segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Bar do Magrão na premiação da Veja SP

Pelo quarto ano consecutivo, o Bar do Magrão marcou presença, na última quinta-feira (dia 20), na casa de shows Tom Brasil, na premiação ‘Comer & Beber’ da Veja SP, que elege os melhores bares, restaurantes e comidas de São Paulo.
O Bar foi indicado na categoria pelo júri de Veja como um dos melhores botecos da cidade, junto com outros 8 estabelecimentos. O grande vencedor da categoria foi o tradicional Elídio Bar, na Mooca, famoso por seu balcão de tira-gostos. O prêmio foi entregue ao próprio dono, o Sr. Elídio, pelo apresentador Amaury Jr.
Acompanhe todos os outros vencedores nas suas categorias aqui.
O Guia 2007-2008 ‘Comer & Beber’, que este ano tem 438 páginas, está nas bancas esta semana e é uma excelente fonte de pesquisa para quem gosta de conhecer o que a nossa cidade tem de melhor!
Veja abaixo o Bar e a Cantina do Magrão no Guia e logo depois as fotos da super festa!

BAR DO MAGRÃO – Pequeno e escurinho, o boteco do paulistano Luiz Antonio Sampaio, o Magrão, tem personalidade. Para compor a lúdica decoração, ele foi juntando dezenas de objetos que os clientes lhe levavam de presente. Aqui e ali, pendurou relógios, sapato de palhaço, sombreiros e um ônibus de brinquedo de 1959. Roqueiro das antigas, Magrão cuida também da trilha sonora ambiente. Enquanto ouve Rolling Stones, The Cure e R.E.M., entre outros, prove um dos cinqüenta rótulos de cerveja listados no menu, entre eles das saborosas belgas Duvel (R$ 26,00) e Gouden Carolus Triple (R$ 25,00). Uma das porções traz um mix de bolinhos (de bacalhau, de abóbora com carne-seca e de parmesão) por R$ 15,00.
Rua Agostinho Gomes, 2988, Ipiranga, 6161-6649. 17h/0h (sáb. a partir das 12h; dom. 12h/22h; fecha seg.). Cc.: D, M e V. Cd.: M, R e V. www.bardomagrao.com.br.

CANTINA DO MAGRÃO – Originalmente, a cantina chamava-se Santo la Careta, expressão que mistura italiano e português para designar algo no gênero de "porca miséria". Mas, como fica colada ao Bar do Magrão e pertence ao mesmo dono, tornou-se conhecida pelo apelido do proprietário, Luiz Antonio Sampaio. Mônica, sua mulher, faz as massas frescas. O talharim à galileu vem ao molho de tomate fresco, alho, mussarela de búfala, azeitona preta e manjericão (R$ 36,00). Molhos ao sugo (R$ 27,00) e à bolonhesa (R$ 30,00) são as opções para o nhoque de batata. Porções para dois.
Rua Agostinho Gomes, 2996, Ipiranga, 6161-6649 (30 lugares). 12h/23h30 (dom. até 22h; fecha seg.). Cc.: D, M e V. Cd.: M, R e V. Couvert: R$ 8,00. (R$ 20,00). www.bardomagrao.com.br. Aberto em 2001. $
Valéria Monteiro foi a mestre de cerimônias da premiação
Algumas das categorias apresentadas
Os nove melhores bares de São Paulo

Elídio recebe de Amaury Jr. o prêmio de melhor boteco da cidade
Magrão e Souza, do Veloso, que levou, pelo terceiro ano consecutivo, o prêmio de 'Barman do Ano'
Os grandes vencedores da noite
Fernanda Porto encerrou a premiação

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Na terra do uísque, vinho é a pedida

Recife é um dos líderes do consumo de uísque no Brasil, mas o vinho começa a ganhar espaço. Mercado local se sofistica para atrair o novo público

Recife sempre foi conhecido por liderar o consumo de uísque no Brasil. Mas, ao lado da supremacia do precioso escocês, emergiu nos últimos anos o vinho na preferência do paladar pernambucano. Os restaurantes estão investindo mais na bebida de baco, com melhores cartas de vinhos e treinamento dos garçons. A indústria local também se beneficia desse movimento, já que na região do São Francisco sete vinícolas produzem 8 milhões de litros por ano.

“A venda de vinhos aumentou bastante e a de uísque lentamente. O vinho tem crescido bem mais”, analisa Maurício Dias, da Casa dos Frios. A cultura do vinho teve impulso com a introdução de produtos menos “nobres”, como o famoso vinho alemão da garrafa azul. Mas a tendência do bebedor de vinhos é experimentar e as opções são bem mais variadas do que as oferecidas para os bebedores de uísque. “O universo de vinhos é muito grande. Cada vez que se prova um dá vontade de conhecer outro. E há dezenas de uvas, regiões, safras, produtores”, reforça Dias.

Duas mil garrafas de vinho sendo vendidas a mais. Este é o cálculo que Julião Konrad faz da evolução da saída da bebida nas casas comandadas por ele, como o Spettus. “Hoje vendemos 4 mil garrafas por mês. Há quatro, cinco anos, era a metade disso”, afirma Konrad. Entretanto, as vendas do escocês não diminuíram. “O consumo de vinho cresceu sem o de uísque cair. A gente continua vendendo a mesma quantidade de uísque, mas bem mais vinho”, afirma. Tanto que no novo Spettus, que será inaugurado ao lado do Extra de Boa Viagem, a casa vai possuir uma adega com 5 mil garrafas. “Nossa carta de vinhos cresceu de forma proporcional ao consumo. Antigamente só tínhamos os nacionais e alguns importados”, diz Konrad. O novo Spettus terá 2 mil metros de área construída com capacidade para 400 lugares e “possivelmente a maior adega do Recife”, destaca Konrad.

O aumento do consumo de vinho tem raízes econômicas – oferta de produtos de melhor qualidade com preços mais baixos – e culturais. Países como Chile e Argentina passaram a exportar agressivamente sua produção, que também melhorou muito de qualidade nos últimos anos. E o vinho se tornou popular por causa dos seus alegados benefícios à saúde e toda uma indústria de marketing relacionado ao produto, que inclui programas de rádio, televisão, turismo e livros.

Todo esse movimento em torno do vinho trouxe uma mudança cultural. Se antes bebericar um bom escocês demonstrava alto prestígio, agora é a vez do vinho. “Beber vinho agora é chique. Deixou de ser apenas uma coisa de elite para ser consumido pela classe média”, diz Otávio Moraes, enófilo e professor de negócios do MBA Cedepe. Esse movimento do mercado está trazendo bons lucros para quem aposta no comércio da bebida. “Um aluno fez um trabalho sobre o consumo de vinhos e isso o motivou a abrir uma distribuidora, que está indo muito bem”, reforça Moraes, que também faz parte das confrarias Sociedade Brasileira dos Amigos do Vinho (Sbav) e Dio Baco. “O vinho ainda tem a vantagem de ser elegante e servir ao romantismo”, afirma o professor.

E foi o romantismo que levou o empresário Sérgio Maurício de Sousa e Carla Faria a compartilharem uma garrafa de vinho. “Eu sou mais bebedor de uísque, mas estou me interessando mais por vinho. E para comemorar uma data especial a gente preferiu beber um vinho”, diz Sousa. “É uma bebida que desperta cada vez mais interesse e está sendo valorizada”, confirma Carla. (Renato Lima/Jornal do Commercio - PE)

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Motociclistas devem invadir Ubatuba

Cerca de dois mil motociclistas vão ao 11º Nacional Motorcycle, neste fim de semana. O Abutre’s, maior clube do país, estará festejando 18 anos.

Ubatuba, no Litoral Norte de São Paulo, irá receber cerca de dois mil motociclistas neste final de semana. Entre sexta-feira (14), sábado (15) e domingo (16), a cidade será sede do 11º Nacional Motorcycle, evento que promete atrair até representantes de outros países. Os visitantes poderão conferir veículos nacionais, importados, artesanais e muitas motos exóticas.

Durante o evento também será festejado o aniversário do Abutre’s, o maior clube - e também o mais conhecido - de motociclistas do Brasil, que estará festejando seu 18º aniversário. Criado em 1989, na Zona Leste da Capital, essa tribo conta atualmente com cerca de 1,3 mil associados.

A festa começa na sexta, a partir das 18 horas. O ponto de encontro é uma área ao lado ao aeroporto, no Centro de Ubatuba.

O evento terá a apresentação de bandas de rock e blues, eleição da “garota Motorcycle”, bar temático, lojas de acessórios e a apresentação de luta livre.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Etiqueta na taça

Como não errar no vinho em almoços de negócios

A discrição dos sommeliers, os profissionais responsáveis pelo serviço de vinho nos restaurantes, mantém no anonimato as gafes sobre a bebida em almoços de negócios.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Casa australiana une "elegância e potência"

Bordões de marketing, especialmente no mundo do vinho, normalmente nos deixam com um pé atrás.
A priori, talvez seja esse o efeito que provocam as palavras "pureza, elegância e potência" que sublinham o logotipo da Mitolo, uma vinícola australiana que acabou de estrear no Brasil.
No copo, porém, os goles da casa -tintos, com fruta limpa e bem definida, sedosos em boca, mas intensos e concentrados- acabam mostrando-se fiéis a esse norte.
A adega é muito jovem: tem cerca de oito anos de vida. Suas cubas, prensas e barricas são comandadas pelo enólogo Ben Glaetzer, que modela os seus rubros com uvas oriundas de McLaren Vale e Barossa Valley, duas regiões de ponta da terra dos cangurus.
Na ala básica do primeiro desembarque (todos exemplares da safra 2005), estão os Jester, um cabernet sauvignon -elaborado em parte com uvas parcialmente dessecadas, ao estilo dos Amarone italianos-, bem frutado, com taninos finos e leve toque herbáceo (88/100) e um shiraz, igualmente macio e saboroso, marcado por especiaria (89/100, ambos a R$ 68,50).
No extremo oposto, no topo do portfólio da firma, está o Savitar, outro shiraz aveludado, complexo e persistente, que combina fruta e geléias com suaves pinceladas de baunilha (91/100, R$ 179, todos à venda na Casa Flora, tel. 0/xx/11/3327-5199).
(JORGE CARRARA/COLUNISTA DA FOLHA DE S.PAULO)

BOM E BARATO
SUGESTÃO ATÉ R$ 40 SALTON CLASSIC TANNAT 2006
Avaliação: 80/100
Bom para: frios, pizzas, hambúrgueres
Preço: R$ 9,90, na Salton, tel. 0/xx/11/6959-3144

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Nesta festa, muita alegria e mesa farta

Setembro é o mês de San Gennaro (no Brasil, São Januário), o que significa festa, alegria e muita comida italiana na Mooca. Este ano, a 34ª Festa di San Gennaro ocorre de 8 de setembro a 26 de outubro, sempre aos sábados e domingos. Anualmente, mais de 200 mil pessoas participam da festa, muitas de outras cidades e Estados, que chegam em caravanas. A renda do evento será revertida para cobrir os custos da construção do novo salão e da torre da igreja, e para a manutenção da creche Menino Jesus e das demais obras sociais da paróquia.

O ponto de encontro é a igreja, localizada na Rua da Mooca nº 950. No seu interior, em um amplo salão com capacidade para acomodar até mil pessoas, ficam sete barracas para atender os visitantes. Do lado de fora, outras 15 barracas ficam entre a ruas San Gennaro e Lins, em espaço de livre acesso ao público. Em todas elas, o público pode saborear os tradicionais pratos napolitanos, como macarronadas, pizzas, polentas, fogazzas, doces, entre outras comidas típicas.

As "Mammas di San Gennaro" chegam a preparar 60 mil pratos de macarronada e 120 mil pedaços de pizza. São 7 barracas no salão interno, servindo mil pessoas, e mais 15 barracas do lado de fora. A festa recebe cerca de 200 mil pessoas todos os ano e é um sucesso.

São cerca de 400 voluntários para que a festa se realize, mas as figuras principais são, sem dúvida, as "Mammas di San Gennaro", as responsáveis pela comilança e as inimigas número 1 dos Vigilantes do Peso – são consumidos cerca de 60 mil pratos de macarronada, 120 mil pedaços de pizza e 5 mil litros de vinho. São 25 senhoras, comandadas por Capitulina de Jesus Sobral Tonet, conhecida por Nega. "Este ano, a novidade é o salão, que ficou muito bonito depois da reforma. A comida continua boa como nos anos anteriores, feita sempre com muito amor", garante Nega. "Três dias antes já estamos trabalhando e fazendo os antepastos, como a berinjela italiana e a sardela", diz.

Ela conta que patrocinadores da festa doam alguns produtos, como macarrão e o pão italiano. "Seria muito bom se alguém pudesse doar pratos e copos descartáveis. É o que nos falta no momento", comenta.

Entre as "mammas" mais antigas está a dona Margarida do Carmo, conhecida por Lili, que participa da festa desde a primeira edição – já são 34 anos consecutivos. "No início não era esta festa grande que temos hoje. Era uma quermesse e a gente comia sentada na calçada", lembra. Dona Lili é a responsável pela polenta. As outras "mammas" garantem que é a melhor polenta do bairro, tanto que a chamam de Rainha da Polenta. "O segredo está no molho de lingüiça calabresa", garante, pois a massa é feita com fubá de milho comum, 60 quilos por noite mais ou menos. O jeito de fazer o molho e o tempero é que garantem aquele toque especial, além do queijo ralado por cima. A receita é de família e dona Lili faz charme, desconversa, mas não revela.

O prato principal é, sem dúvida, a macarronada. Nas duas barracas da rua, os visitantes poderão degustar ótimos pratos, mas a melhor macarronada está lá dentro, no salão, feito pela dona Neusa Martins Gomes. Como o segredo também está no molho, em cada barraca o prato terá sabor diferente. O melhor é experimentar todos, nem que para isso seja preciso voltar outro dia.

Também não vá se encher de macarronada e não deixar um espaço no estômago para experimentar a pizza. A dona Neuci Junqueira Lima é a responsável pela pizza na barraca da rua. A massa é feita anteriormente por pizzaiolos da região. Ela faz o recheio e coloca para assar. "São mais de mil pedaços por noite e todo mundo adora", garante.

Se há alguma rivalidade com a comunidade do Bixiga (Bela Vista), que promove a Festa da Nossa Senhora Achiropita (este ano de 4 de agosto a 2 de setembro)? Todas dizem que não, que a do Bixiga é uma festa mais antiga (tem 81 anos), que as duas comunidades se dão muito bem e que cada uma freqüenta a festa da outra. Mas quando se pergunta quem faz a melhor macarronada ou a melhor polenta, todas as "mammas" de San Gennaro se levantam e gritam: "Claro que é a Mooca, bello!" (C.O.)

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Uma difícil questão

As palavras “bar” e “jornalista”, às vezes aparecem separadas, mas sempre tiveram certa intimidade ou, como alguns entendem, estreita ligação. Uma combina perfeitamente com a outra. Segunda-feira, São Paulo, noite fria e leve garoa, nada mais propício que um encontro entre elas.

E foi o que aconteceu no “Estação Brasil”, hoje um paparicado estabelecimento na região dos Jardins. Quem lá esteve e não tomou nenhuma, certamente saiu com a pergunta, que até agora não tem resposta.

Um ilustre representante da classe tomou tantas, mas tantas, que logo surgiram sérias dúvidas sobre o seu dia seguinte: como ele, um dos mais conhecidos apresentadores, conseguiria aparecer no seu telejornal? Pior, ninguém conseguiu saber. Ele ontem simplesmente não apareceu, dando motivo a duas outras questões: afinal, encheu a cara porque sabia que não ia trabalhar ou não foi trabalhar porque encheu a cara? (29.08.07/Flávio Ricco/Coluna Canal 1/DCI)

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Cervejeiras fazem campanha sobre "consumo responsável"

A indústria de cerveja está investindo como nunca no tema "consumo responsável" do álcool. As empresas do setor, capitaneadas pela AmBev, já tinham incorporado o discurso, mas estão reforçando suas ações justamente no momento em que a Anvisa pretende restringir a publicidade das bebidas com mais de 0,5 grau de teor alcoólico.

As três maiores do segmento, estão com algum tipo de investimento na área. A Schincariol está há uma semana com uma nova campanha no ar abordando o tema "se beber não dirija" e a Femsa - que, ao contrário das concorrentes não faz campanhas na TV sobre o tema - lança na próxima semana uma "blitz" em 200 mil pontos-de-venda para desestimular a venda de bebidas alcoólicas a menores. Ontem, durante uma hora e meia os 35 mil funcionários da AmBev - distribuídos entre 32 fábricas, 40 centros de distribuição - pararam para assistir vídeos educativos sobre consumo responsável e alguns deles partiram para uma "blitz" em universidades.

Em São Paulo, na sede administrativa da AmBev, quem apresentou o tema aos funcionários foi o próprio presidente da companhia, Luis Fernando Edmond. "Não vamos esperar o governo tomar iniciativa, vamos aproveitar o tamanho que temos e o fato de trabalharmos com jovens para disseminar o consumo responsável", afirmou.

Para o especialista no assunto, o psiquiatra Arthur Guerra, presidente do Centro de Informações sobre Saúde e Álcool, não é a indústria quem deve assumir esse papel. "Por melhor intenção que as empresas tenham em tocar no assunto, não se pode depender da indústria para abordar o consumo responsável. É uma inversão de valores" afirma.

Claro que o objetivo da indústria é lucrar com a venda de cerveja. Mas ficar de fora dessa discussão agora pode ser muito pior. "Somos focados no curto prazo, sim, mas não podemos ignorar o que possa nos prejudicar no longo prazo", disse Milton Seligman, diretor de assuntos corporativos ao Valor. "O consumidor consome muito mais ao longo de sua vida se não tiver problemas com o álcool", disse Edmond.

Desde 2001, quando iniciou o programa de consumo responsável, a AmBev doa bafômetros ao governo. Ontem foram doados 6,2 mil aparelhos em seis capitais brasileiras e nos últimos seis anos foram 31,2 mil.

A questão chegou a um ponto que não permite omissão por parte da indústria, segundo dados do Instituto Médico Legal (IML), metade dos acidentes de trânsito fatais estão relacionados ao álcool e uma pesquisa divulgada há duas semanas pela Secretaria Nacional Anti-Drogas, 9% da população brasileira é dependente de álcool, perto de 17 milhões de pessoas.

A Anvisa pretende proibir a veiculação, no rádio e na TV, de propaganda de bebidas com baixo teor alcoólico entre oito da manhã e oito da noite. As frases "beba com moderação" ou "se beber, não dirija", que já integram as campanhas, foram consideradas insuficientes e, por conta disso, o material de divulgação também terá de conter frases de advertência para os prejuízos à saúde provocados pelo consumo exagerado desses produtos.

Para Milton Seligman, da AmBev, a simples proibição da propaganda não funciona. "Será apenas um atalho, esse tipo de questão precisa de uma solução complexa", afirma, acrescentando que as autoridades têm mostrado abertura para dialogar. "Nenhum médico vai defender propaganda de bebida alcoólica, mas também não existem estudos que comprovem que as campanhas estimulem, de fato, o consumo do produto, diz Arthur Guerra.

Hoje o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, participa de uma mesa redonda sobre consumo de álcool e propaganda com o sindicato da indústria de bebidas e agências de publicidade. (Daniela D'Ambrosio-Valor Econômico)