingue pela sabedoria e talento em mesclar Portos de vários anos. Até o momento de serem utilizados permanecem em cascos de madeira - em geral ao redor de 600 litros -, que permite ao vinho respirar através de seus poros. Sofrem assim um processo oxidativo que lhes tira a cor e os deixa com tons aloirados, termo, aliás, que é a tradução da palavra inglesa tawny. O contato com a madeira, a rigor, acelera sua evolução e amadurecimento, o que se traduz em textura macia e paladar sedutor, com aromas instigantes como nozes, avelãs e frutas secas.
Tawny é uma família de Vinhos do Porto que têm em comum o fato de serem envelhecidos em madeira. O período em que isso se dá é que distingue os que se enquadram nessa classificação. Todos, porém, seguem o mesmo ritual de serviço: podem ser consumidos de imediato; o fato de já terem vivido em ambiente oxidativo faz com que não precisem ser decantados, da mesma forma que uma garrafa pode ser desfrutada aos poucos, por um bom tempo, depois de ter sido aberta; e devem ser armazenados na vertical. Não por acaso, a vedação é de cortiça com um chapéu de plástico, que permite tirar e tampar de volta. A família dos tawnies é composta de:
Tawny (básico): o mais comum dos tawnies, é composto de Portos que raramente têm mais de três anos, daí não terem cor tão esmaecida. São muito utilizados como aperitivo pelos franceses, quando acompanham terrines de foie gras, queijos azuis tipo roquefort, e frutas secas. É a porta de entrada da categoria e seu maior atrativo é o preço. No padrão acima, com 5 a 6 anos de envelhecimento, ganham maciez e a denominação Reserva. Servi-los perto dos 16 graus centígrados.
Tawny com indicação de idade: é uma composição de tawnies mais velhos. A idade média dos vinhos que foram utilizados na mescla, 10, 20, 30 e mais de 40 anos é indicada no rótulo. A data em que foram engarrafados tem de estar também especificada e é uma garantia, já que eles guardam melhor o frescor quando bebidos pouco depois. Cada Casa tem um estilo próprio que o enólogo procura sempre preservar, seja na procedência de cada lote como também na maneira de se chegar ao "blend" - mesclar vinhos novos, que tem mais fruta e frescor, com mais velhos, que são mais macios e ricos, dando, na média, a idade desejada; ou partir de um lote com aquela idade e fazer alguns acertos e correções em torno dele.
Vale como exemplo do primeiro o Duque de Bragança, especialidade da Ferreira (importado pela Aurora) e um dos melhores (e meu preferido) "20 anos" do mercado. O segundo gênero pode ser comprovado no Sandeman (Pernod Ricard), que resulta num Tawny mais leve e fácil. Buscar um estilo mais austero e tradicional, mais ao gosto dos ingleses, é o caso da Offley (Zahil). O curioso é que as três casas pertencem ao grupo Sogrape, mas, como se vê, têm vida autônoma.
Guardadas as devidas diferenças de estilos e idades identificadas no rótulo, esta categoria de Portos é bem eclética à mesa, podendo ir do começo ao fim da refeição. Digamos iniciar com um escalope de foie gras, seguido de um Pato com laranja, e arrematando com sobremesa à base de chocolate. Depois, enquanto os charuteiros encontram nele boa companhia, o resto dos convivas pode jogar conversa fora tendo ao lado do copo uma porção bem variada de frutas secas. Servir entre 14 e 15 graus.
Colheita: tanto quanto os tawnies, os colheitas envelhecem em casco. A diferença é que estes são provenientes de uma única colheita, indicada no rótulo, e vão sendo engarrafados à medida que a Casa tem interesse em colocá-lo no mercado - no mínimo devem ficar sete anos. Significa dizer que há colheitas com datas distintas de engarrafamento, o que implica em vinhos com características diferentes. O rótulo indica o ano em que as uvas foram colhidas e que ele foi mantido na madeira até o engarrafamento, data que deve ser obrigatoriamente mencionada.
Ainda que sejam Portos de alto padrão, os colheitas não têm o mesmo rigor na seleção das uvas que os Vintages - o fato de terem que envelhecer em madeira faz, igualmente, com que o critério de escolha seja diferente -, razão pela qual são, em geral, produzidos todos os anos. Isso faz com que se tornem boa opção para presentear aniversariantes, e sejam apropriadamente chamados de "Porto de Aniversário". Casas como Niepoort (Mistral), Wiese & Krohn (World Wine-La Pastina), Burmester (Adega Aletejana) e Ferreira (Aurora) são especializadas no gênero. Na compatibilização com comida se assemelham aos tawnies com indicação de idade.
Vintages e LBVs de um lado, Tawnys especiais do outro, a questão é de momento e, evidentemente, de preferências. É o caso da harmonização com queijos. Se é inquestionavelmente perfeita a combinação de Vintage com Stilton, o fantástico queijo tipo azul inglês, eu pelo menos assim não considero a propalada afinidade entre o "Rei" dos Portos e a grande especialidade de Portugal, o queijo da Serra da Estrela. Entendo que esse soberbo queijo português tem o dom de reunir caráter e delicadeza, que, associado à sua textura pastosa, é impiedosamente ofuscado por um Vintage, sobretudo quando novo, o que é comum de acontecer. Mais apropriado, acredito, é um "20 anos". Em todo caso, como bem lembrou o leitor Álvaro Pessoa em seu simpático e-mail, "any time not spent drinking Port, is a waste of time (qualquer que seja o tempo gasto que não seja bebendo Porto, é perda de tempo)". Eu me contento com qualquer um. (Jorge Lucki/Valor Econômico)
Importadores dos queijos
Stilton: Calimp (11) 4152 4588;
Queijo da Serra da Estrela: All Food 6692 4022; e Casa dos Queijos (11) 2121 3777
colaborador-jorge.lucki@valor.com.br
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Filho de Mick Jagger é primeiro britânico a ter permissão para fumar em pub
O ator James Jagger, filho do vocalista dos Rolling Stones, se tornou o primeiro britânico a fumar em um pub sem violar a lei antitabaco, vigente no Reino Unido desde 1º de julho.
O jovem recebeu uma permissão especial da Prefeitura de Islington para acender o cigarro, pois fazia parte do papel que desempenha na peça "Lone Star and Private Wars", que estreou na terça-feira na sala King's Head, no norte de Londres, um típico pub inglês.
James Jagger, que também comemorava seu 22º aniversário, interpreta o personagem Cletus, um "idiota do Texas", segundo a definição do jornal "The Daily Telegraph".
Curiosamente, na semana passada, dois membros dos Rolling Stones violaram a lei antitabaco ao acender um cigarro durante o primeiro dos três shows da banda na capital britânica.
Os veteranos guitarristas Keith Richards e Ron Wood ignoraram a nova lei ao fumar durante o show de duas horas e meia no estádio O2, na região de Greenwich, no sudeste de Londres, dentro de sua turnê mundial "A Bigger Bang". Londres, 29 ago (EFE)
O jovem recebeu uma permissão especial da Prefeitura de Islington para acender o cigarro, pois fazia parte do papel que desempenha na peça "Lone Star and Private Wars", que estreou na terça-feira na sala King's Head, no norte de Londres, um típico pub inglês.
James Jagger, que também comemorava seu 22º aniversário, interpreta o personagem Cletus, um "idiota do Texas", segundo a definição do jornal "The Daily Telegraph".
Curiosamente, na semana passada, dois membros dos Rolling Stones violaram a lei antitabaco ao acender um cigarro durante o primeiro dos três shows da banda na capital britânica.
Os veteranos guitarristas Keith Richards e Ron Wood ignoraram a nova lei ao fumar durante o show de duas horas e meia no estádio O2, na região de Greenwich, no sudeste de Londres, dentro de sua turnê mundial "A Bigger Bang". Londres, 29 ago (EFE)
terça-feira, 28 de agosto de 2007
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
Ardido bom para a saúde
Princípio ativo existente na pimenta, chamado capsaicina, previne acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, bronquites
Pimentas. Elas inspiram sentimentos de amor e ódio. Mas, independente da paixão, podem colaborar para uma vida mais saudável.
A nutricionista Andressa Montagna, de Londrina, explica que a mesma substância que causa a ardência da pimenta é a que traz benefícios para a saúde. Por isso, segundo ela, não vale a pena tirar as sementes da pimenta para comê-la. O médico nutrólogo Edson Credidio, especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), também ressalta os benefícios do alimento.
Segundo pesquisa da American Dietetic Association, o princípio ativo existente na pimenta, chamado capsaicina, previne acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, bronquites. Funciona também como antiinflamatório, anticoagulante e, por ser termogênico, auxilia na perda de peso. A capsaicina libera ainda uma carga de endorfina, produzindo uma agradável sensação de bem-estar. E os países que utilizam esses condimentos em suas dietas têm índice pequeno de derrames e enfartes.
Expert em pimentas Fabiana Cristina Gonçalves, de São Paulo, não se cansa de dizer: pimenta não faz mal, mas sim a forma como o condimento é usado. Fabiana acrescenta que a iguaria é rica em vitamina C e combate radicais livres, que são causadores de doenças degenerativas. Em suas pesquisas, ela descobriu que a Coréia é o país com maior consumo per capita de pimenta do mundo, e isto é associado ao baixo índice de casos de câncer entre os coreanos.
A pimenta-do-reino não proporciona esses benefícios, avisa a empresária. Ao contrário dos outros tipos, esse condimento não se dissolve no organismo, tornando-se cumulativo e podendo ser prejudicial à saúde, sobretudo para quem tem tendência a úlcera e gastrite.
Com relação às restrições de consumo das outras pimentas, o nutrólogo Credidio diz que pessoas com predisposição a hemorróidas devem evitar principalmente as vermelhas, por serem as mais ardidas. Para quem quer se beneficiar das propriedades da capsaicina e não gosta da ardência, há opção em cápsulas, indicadas por um médico.
Uma solução para não abdicar dos sabores da pimenta é consumir as chamadas ''doces'', que são suaves e sem tanta ardência, conforme observa Fabiana. Tem a biquinho, que serve como um tira-gosto de tão leve. Uma boa pedida é transformá-la em conserva para comer uma a uma. Existem ainda a cambuci e a americana, que, sem as sementes, ficam deliciosas refogadas ou na salada.
As pesquisas ainda não apontam a quantidade de pimenta que deve ser consumida por dia para se obter benefícios à saúde. O ideal, segundo Andressa, é ter bom senso: ''Como qualquer outro alimento, o exagero não faz bem. O melhor é comer quantidades pequenas regularmente'', afirma. (Chiara Papali/com Agência Estado)
Pimentas. Elas inspiram sentimentos de amor e ódio. Mas, independente da paixão, podem colaborar para uma vida mais saudável.
A nutricionista Andressa Montagna, de Londrina, explica que a mesma substância que causa a ardência da pimenta é a que traz benefícios para a saúde. Por isso, segundo ela, não vale a pena tirar as sementes da pimenta para comê-la. O médico nutrólogo Edson Credidio, especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos e diretor da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran), também ressalta os benefícios do alimento.
Segundo pesquisa da American Dietetic Association, o princípio ativo existente na pimenta, chamado capsaicina, previne acidente vascular cerebral, enfarte agudo do miocárdio, bronquites. Funciona também como antiinflamatório, anticoagulante e, por ser termogênico, auxilia na perda de peso. A capsaicina libera ainda uma carga de endorfina, produzindo uma agradável sensação de bem-estar. E os países que utilizam esses condimentos em suas dietas têm índice pequeno de derrames e enfartes.
Expert em pimentas Fabiana Cristina Gonçalves, de São Paulo, não se cansa de dizer: pimenta não faz mal, mas sim a forma como o condimento é usado. Fabiana acrescenta que a iguaria é rica em vitamina C e combate radicais livres, que são causadores de doenças degenerativas. Em suas pesquisas, ela descobriu que a Coréia é o país com maior consumo per capita de pimenta do mundo, e isto é associado ao baixo índice de casos de câncer entre os coreanos.
A pimenta-do-reino não proporciona esses benefícios, avisa a empresária. Ao contrário dos outros tipos, esse condimento não se dissolve no organismo, tornando-se cumulativo e podendo ser prejudicial à saúde, sobretudo para quem tem tendência a úlcera e gastrite.
Com relação às restrições de consumo das outras pimentas, o nutrólogo Credidio diz que pessoas com predisposição a hemorróidas devem evitar principalmente as vermelhas, por serem as mais ardidas. Para quem quer se beneficiar das propriedades da capsaicina e não gosta da ardência, há opção em cápsulas, indicadas por um médico.
Uma solução para não abdicar dos sabores da pimenta é consumir as chamadas ''doces'', que são suaves e sem tanta ardência, conforme observa Fabiana. Tem a biquinho, que serve como um tira-gosto de tão leve. Uma boa pedida é transformá-la em conserva para comer uma a uma. Existem ainda a cambuci e a americana, que, sem as sementes, ficam deliciosas refogadas ou na salada.
As pesquisas ainda não apontam a quantidade de pimenta que deve ser consumida por dia para se obter benefícios à saúde. O ideal, segundo Andressa, é ter bom senso: ''Como qualquer outro alimento, o exagero não faz bem. O melhor é comer quantidades pequenas regularmente'', afirma. (Chiara Papali/com Agência Estado)
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Empresário torra R$ 400 mil em 5 horas de bebedeira
Foram litros e mais litros de champanhe e vodca na boate em Londres. Dono disse que foi a conta mais alta que ele viu em 20 anos
Um empresário do Oriente Médio fez uma farra e tanto numa boate de Londres recentemente. Em cinco horas regadas a champanhe e vodca, ele gastou US$ 210 mil (cerca de R$ 400 mil).
Fraser Donaldson, representante da boate Crystal, a favorita do príncipe Harry (filho de Charles e da Lady Di), disse que essa foi a conta mais alta que ele já entregou a um consumidor em 20 anos no ramo.
O mão-aberta, que não teve seu nome divulgado, chegou à Crystal à meia-noite de um sábado com alguns amigos - nove mulheres e oito homens - e pediu uma garrafa de vinho branco de R$ 95.
Em pouco tempo, ele passou a pedir garrafas de champanhe Dom Perignon de R$ 2.700,00 cada. Quando chamou uma "Methuselah" - oito garrafas em uma - do champanhe Cristal, pela bagatela de R$ 115 mil, a farra pegou fogo.
"Ele disse basicamente: 'Continue trazendo os drinks'", disse Donaldson. Quando a festa acabou, às 5h da manhã, a conta entregue foi de nada menos do que R$ 400 mil. Incluindo o preço de seis Coca-Colas. (G1)
Um empresário do Oriente Médio fez uma farra e tanto numa boate de Londres recentemente. Em cinco horas regadas a champanhe e vodca, ele gastou US$ 210 mil (cerca de R$ 400 mil).
Fraser Donaldson, representante da boate Crystal, a favorita do príncipe Harry (filho de Charles e da Lady Di), disse que essa foi a conta mais alta que ele já entregou a um consumidor em 20 anos no ramo.
O mão-aberta, que não teve seu nome divulgado, chegou à Crystal à meia-noite de um sábado com alguns amigos - nove mulheres e oito homens - e pediu uma garrafa de vinho branco de R$ 95.
Em pouco tempo, ele passou a pedir garrafas de champanhe Dom Perignon de R$ 2.700,00 cada. Quando chamou uma "Methuselah" - oito garrafas em uma - do champanhe Cristal, pela bagatela de R$ 115 mil, a farra pegou fogo.
"Ele disse basicamente: 'Continue trazendo os drinks'", disse Donaldson. Quando a festa acabou, às 5h da manhã, a conta entregue foi de nada menos do que R$ 400 mil. Incluindo o preço de seis Coca-Colas. (G1)
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Cinema para degustar
Esqueça a pipoca. O livro O cinema vai à mesa - Histórias e receitas, escrito pelo cinéfilo Rubens Ewald Filho e pela jornalista gastronômica Nilu Lebert, mistura (boa) comida e cinema e traz dicas de pratos que roubaram a cena nos filmes em que foram apresentados. A receita do livro é simples: reúna dois apaixonados pela sétima arte e pela gastronomia, junte grandes chefs para recriar receitas de alguns clássicos do cinema, um sommelier (conhecedor de vinhos) e pronto, é só servir.
“A idéia começou quando eu sugeri uma pauta para uma revista e pedi a ajuda do Rubens, que é um amigo de muitos anos. A reportagem fez sucesso, e nós pensamos, então, no livro, já que material não faltava”, conta Nilu, que diz que foram mais de 50 longas assistidos para chegar aos 25 que estão na obra. “Um dos critérios foi que o longa estivesse disponível em DVD; o outro, que desse para montar um jantar temático em torno dos filmes e chamar os amigos”, diz Nilu.
O nível de dificuldade varia. Há receitas simples, como a fritada de batata e o pudim de leite – fáceis para quem não tem medo da palavra banho-maria, que fique claro – do espanhol Volver, até complexos pratos, como o mil-folhas de bacalhau inspirado em Quem está matando os grandes chefes da Europa?, e o blinis com caviar e creme de leite, do francês A Festa de Babette. Para comer com os olhos, com o perdão do trocadilho. (Folhapress)
“A idéia começou quando eu sugeri uma pauta para uma revista e pedi a ajuda do Rubens, que é um amigo de muitos anos. A reportagem fez sucesso, e nós pensamos, então, no livro, já que material não faltava”, conta Nilu, que diz que foram mais de 50 longas assistidos para chegar aos 25 que estão na obra. “Um dos critérios foi que o longa estivesse disponível em DVD; o outro, que desse para montar um jantar temático em torno dos filmes e chamar os amigos”, diz Nilu.
O nível de dificuldade varia. Há receitas simples, como a fritada de batata e o pudim de leite – fáceis para quem não tem medo da palavra banho-maria, que fique claro – do espanhol Volver, até complexos pratos, como o mil-folhas de bacalhau inspirado em Quem está matando os grandes chefes da Europa?, e o blinis com caviar e creme de leite, do francês A Festa de Babette. Para comer com os olhos, com o perdão do trocadilho. (Folhapress)
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Saborosas lembranças
Restaurantes de São Paulo recebem chefs de todo o País para o festival Bom de Mesa
A Associação Brasileira de Restaurantes da Boa Lembrança, que reúne 80 restaurantes em 19 estados brasileiros promove, entre os dias 21 a 23 deste mês, na capital paulista, a quarta edição do Festival São Paulo Bom de Mesa quando vários restaurantes de São Paulo vão receber chefs de outras regiões brasileiras. Entre os dias 24 a 26, também de agosto, o mesmo festival será realizado no interior do estado, em Jaguariúna e Campos do Jordão.
Criada pelo chef e sommelier italiano Danio Braga, dono do Locanda della Mimosa em Petrópolis e um dos mais importantes chefs em atuação no Brasil, a Associação Brasileira dos Restaurantes da Boa Lembrança vem, ao longo dos anos, ajudando a desenvolver uma cultura brasileira de bons restaurantes fora dos grandes centros, revelando talentos regionais. Além de São Paulo, o evento Bom de Mesa é também realizado no Rio de Janeiro durante as férias de julho.
Rose di salmone alla crema de pesce picante da chef Simone Bert do peruano Wanchako, de Maceió, na Vinheria Percussi
A Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, hoje presidida pelo chef César Santos, do Oficina do Sabor, de Olinda (PE), criou um souvenir para quem for a um restaurante da Boa Lembrança e pedir o prato inscrito na associação. Inspirado pelos costumes que trouxe da região onde nasceu, a Emilia Romagna, e de Parma, sua cidade natal, Danio, criador e hoje vice-presidente da associação, resolveu estimular, aqui no País, o hábito de se levar uma lembrança simpática depois de uma boa refeição. Trata-se um prato de cerâmica criado pela artista Olga Maria de Sales Guerra, de Petrópolis, com uma ilustração colorida também feita pela artista alusiva ao restaurante.
Tudo é produzido de forma artesanal e o interesse pelo souvenir é tanto que já gerou até um clube de colecionadores que chegam a viajar para adquirir novos pratos. O festival em São Paulo também terá seu prato especial com o nome do restaurante anfitrião e do convidado.
A inspiração para os chefs deste Bom de Mesa é o famoso Mercadão paulistano, onde todos farão uma visita conjunta no dia que antecede o festival. Depois, cada um deles prepara os pratos especiais que criou nos restaurantes que os convidou. No italiano Supra, o chef Mauro Maia recebe o próprio Danio Braga, que prepara um cardápio completo em que se destaca o raviolo del sole al burro tartufato, um grande ravióli recheado com ricota, espinafre e uma gema de ovo quente aromatizada com pasta de trufas brancas de Alba, servido ao molho de manteiga tartufada.
A chef carioca Andréa Tinoco do restaurante Rancho Inn do Rio de Janeiro prepara camarão com shitake, arroz basmati e molho teriyaki no paulista Nakombi
No restaurante Cantaloup, o chef Renato Carione recebe César Santos do restaurante Oficina do Sabor, de Olinda, que prepara queijo de coalho com ervas nordestinas de entrada e de Prato da Boa Lembrança, um jerimum recheado com camarão ao molho de pitanga com arroz de espinafre. Na Vinheria Percussi, a chef Silvia Percussi recebe Simone Bert do restaurante peruano Wanchako, de Maceió, que vai servir rose di salmone alla crema di pesce picante (aliás, aguardem para breve novidades do Wanchako em São Paulo).
A chef Bella Masano, do Amadeus, recebe Marcos Sodré do restaurante Swasdee, de Búzios (RJ) tendo como prato da Boa Lembrança o camarão gigante ao curry, poró e arroz negro. No Arábia, Leila Kuczynski recebe Zeca do restaurante D’Acampora, de Florianópolis (SC), e tem como prato principal lombo de cordeiro com crosta de pistache. No Empório Ravioli, Roberto Ravioli terá como convidado o chef Paquito, do restaurante Parador, de Petrópolis, tendo como prato principal o cochinillo (leitãozinho) servido com batatas e cebolas ao forno (somente no almoço).
No Marcel Jardins, o chef Raphael Durand recebe André Saburó, do restaurante do Quina do Futuro, de Recife (PE), que prepara robalo cozido em papillote ao aroma oriental. No japonês Nakombi, o chef Shigue Shimizu recebe Andréa Tinoco do restaurante Rancho Inn, do Rio de Janeiro, e o prato da Boa Lembrança será camarão acompanhado de shitake, arroz basmati e molho teriyaki. No Terraço Itália, Giancarlo Marcheggiani recebe o chef Celso Freire, do Restaurante Boulevard, de Curitiba (PR), que faz um filé de leitão salteado com molho de cereja preta e foie gras ao natural.
Em Campos do Jordão (SP), no restaurante Ludwig, Mario Celso recebe o chef Paulão, do Restaurante Alvorada, de Araras (RJ), que prepara filé de truta recheada com aipo, alho poró e queijo cremoso gratinado. Em Jaguariuna (SP), Abigail Zigiatti recebe no Vila Bueni o chef Juarez Campos, do Oriundi, de Vitória, que faz o involtini al chianti clássico. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 10)(Regina Neves)
A Associação Brasileira de Restaurantes da Boa Lembrança, que reúne 80 restaurantes em 19 estados brasileiros promove, entre os dias 21 a 23 deste mês, na capital paulista, a quarta edição do Festival São Paulo Bom de Mesa quando vários restaurantes de São Paulo vão receber chefs de outras regiões brasileiras. Entre os dias 24 a 26, também de agosto, o mesmo festival será realizado no interior do estado, em Jaguariúna e Campos do Jordão.
Criada pelo chef e sommelier italiano Danio Braga, dono do Locanda della Mimosa em Petrópolis e um dos mais importantes chefs em atuação no Brasil, a Associação Brasileira dos Restaurantes da Boa Lembrança vem, ao longo dos anos, ajudando a desenvolver uma cultura brasileira de bons restaurantes fora dos grandes centros, revelando talentos regionais. Além de São Paulo, o evento Bom de Mesa é também realizado no Rio de Janeiro durante as férias de julho.
Rose di salmone alla crema de pesce picante da chef Simone Bert do peruano Wanchako, de Maceió, na Vinheria Percussi
A Associação dos Restaurantes da Boa Lembrança, hoje presidida pelo chef César Santos, do Oficina do Sabor, de Olinda (PE), criou um souvenir para quem for a um restaurante da Boa Lembrança e pedir o prato inscrito na associação. Inspirado pelos costumes que trouxe da região onde nasceu, a Emilia Romagna, e de Parma, sua cidade natal, Danio, criador e hoje vice-presidente da associação, resolveu estimular, aqui no País, o hábito de se levar uma lembrança simpática depois de uma boa refeição. Trata-se um prato de cerâmica criado pela artista Olga Maria de Sales Guerra, de Petrópolis, com uma ilustração colorida também feita pela artista alusiva ao restaurante.
Tudo é produzido de forma artesanal e o interesse pelo souvenir é tanto que já gerou até um clube de colecionadores que chegam a viajar para adquirir novos pratos. O festival em São Paulo também terá seu prato especial com o nome do restaurante anfitrião e do convidado.
A inspiração para os chefs deste Bom de Mesa é o famoso Mercadão paulistano, onde todos farão uma visita conjunta no dia que antecede o festival. Depois, cada um deles prepara os pratos especiais que criou nos restaurantes que os convidou. No italiano Supra, o chef Mauro Maia recebe o próprio Danio Braga, que prepara um cardápio completo em que se destaca o raviolo del sole al burro tartufato, um grande ravióli recheado com ricota, espinafre e uma gema de ovo quente aromatizada com pasta de trufas brancas de Alba, servido ao molho de manteiga tartufada.
A chef carioca Andréa Tinoco do restaurante Rancho Inn do Rio de Janeiro prepara camarão com shitake, arroz basmati e molho teriyaki no paulista Nakombi
No restaurante Cantaloup, o chef Renato Carione recebe César Santos do restaurante Oficina do Sabor, de Olinda, que prepara queijo de coalho com ervas nordestinas de entrada e de Prato da Boa Lembrança, um jerimum recheado com camarão ao molho de pitanga com arroz de espinafre. Na Vinheria Percussi, a chef Silvia Percussi recebe Simone Bert do restaurante peruano Wanchako, de Maceió, que vai servir rose di salmone alla crema di pesce picante (aliás, aguardem para breve novidades do Wanchako em São Paulo).
A chef Bella Masano, do Amadeus, recebe Marcos Sodré do restaurante Swasdee, de Búzios (RJ) tendo como prato da Boa Lembrança o camarão gigante ao curry, poró e arroz negro. No Arábia, Leila Kuczynski recebe Zeca do restaurante D’Acampora, de Florianópolis (SC), e tem como prato principal lombo de cordeiro com crosta de pistache. No Empório Ravioli, Roberto Ravioli terá como convidado o chef Paquito, do restaurante Parador, de Petrópolis, tendo como prato principal o cochinillo (leitãozinho) servido com batatas e cebolas ao forno (somente no almoço).
No Marcel Jardins, o chef Raphael Durand recebe André Saburó, do restaurante do Quina do Futuro, de Recife (PE), que prepara robalo cozido em papillote ao aroma oriental. No japonês Nakombi, o chef Shigue Shimizu recebe Andréa Tinoco do restaurante Rancho Inn, do Rio de Janeiro, e o prato da Boa Lembrança será camarão acompanhado de shitake, arroz basmati e molho teriyaki. No Terraço Itália, Giancarlo Marcheggiani recebe o chef Celso Freire, do Restaurante Boulevard, de Curitiba (PR), que faz um filé de leitão salteado com molho de cereja preta e foie gras ao natural.
Em Campos do Jordão (SP), no restaurante Ludwig, Mario Celso recebe o chef Paulão, do Restaurante Alvorada, de Araras (RJ), que prepara filé de truta recheada com aipo, alho poró e queijo cremoso gratinado. Em Jaguariuna (SP), Abigail Zigiatti recebe no Vila Bueni o chef Juarez Campos, do Oriundi, de Vitória, que faz o involtini al chianti clássico. (Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 10)(Regina Neves)
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
A constelação do sabor
Por sete anos, o chef Alain Llorca garantiu duas estrelas Michelin ao Chanteclair, no hotel Negresco, em Nice. Desde de 2004, ele está à frente do Le Moulin de Mougins, restaurante também duas estrelas que herdou do mitológico Roger Vergé. Com seu estilo renovou não só o cardápio da casa, como a escola de gastronomia do lugar. Assim, todo ano Llorca atrai vários pupilos ávidos por segredos da cozinha e pelas paisagens escandalosas da região. Mougins é uma cidade medieval, escondida nas montanhas da Riviera francesa.
Voilá: depois de alguns acidentes e da morte de algumas cenouras, enfim a entrada de aspargos
Le Moulin de Mougins é cenário de lautas refeições que reúnem à mesa as mais frescas celebridades - em especial em maio, quando se realiza, a quatro quilômetros dali, o Festival de Cinema de Cannes.
Desde o ano passado, Llorca integra a programação do recém-criado festival de gastronomia da cidade. Em setembro de 2006, chefs que já se tornaram história como Pierre Troisgros e Paul Bocuse se reuniram com Vergé e encabeçaram o "Les Étoiles de Mougins." Foram três dias de aulas e degustações, incluindo opções gratuitas na tenda central.
E o peixe com legumes
Este ano o evento vai de 14 a 17 de setembro, e já tem confirmação de figurões três estrelas como Michel Bras, Jacques Lameloise, Christian Le Squer e Christophe Michalak. Há ainda outros 23 chefs estrelados. Entre eles, Serge Gouloumes, do Le Mas Candille, que fica ali mesmo em Mougins. No restaurante deste Relais & Chateaux, o moço esbanja técnica e leveza. Que tal uma mousse de cenoura com espuma de gengibre para acompanhar um tempurá de saint pierre com molho ao curry? Ou uma tarte tatin recheada de foie gras? Gouloumes tem o que mostrar em setembro. Prepare as malas. (Angela Klinke/Valor Econômico)
www.lesetoilesdemougins.com
www.moulindemougins.com
www.lemascandille.com
Voilá: depois de alguns acidentes e da morte de algumas cenouras, enfim a entrada de aspargos
Le Moulin de Mougins é cenário de lautas refeições que reúnem à mesa as mais frescas celebridades - em especial em maio, quando se realiza, a quatro quilômetros dali, o Festival de Cinema de Cannes.
Desde o ano passado, Llorca integra a programação do recém-criado festival de gastronomia da cidade. Em setembro de 2006, chefs que já se tornaram história como Pierre Troisgros e Paul Bocuse se reuniram com Vergé e encabeçaram o "Les Étoiles de Mougins." Foram três dias de aulas e degustações, incluindo opções gratuitas na tenda central.
E o peixe com legumes
Este ano o evento vai de 14 a 17 de setembro, e já tem confirmação de figurões três estrelas como Michel Bras, Jacques Lameloise, Christian Le Squer e Christophe Michalak. Há ainda outros 23 chefs estrelados. Entre eles, Serge Gouloumes, do Le Mas Candille, que fica ali mesmo em Mougins. No restaurante deste Relais & Chateaux, o moço esbanja técnica e leveza. Que tal uma mousse de cenoura com espuma de gengibre para acompanhar um tempurá de saint pierre com molho ao curry? Ou uma tarte tatin recheada de foie gras? Gouloumes tem o que mostrar em setembro. Prepare as malas. (Angela Klinke/Valor Econômico)
www.lesetoilesdemougins.com
www.moulindemougins.com
www.lemascandille.com
terça-feira, 14 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Confraria dá visibilidade aos mercados
Grupo de amigos que se encontra nos fins de semana para uma cerveja gelada, cria movimento para melhorar performance dos espaços públicos
Quem não gosta de juntar os amigos para um bom bate-papo, regado a uma cerveja gelada, comidinha caseira e barata, música ao vivo e clima de muita informalidade? Pois bem. Um grupo de amigos é tão apaixonado pelo programa que vem mantendo essa rotina há 15 anos, cada dia agregando mais gente à turma, que se tornou bastante eclética: são funcionários públicos, comerciantes, políticos, jornalistas, advogados, médicos, empresários, publicitários e quem mais quiser participar. A fidelidade ao ritual é o requisito básico e se tornou tão forte que o grupo resolveu oficializar a atividade e fundar o Amigos dos Mercados. Os encontros da confraria não acontecem em um bar qualquer, mas nos mercados públicos do Recife, que acabam se beneficiando das melhorias estruturais cobradas pelo grupo.
A cada 15 dias, os organizadores se revezam na preparação do encontro, selecionando o bar, o mercado, os cantores e a divulgação do evento. Para facilitar a comunicação, eles criaram uma comunidade no orkut e um site (www.amigosdosmercados.com.br), onde é possível acompanhar o calendário das reuniões, fotos e vídeos produzidos em cada evento, participar de fóruns e até se cadastrar como integrante do grupo. Já são mais de cem participantes.
“Qualquer pessoa que ame o mercado pode participar, mas é importante freqüentar os eventos”, explica Vlademir Assis, diretor da confraria. Até uma camisa foi confeccionada para o grupo, vendida a R$ 20. “Nosso custo é baixo, por isso rateamos as despesas. Quando levamos um cantor, passamos o chapéu na hora para pagá-lo, é tudo informal”, diz. “E ainda combinamos um desconto com o dono do bar, pois o consumo é grande”.
Enumerando as características dos mercados, Vlademir lamenta, apenas, a falta de limpeza, sobretudo nos banheiros, e o pouco espaço para juntar uma grande quantidade de pessoas. “Antes de cada evento nós procuramos a administração do local e pedimos algumas melhorias. Temos, inclusive, tentando marcar com a prefeitura para tratar do assunto”, informa.
O diretor-presidente da Companhia de Serviços Urbanos (Csurb) municipal, Alexandre Sena, assegura que a infra-estrutura de 12 mercados da cidade vai melhorar. “Estão sendo concluídas as obras de recuperação dos imóveis da Encruzilhada, Água Fria, Beberibe, Boa Vista, Afogados e Madalena. A ampliação está sendo vista onde é possível, mas há dificuldades arquitetônicas.” As reformas pretendem resgatar o potencial turístico e econômico desses locais. (Margarette Andrea/Jornal do Commercio - PE/12.08.07)
Quem não gosta de juntar os amigos para um bom bate-papo, regado a uma cerveja gelada, comidinha caseira e barata, música ao vivo e clima de muita informalidade? Pois bem. Um grupo de amigos é tão apaixonado pelo programa que vem mantendo essa rotina há 15 anos, cada dia agregando mais gente à turma, que se tornou bastante eclética: são funcionários públicos, comerciantes, políticos, jornalistas, advogados, médicos, empresários, publicitários e quem mais quiser participar. A fidelidade ao ritual é o requisito básico e se tornou tão forte que o grupo resolveu oficializar a atividade e fundar o Amigos dos Mercados. Os encontros da confraria não acontecem em um bar qualquer, mas nos mercados públicos do Recife, que acabam se beneficiando das melhorias estruturais cobradas pelo grupo.
A cada 15 dias, os organizadores se revezam na preparação do encontro, selecionando o bar, o mercado, os cantores e a divulgação do evento. Para facilitar a comunicação, eles criaram uma comunidade no orkut e um site (www.amigosdosmercados.com.br), onde é possível acompanhar o calendário das reuniões, fotos e vídeos produzidos em cada evento, participar de fóruns e até se cadastrar como integrante do grupo. Já são mais de cem participantes.
“Qualquer pessoa que ame o mercado pode participar, mas é importante freqüentar os eventos”, explica Vlademir Assis, diretor da confraria. Até uma camisa foi confeccionada para o grupo, vendida a R$ 20. “Nosso custo é baixo, por isso rateamos as despesas. Quando levamos um cantor, passamos o chapéu na hora para pagá-lo, é tudo informal”, diz. “E ainda combinamos um desconto com o dono do bar, pois o consumo é grande”.
Enumerando as características dos mercados, Vlademir lamenta, apenas, a falta de limpeza, sobretudo nos banheiros, e o pouco espaço para juntar uma grande quantidade de pessoas. “Antes de cada evento nós procuramos a administração do local e pedimos algumas melhorias. Temos, inclusive, tentando marcar com a prefeitura para tratar do assunto”, informa.
O diretor-presidente da Companhia de Serviços Urbanos (Csurb) municipal, Alexandre Sena, assegura que a infra-estrutura de 12 mercados da cidade vai melhorar. “Estão sendo concluídas as obras de recuperação dos imóveis da Encruzilhada, Água Fria, Beberibe, Boa Vista, Afogados e Madalena. A ampliação está sendo vista onde é possível, mas há dificuldades arquitetônicas.” As reformas pretendem resgatar o potencial turístico e econômico desses locais. (Margarette Andrea/Jornal do Commercio - PE/12.08.07)
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
Proibição de fumar revela cheiro horrível nos pubs britânicos
Suor, cerveja velha e flatulência eram camuflados pela fumaça do cigarro. Redes estão testando fragrâncias artificiais para minimizar o bodum
Perfumes artificiais serão aplicados em pubs britânicos para mascarar o cheiro horrível que veio à tona depois da proibição de fumar em locais fechados, que entrou em vigor na Inglaterra no dia 1º de julho deste ano. Até esse dia, era o cheiro do cigarro que mascarava o bodum. A reportagem foi publicada pelo jornal inglês "The Sunday Times".
A rede Mitchells and Butlers, com seus 2 mil pubs, está testando as fragrâncias de couro, grama fresca e brisa do oceano. "O cheiro de comida também aumentou, mas os outros são menos atraentes: cerveja velha, mofo, suor, ralos e - como dizer isso de forma agradável? - flatulência", disse Oliver, gerente senior de marketing da Sizzling Pub Company, uma ramificação da M&B.
"Estamos pensando em testar o cheiro do couro, que sugere luxo e prazer, e grama cortada, que é limpa e doméstica", disse Devine.
A fragrância de brisa do mar tem sido testada nos pubs de Edinburgo e Glasgow, na Escócia. (AFP)
Perfumes artificiais serão aplicados em pubs britânicos para mascarar o cheiro horrível que veio à tona depois da proibição de fumar em locais fechados, que entrou em vigor na Inglaterra no dia 1º de julho deste ano. Até esse dia, era o cheiro do cigarro que mascarava o bodum. A reportagem foi publicada pelo jornal inglês "The Sunday Times".
A rede Mitchells and Butlers, com seus 2 mil pubs, está testando as fragrâncias de couro, grama fresca e brisa do oceano. "O cheiro de comida também aumentou, mas os outros são menos atraentes: cerveja velha, mofo, suor, ralos e - como dizer isso de forma agradável? - flatulência", disse Oliver, gerente senior de marketing da Sizzling Pub Company, uma ramificação da M&B.
"Estamos pensando em testar o cheiro do couro, que sugere luxo e prazer, e grama cortada, que é limpa e doméstica", disse Devine.
A fragrância de brisa do mar tem sido testada nos pubs de Edinburgo e Glasgow, na Escócia. (AFP)
quinta-feira, 9 de agosto de 2007
Cozinhar e comer em casa é coisa do passado
Mulher moderna prioriza o tempo livre
O tempo virou artigo de luxo para a administradora Adriana Nunes, de 33 anos. Casada, mãe de dois garotos de três e nove anos, ela trabalha na Embraer e cursa pós-graduação à noite. Esse ritmo acelerado de vida da executiva transformou alguns de seus hábitos. Cozinhar e comer em casa, por exemplo, é atividade que faz parte do passado.
“Com a correria, acabo comendo alguma coisa rápida. O arroz com feijão ficou para trás.” Ela almoça, de segunda a sexta-feira, no restaurante da empresa. Nos fins de semana, vai a restaurantes com a família, onde gasta, em média R$ 80,00, a cada refeição. “Prefiro gastar o pouco tempo que me sobra com eles a ficar cozinhando em casa”, comenta.
A preocupação em ganhar tempo (ou não perdê-lo) com as atividades domésticas também modificou o cardápio da gerente de cobrança Silvana Pezzente. Durante o dia, ela almoça com colegas de trabalho em restaurantes que operam no sistema de bufê - o mesmo ocorre com seus dois filhos adolescentes.
Segundo ela, um dos motivos da mudança é o preço das refeições, que está mais acessível. “No sistema por quilo, você determina quanto vai gastar”, explica Silvana. À noite, a família ainda sai para jantar em lanchonetes e pizzarias. “Acabou a época da mãe prendada, que preparava feijão, arroz e até massa de macarrão em casa”, diz. “Não tenho mais tempo nem paciência para cozinhar.”
Mesmo sendo da época em que “até a massa de macarrão era feita em casa”, a aposentada Marísia da Silva, de 65 anos, tem deixado as panelas de lado em nome da praticidade e da economia. “Hoje, é possível comer muito bem fora, e por um bom preço. Não compensa cozinhar todos os dias”, argumenta.
Pelo menos uma vez por semana, ela e o marido almoçam em restaurantes de refeição por quilo. Juntos, gastam cerca de R$ 15,00. Segundo ela, o valor ainda representa pouco do orçamento mensal, mas significa um aumento, já que cinco anos atrás não havia despesas com alimentação fora de casa.
A artista plástica Marta Lúcia também aponta a diminuição do custo como o fator decisivo para a mudança de seus hábitos de consumo de alimentos. Há alguns anos, ela e o marido começaram a fazer as refeições principais - almoço e jantar - longe de casa, todos os dias da semana.
“Colocando na ponta do lápis os gastos com gás, luz e ingredientes, acaba saindo mais em conta comer fora. Hoje, consigo almoçar com qualidade por até R$ 5,00”, conta. Além disso, a oferta cada vez maior de restaurantes e a variação de pratos motiva a opção. Até o fogão perdeu o lugar na cozinha. “Lá em casa, agora só temos microondas”, diz a artista plástica.
(Marianna Aragão - OESP)
O tempo virou artigo de luxo para a administradora Adriana Nunes, de 33 anos. Casada, mãe de dois garotos de três e nove anos, ela trabalha na Embraer e cursa pós-graduação à noite. Esse ritmo acelerado de vida da executiva transformou alguns de seus hábitos. Cozinhar e comer em casa, por exemplo, é atividade que faz parte do passado.
“Com a correria, acabo comendo alguma coisa rápida. O arroz com feijão ficou para trás.” Ela almoça, de segunda a sexta-feira, no restaurante da empresa. Nos fins de semana, vai a restaurantes com a família, onde gasta, em média R$ 80,00, a cada refeição. “Prefiro gastar o pouco tempo que me sobra com eles a ficar cozinhando em casa”, comenta.
A preocupação em ganhar tempo (ou não perdê-lo) com as atividades domésticas também modificou o cardápio da gerente de cobrança Silvana Pezzente. Durante o dia, ela almoça com colegas de trabalho em restaurantes que operam no sistema de bufê - o mesmo ocorre com seus dois filhos adolescentes.
Segundo ela, um dos motivos da mudança é o preço das refeições, que está mais acessível. “No sistema por quilo, você determina quanto vai gastar”, explica Silvana. À noite, a família ainda sai para jantar em lanchonetes e pizzarias. “Acabou a época da mãe prendada, que preparava feijão, arroz e até massa de macarrão em casa”, diz. “Não tenho mais tempo nem paciência para cozinhar.”
Mesmo sendo da época em que “até a massa de macarrão era feita em casa”, a aposentada Marísia da Silva, de 65 anos, tem deixado as panelas de lado em nome da praticidade e da economia. “Hoje, é possível comer muito bem fora, e por um bom preço. Não compensa cozinhar todos os dias”, argumenta.
Pelo menos uma vez por semana, ela e o marido almoçam em restaurantes de refeição por quilo. Juntos, gastam cerca de R$ 15,00. Segundo ela, o valor ainda representa pouco do orçamento mensal, mas significa um aumento, já que cinco anos atrás não havia despesas com alimentação fora de casa.
A artista plástica Marta Lúcia também aponta a diminuição do custo como o fator decisivo para a mudança de seus hábitos de consumo de alimentos. Há alguns anos, ela e o marido começaram a fazer as refeições principais - almoço e jantar - longe de casa, todos os dias da semana.
“Colocando na ponta do lápis os gastos com gás, luz e ingredientes, acaba saindo mais em conta comer fora. Hoje, consigo almoçar com qualidade por até R$ 5,00”, conta. Além disso, a oferta cada vez maior de restaurantes e a variação de pratos motiva a opção. Até o fogão perdeu o lugar na cozinha. “Lá em casa, agora só temos microondas”, diz a artista plástica.
(Marianna Aragão - OESP)
quarta-feira, 8 de agosto de 2007
terça-feira, 7 de agosto de 2007
segunda-feira, 6 de agosto de 2007
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
Mercado aquecido pode elevar o preço do uísque
Está perto de faltar uísque escocês no mundo. A demanda subiu mais que o esperado e os investimentos para aumentar a produção demoram até oito anos. Uma notícia que preocupa especialmente o consumidor pernambucano, um dos mais fiéis bebedores do líquido escocês. Tanto, que só do Teacher’s, líder do mercado brasileiro, Pernambuco responde por 38% de todas as vendas no Brasil.
“Não há mais uísque disponível na Escócia para suprir novos mercados, como a China. Ao contrário de outras bebidas como vodca e gim, em que a produção acompanha a demanda, o investimento em uísque demora oito anos”, disse Robert Hicks, master blender (responsável pela fórmula do uísque) do Teacher’s. O resultado é que os preços podem subir. “Todos os uísques da Escócia estão aumentando seu preço”, diz Eric Sampers, gerente da Pernod Ricard Brasil.
A Pernod é responsável pelo engarrafamento do Teacher’s no Brasil, que é feito em Suape, embora a marca seja da Beam Global. A unidade de Suape, onde trabalham 150 pessoas, engarrafa toda o produto distribuído nacionalmente. Sampers jura que a qualidade do uísque é a mesma que se encontra no Reino Unido. “É um produto de qualidade com preço muito bom”, diz.
A produção mundial de Teatcher’s é de 2 milhões de caixas, das quais Pernambuco sozinho consome 171 mil caixas. O Brasil é o segundo maior mercado do produto, com previsão para atingir 600 mil caixas. Hicks esteve no Recife comandando uma série de degustações do produto. Em marketing, a empresa pretende investir US$ 2,3 milhões este ano no Nordeste.
Hicks também afirma que não mais existe uísque de oito anos dentro do segmento standard. Segundo ele, a contagem da idade do uísque é feita pelo malte mais novo que entra na fórmula. “O blend é feito por um grão que tem amadurecimento médio de três anos e o malte que leva mais tempo. Hoje, nenhum uísque standard coloca oito anos no rótulo”, afirma Sampers.
Apesar da queda do dólar, o que em tese tornaria o uísque mais barato, a Diageo, que comercializa famosas marcas como o Johnie Walker, não baixou os preços de seus produtos. Além do crescimento mundial do setor, as condições climáticas em 2006 na Escócia não foram as melhores, o que afetou a produção da matéria-prima. (Jornal do Commercio - PE)
“Não há mais uísque disponível na Escócia para suprir novos mercados, como a China. Ao contrário de outras bebidas como vodca e gim, em que a produção acompanha a demanda, o investimento em uísque demora oito anos”, disse Robert Hicks, master blender (responsável pela fórmula do uísque) do Teacher’s. O resultado é que os preços podem subir. “Todos os uísques da Escócia estão aumentando seu preço”, diz Eric Sampers, gerente da Pernod Ricard Brasil.
A Pernod é responsável pelo engarrafamento do Teacher’s no Brasil, que é feito em Suape, embora a marca seja da Beam Global. A unidade de Suape, onde trabalham 150 pessoas, engarrafa toda o produto distribuído nacionalmente. Sampers jura que a qualidade do uísque é a mesma que se encontra no Reino Unido. “É um produto de qualidade com preço muito bom”, diz.
A produção mundial de Teatcher’s é de 2 milhões de caixas, das quais Pernambuco sozinho consome 171 mil caixas. O Brasil é o segundo maior mercado do produto, com previsão para atingir 600 mil caixas. Hicks esteve no Recife comandando uma série de degustações do produto. Em marketing, a empresa pretende investir US$ 2,3 milhões este ano no Nordeste.
Hicks também afirma que não mais existe uísque de oito anos dentro do segmento standard. Segundo ele, a contagem da idade do uísque é feita pelo malte mais novo que entra na fórmula. “O blend é feito por um grão que tem amadurecimento médio de três anos e o malte que leva mais tempo. Hoje, nenhum uísque standard coloca oito anos no rótulo”, afirma Sampers.
Apesar da queda do dólar, o que em tese tornaria o uísque mais barato, a Diageo, que comercializa famosas marcas como o Johnie Walker, não baixou os preços de seus produtos. Além do crescimento mundial do setor, as condições climáticas em 2006 na Escócia não foram as melhores, o que afetou a produção da matéria-prima. (Jornal do Commercio - PE)
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
A cachaça de uma baronesa do café
Quem chega ao hotel da Fazenda Dona Carolina, na cidade de Itatiba (a 100 km da capital), sente que voltou ao século 19. Um casarão colonial é a figura opulenta que se coloca diante do visitante e lembra a época em que o local era uma fazenda de café. A novidade dali, porém, não está nos confortáveis quartos, mas na inauguração da Cachaçaria Dona Carolina, aberta há um mês aos hóspedes e visitantes.
Em um ambiente rústico, mas elegante, que tem tijolos aparentes e mesas de madeira, estão à venda 450 rótulos de cachaças produzidas em todo o País, como as mineiras Vale Verde (R$ 5, a dose) e Bocaina (R$ 18, a dose), que no salão podem ganhar acompanhamento da porção da pimenta biquinha (R$ 12), um saboroso tira-gosto. O destaque da carta de cachaças é a aguardente que leva o nome do hotel (R$ 25, a garrafa, e R$ 5, a dose), fabricada artesanalmente na própria fazenda pelo proprietário, Chico Santa Rita.“A cachaça tem personalidade, tenho um velho amor por ela”, conta Chico, que organiza um passeio guiado, com cerca de 40 minutos de duração, para mostrar aos cachaceiros curiosos a produção de sua ‘danada’.
O primeiro destino é o canavial. Ali são contadas as histórias da bebida e as técnicas usadas no plantio e no corte (este feito de maneira manual, sem queima da cana - que é encaminhada de imediato à moagem). O passeio ainda percorre as áreas de fermentação e de destilação, além do laboratório e do armazém, onde podem ser vistas as dornas feita de jequitibá-rosa (madeira neutra que não transfere cor ao produto). O momento de maior alvoroço, acontece na área do envelhecimento, onde estão os tonéis de carvalho, importados da Escócia, onde a bebida fica armazenada por cerca de um ano.
Por fim, os visitantes participam de degustação da aguardente da Fazenda Dona Carolina, inclusive as versões envelhecida em tonéis de amendoim, umburana, castanheira e bálsamo, que só estão disponíveis no local. (DINHO LUIZ - Jornal da Tarde)
(SERVIÇO)Cachaçaria Dona Carolina
Estr. Manoel Stefani, Km 39,5, Itatiba, 4534-9100. 10h/23h. Grátis (entrada e passeio). www.donacarolina.com.br
Em um ambiente rústico, mas elegante, que tem tijolos aparentes e mesas de madeira, estão à venda 450 rótulos de cachaças produzidas em todo o País, como as mineiras Vale Verde (R$ 5, a dose) e Bocaina (R$ 18, a dose), que no salão podem ganhar acompanhamento da porção da pimenta biquinha (R$ 12), um saboroso tira-gosto. O destaque da carta de cachaças é a aguardente que leva o nome do hotel (R$ 25, a garrafa, e R$ 5, a dose), fabricada artesanalmente na própria fazenda pelo proprietário, Chico Santa Rita.“A cachaça tem personalidade, tenho um velho amor por ela”, conta Chico, que organiza um passeio guiado, com cerca de 40 minutos de duração, para mostrar aos cachaceiros curiosos a produção de sua ‘danada’.
O primeiro destino é o canavial. Ali são contadas as histórias da bebida e as técnicas usadas no plantio e no corte (este feito de maneira manual, sem queima da cana - que é encaminhada de imediato à moagem). O passeio ainda percorre as áreas de fermentação e de destilação, além do laboratório e do armazém, onde podem ser vistas as dornas feita de jequitibá-rosa (madeira neutra que não transfere cor ao produto). O momento de maior alvoroço, acontece na área do envelhecimento, onde estão os tonéis de carvalho, importados da Escócia, onde a bebida fica armazenada por cerca de um ano.
Por fim, os visitantes participam de degustação da aguardente da Fazenda Dona Carolina, inclusive as versões envelhecida em tonéis de amendoim, umburana, castanheira e bálsamo, que só estão disponíveis no local. (DINHO LUIZ - Jornal da Tarde)
(SERVIÇO)Cachaçaria Dona Carolina
Estr. Manoel Stefani, Km 39,5, Itatiba, 4534-9100. 10h/23h. Grátis (entrada e passeio). www.donacarolina.com.br
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
Bourbon, a bebida do Velho Oeste, quer turistas
Lá pelos anos 1770, imigrantes descendentes de escoceses e irlandeses seguiram o caçador e aventureiro Daniel Boone para ocupar as terras férteis próximas ao rio Ohio, no extremo oeste das então 13 colônias britânicas da América do Norte, onde hoje está o Estado de Kentucky. Época dura, de um país ainda nascente. Nova York, por exemplo, era menor do que Ouro Preto - chamada de Vila Rica, a cidade mineira tinha quase 100 mil habitantes, enquanto Nova York só chegaria aos 80 mil no começo do século XIX.
Bill Samuels Jr, principal executivo da Maker's Mark, garante que o destilado a base de milho e envelhecido em barris de carvalho é "a única bebida nativa dos EUA"
Os rigores do assentamento e do clima, porém, eram amainados pelo uísque fabricado no fundo de quintal, uma tradição trazida da Europa. Como o milho havia se tornado a base da produção agrícola, nada mais lógico do que usá-lo como base também para as novas receitas da bebida. Surgia então um destilado característico, que se adaptou tão bem àquele ambiente rústico: o bourbon.
O nome pegou mesmo só anos depois, para diferenciar o uísque feito naquele condado, batizado de Bourbon em homenagem à casa real francesa, aliada dos americanos na guerra de independência. Anos depois de o condado ter sido dividido e mudado de nome, as pessoas continuavam falando da bebida feita na "velha Bourbon".
Essa é a história que os donos de destilarias do Kentucky gostam de repetir, orgulhosos de suas raízes. "A única bebida nativa dos EUA", gaba-se Bill Samuels Jr., principal executivo da Maker's Mark, uma destilaria que produz um bourbon premium venerado por um séquito de adeptos fanáticos.
Hoje, a lei americana diz que só pode ser chamado de bourbon o destilado com no mínimo 51% de milho e envelhecido ao menos dois anos em barris de carvalho que passaram por um processo de queima. Isso serve para regular também a qualidade do produto, que tenta se distanciar daquela velha imagem de uísque barato, de fundo de quintal, explica David Pickerell, mestre da destilaria Maker's Mark. Formado em química, Pickerell virá a São Paulo, em breve, para lançar o bourbon da Maker's Mark (ver abaixo).
No Brasil muitos pensam que o Jack Daniels é um bourbon, o que enfurece os habitantes do Kentucky. Na verdade, ele é, por lei de denominação de origem, um Tennessee Whiskey. O que o diferencia, principalmente, é que passa por um processo de filtragem em carvão vegetal, o que lhe dá um sabor característico.
Na busca por novos consumidores, Samuels e os outros donos de grandes destilarias do Kentucky - que produzem cerca de 90% de todo o bourbon do mundo - aproveitaram a onda criada pelos circuitos dos vinhos na Califórnia, onde os turistas vão aos vinhedos conhecer a fabricação, degustar e comprar algumas garrafas, para fazer a "Trilha do Bourbon" (detalhada no site www.kybourbon.com). O turista pode visitar as destilarias mais famosas, acompanhar o processo de fabricação dos barris, assistir vídeos explicativos, degustar e comprar lembranças.
Na Jim Beam, por exemplo, que é a maior das destilarias, os caminhões e as chaminés convivem lado a lado com gramados verdes onde fica a casa dos Beam, hoje um ponto de visitação. Num galpão preparado para os turistas, funcionários bem preparados falam do bourbon que é feito pela família Beam desde que Jacob Beam vendeu seu primeiro barril, em 1795.
Mais 50 km de estrada, passando por cidadezinhas bucólicas, chega-se à destilaria Heaven Hill. Tendo como carro-chefe o bourbon Evan Williams, a Heaven Hill criou recentemente um centro histórico e a bancada de degustação mais sofisticada do circuito.
Comandando a degustação, Ellen, uma senhora muito sorridente, de cabelos prata meio azulados, diz: "Temos orgulho do que fazemos. Adoramos mostrar nossa história e nossa bebidas. E faço isso com amor". Como é comum no circuito, ela é uma funcionária aposentada da destilaria que resolveu continuar a trabalhar no atendimento aos turistas.
O discurso da tradição é repetido em todos os lugares, mas não é só tradição que o bourbon carrega. Só no Kentucky, toda a cadeia de produção e venda representa US$ 3 bilhões. Cerca de US$ 500 milhões vêm da exportação. "As vendas têm crescido em cerca de 8% ao ano. Às vezes nos falta capacidade de produção", diz Kevin Smith, vice-presidente de Operações da Maker's Mark. Ele torce para que a demanda por uísque continue em alta por muito tempo. (Por Rodrigo Uchoa/Valor Econômico)
Bill Samuels Jr, principal executivo da Maker's Mark, garante que o destilado a base de milho e envelhecido em barris de carvalho é "a única bebida nativa dos EUA"
Os rigores do assentamento e do clima, porém, eram amainados pelo uísque fabricado no fundo de quintal, uma tradição trazida da Europa. Como o milho havia se tornado a base da produção agrícola, nada mais lógico do que usá-lo como base também para as novas receitas da bebida. Surgia então um destilado característico, que se adaptou tão bem àquele ambiente rústico: o bourbon.
O nome pegou mesmo só anos depois, para diferenciar o uísque feito naquele condado, batizado de Bourbon em homenagem à casa real francesa, aliada dos americanos na guerra de independência. Anos depois de o condado ter sido dividido e mudado de nome, as pessoas continuavam falando da bebida feita na "velha Bourbon".
Essa é a história que os donos de destilarias do Kentucky gostam de repetir, orgulhosos de suas raízes. "A única bebida nativa dos EUA", gaba-se Bill Samuels Jr., principal executivo da Maker's Mark, uma destilaria que produz um bourbon premium venerado por um séquito de adeptos fanáticos.
Hoje, a lei americana diz que só pode ser chamado de bourbon o destilado com no mínimo 51% de milho e envelhecido ao menos dois anos em barris de carvalho que passaram por um processo de queima. Isso serve para regular também a qualidade do produto, que tenta se distanciar daquela velha imagem de uísque barato, de fundo de quintal, explica David Pickerell, mestre da destilaria Maker's Mark. Formado em química, Pickerell virá a São Paulo, em breve, para lançar o bourbon da Maker's Mark (ver abaixo).
No Brasil muitos pensam que o Jack Daniels é um bourbon, o que enfurece os habitantes do Kentucky. Na verdade, ele é, por lei de denominação de origem, um Tennessee Whiskey. O que o diferencia, principalmente, é que passa por um processo de filtragem em carvão vegetal, o que lhe dá um sabor característico.
Na busca por novos consumidores, Samuels e os outros donos de grandes destilarias do Kentucky - que produzem cerca de 90% de todo o bourbon do mundo - aproveitaram a onda criada pelos circuitos dos vinhos na Califórnia, onde os turistas vão aos vinhedos conhecer a fabricação, degustar e comprar algumas garrafas, para fazer a "Trilha do Bourbon" (detalhada no site www.kybourbon.com). O turista pode visitar as destilarias mais famosas, acompanhar o processo de fabricação dos barris, assistir vídeos explicativos, degustar e comprar lembranças.
Na Jim Beam, por exemplo, que é a maior das destilarias, os caminhões e as chaminés convivem lado a lado com gramados verdes onde fica a casa dos Beam, hoje um ponto de visitação. Num galpão preparado para os turistas, funcionários bem preparados falam do bourbon que é feito pela família Beam desde que Jacob Beam vendeu seu primeiro barril, em 1795.
Mais 50 km de estrada, passando por cidadezinhas bucólicas, chega-se à destilaria Heaven Hill. Tendo como carro-chefe o bourbon Evan Williams, a Heaven Hill criou recentemente um centro histórico e a bancada de degustação mais sofisticada do circuito.
Comandando a degustação, Ellen, uma senhora muito sorridente, de cabelos prata meio azulados, diz: "Temos orgulho do que fazemos. Adoramos mostrar nossa história e nossa bebidas. E faço isso com amor". Como é comum no circuito, ela é uma funcionária aposentada da destilaria que resolveu continuar a trabalhar no atendimento aos turistas.
O discurso da tradição é repetido em todos os lugares, mas não é só tradição que o bourbon carrega. Só no Kentucky, toda a cadeia de produção e venda representa US$ 3 bilhões. Cerca de US$ 500 milhões vêm da exportação. "As vendas têm crescido em cerca de 8% ao ano. Às vezes nos falta capacidade de produção", diz Kevin Smith, vice-presidente de Operações da Maker's Mark. Ele torce para que a demanda por uísque continue em alta por muito tempo. (Por Rodrigo Uchoa/Valor Econômico)
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