MERCADÃO -Mezanino, um toque moderno (foto: Antonio Milena/AE)
Por Bruno Paes Manso e Humberto Maia Junior
(O Estado de S.Paulo - 29.04.07)
Por fora, o prédio em estilo eclético, projetado em 1933 pelo escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, é um marco imponente do passado de São Paulo. Mas as sólidas paredes do Mercado Municipal escondem um ambiente dinâmico, em pleno processo de transformação.
Os comerciantes tradicionais, que abasteceram com iguarias refinadas gerações de gourmets e donos de restaurantes, reclamam que perderam espaço. Agora, quem faz sucesso são os bares e restaurantes. Vendendo pastel de bacalhau e sanduíche de mortadela, passaram a atrair novos clientes e afastar os antigos.
“Com a queda dos lucros, vendedores de frutas, carne e peixe querem abandonar os negócios para abrir bares e restaurantes”, diz José Carlos Siqueira Lopes, presidente da Associação dos Permissionários do Mercado (Renome). “Isso acabaria com a diversidade do Mercadão.”
Pelo menos 20 permissionários querem trocar de ramo. A maioria prefere montar lanchonetes e restaurantes. Hoje já são 22 lanchonetes no Mercadão, entre os 290 boxes. Nos últimos dois anos, houve pelo menos 15 mudanças - na maioria, de vendedores de frutas que decidiram trocar de ramo. Surgiram docerias e até uma lotérica. “Cansei de jogar fruta fora”, diz Ivan Amaro, que, depois de 15 anos negociando frutas, espera autorização para montar uma pet shop.
As novas gerações de comerciantes têm tentado acompanhar a mudança no perfil dos clientes. É o que aconteceu com o permissionário Luiz Paulo Livitti, que cresceu no Mercadão. O avô, calabrês, começou a vender frutas ainda em 1933. A barraca passou para o pai, que chamou Luiz Paulo para ajudá-lo no trabalho. E assim se passaram mais de três décadas. Mas o negócio perdeu fôlego e ele decidiu abrir uma doceria e sorveteria no lugar. “A madame não espreme mais suco de laranja. Compra pronto. Os supermercados são concorrentes com promoções imbatíveis. Perdemos espaço.”
PÓLO TURÍSTICO
A nova fase começou a se consolidar depois de 2004, quando o Mercadão passou por uma ampla reforma, na administração Marta Suplicy (PT). O objetivo do projeto foi transformar o local em pólo turístico. A principal mudança ocorreu na estrutura interna, com a construção de um mezanino de 2 mil metros quadrados, onde funcionam seis restaurantes e duas lanchonetes. A reforma foi um sucesso de público e atraiu novos clientes. Houve dias em que mais de 100 mil pessoas passaram pelo local.
Mas o sucesso beneficiou principalmente vendedores de comida pronta. “Uma lanchonete rende hoje pelo menos dez vezes mais que uma barraca”, compara Nivaldo Goiano, gerente da Geração Saúde, que vende frutas, e de duas lanchonetes Tigrão. Na média, segundo os permissionários, o faturamento das bancas caiu 15%.
domingo, 29 de abril de 2007
‘Turistas fotografam, mas não levam’
Donos de boxes tentam se adaptar aos novos freqüentadores, que são mais sofisticados e compram menos
BRUNO PAES MANSO E HUMBERTO MAIA JUNIOR
O avô, Luigi Pugliesi, chegou da Itália para vender melancias por atacado em 1933, quando o Mercado Municipal foi inaugurado. O pai, Eduardo, continuou na casa. Chegava a vender um caminhão de melancias por dia. Há oito meses, José Eduardo, o neto, não agüentou a queda no volume de vendas. Os 30 caminhões mensais não passavam de quatro. Para não fechar, arriscou abrir uma lotérica no antigo boxe. “Os clientes chegam aqui para comer. Não querem mais sair com melancia embaixo do braço”, diz José Eduardo. “Além disso, os caminhões não podem mais estacionar para pegar mercadorias.”
Não é só a reforma que motiva as trocas de ramo. Para os vendedores de frutas e de peixe, os hipermercados tornaram-se um inimigo. Como essas redes oferecem produtos variados, podem fazer promoções imbatíveis para atrair clientes. “Eles colocam uma maçã a preço de custo para lucrar mais com o leite condensado”, explica Nivaldo Goiano, gerente da barraca de fruta Geração Saúde e de duas lanchonetes.
Outras explicações são mais criativas. João Carlos de Freitas, que vende peixes no Mercadão há 44 anos, culpa o desrespeito a antigas tradições. “As pessoas não respeitam mais a tradição e até o papa liberou carne na quinta-feira santa. Também cresceu o total de evangélicos em São Paulo e eles podem consumir carnes no período.”
Ivan Amaro, que quer transformar sua barraca de fruta em uma pet shop, reclama dos turistas que passaram a freqüentar o mercado. “Alguns chegam a tirar fotos das frutas para mostrar aos parentes. Eu pergunto a eles: por que não comprar em vez de mandar fotos?”
No mezanino acima do boxe de Amaro, Horácio Ferreira Gabriel, de 31 anos, a situação é diferente. Dono do Hocca Bar, que vende os tradicionais pastéis de bacalhau e sanduíche de mortadela, ele estima que as vendas aumentaram pelo menos 15% desde o fim da reforma. “Começou a vir um público de classe A que não vinha antes.”
ADAPTAÇÃO
Alguns donos de boxes tradicionais, porém, preferem não se queixar da mudança do perfil dos freqüentadores e se adaptam para atender essa nova clientela. Leonardo Chiappetta, dono do Emporio Chiappetta, que vende azeites, vinhos e enlatados, entre outros produtos, admite a queda no faturamento, mas diz ter feito um trabalho com os funcionários para especializar o atendimento e cativar os turistas.
Além de atrair os clientes, os funcionários contam a história dos produtos. Um vinagre balsâmico, por exemplo, raramente é vendido sem que haja uma explicação de sua origem. Vale até derramar um pouco num pedaço de pão italiano e oferecer para o comprador em potencial. “Hoje é preciso um esforço danado para vender um artigo”, explica. “Mas temos de nos adaptar às mudanças.”
Para manter a tradição da família, que vende queijo há quatro gerações, Roque Bueno Tadeu Peta, conhecido como Roni, conseguiu uma licença do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) para mudar o boxe comercial e fabricar queijos dentro do Mercadão duas vezes por semana. Será um projeto piloto, que pode se espalhar para outros empreendimentos.
“Seria interessante se conseguíssemos transformar o mercado em um grande centro gastronômico, mais dinâmico, onde se produza carnes especiais na hora, com tempero que o cliente quer, onde ele possa experimentar fumos de corda, essas coisas.”
BRUNO PAES MANSO E HUMBERTO MAIA JUNIOR
O avô, Luigi Pugliesi, chegou da Itália para vender melancias por atacado em 1933, quando o Mercado Municipal foi inaugurado. O pai, Eduardo, continuou na casa. Chegava a vender um caminhão de melancias por dia. Há oito meses, José Eduardo, o neto, não agüentou a queda no volume de vendas. Os 30 caminhões mensais não passavam de quatro. Para não fechar, arriscou abrir uma lotérica no antigo boxe. “Os clientes chegam aqui para comer. Não querem mais sair com melancia embaixo do braço”, diz José Eduardo. “Além disso, os caminhões não podem mais estacionar para pegar mercadorias.”
Não é só a reforma que motiva as trocas de ramo. Para os vendedores de frutas e de peixe, os hipermercados tornaram-se um inimigo. Como essas redes oferecem produtos variados, podem fazer promoções imbatíveis para atrair clientes. “Eles colocam uma maçã a preço de custo para lucrar mais com o leite condensado”, explica Nivaldo Goiano, gerente da barraca de fruta Geração Saúde e de duas lanchonetes.
Outras explicações são mais criativas. João Carlos de Freitas, que vende peixes no Mercadão há 44 anos, culpa o desrespeito a antigas tradições. “As pessoas não respeitam mais a tradição e até o papa liberou carne na quinta-feira santa. Também cresceu o total de evangélicos em São Paulo e eles podem consumir carnes no período.”
Ivan Amaro, que quer transformar sua barraca de fruta em uma pet shop, reclama dos turistas que passaram a freqüentar o mercado. “Alguns chegam a tirar fotos das frutas para mostrar aos parentes. Eu pergunto a eles: por que não comprar em vez de mandar fotos?”
No mezanino acima do boxe de Amaro, Horácio Ferreira Gabriel, de 31 anos, a situação é diferente. Dono do Hocca Bar, que vende os tradicionais pastéis de bacalhau e sanduíche de mortadela, ele estima que as vendas aumentaram pelo menos 15% desde o fim da reforma. “Começou a vir um público de classe A que não vinha antes.”
ADAPTAÇÃO
Alguns donos de boxes tradicionais, porém, preferem não se queixar da mudança do perfil dos freqüentadores e se adaptam para atender essa nova clientela. Leonardo Chiappetta, dono do Emporio Chiappetta, que vende azeites, vinhos e enlatados, entre outros produtos, admite a queda no faturamento, mas diz ter feito um trabalho com os funcionários para especializar o atendimento e cativar os turistas.
Além de atrair os clientes, os funcionários contam a história dos produtos. Um vinagre balsâmico, por exemplo, raramente é vendido sem que haja uma explicação de sua origem. Vale até derramar um pouco num pedaço de pão italiano e oferecer para o comprador em potencial. “Hoje é preciso um esforço danado para vender um artigo”, explica. “Mas temos de nos adaptar às mudanças.”
Para manter a tradição da família, que vende queijo há quatro gerações, Roque Bueno Tadeu Peta, conhecido como Roni, conseguiu uma licença do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) para mudar o boxe comercial e fabricar queijos dentro do Mercadão duas vezes por semana. Será um projeto piloto, que pode se espalhar para outros empreendimentos.
“Seria interessante se conseguíssemos transformar o mercado em um grande centro gastronômico, mais dinâmico, onde se produza carnes especiais na hora, com tempero que o cliente quer, onde ele possa experimentar fumos de corda, essas coisas.”
Opinião - Após reformas, público variado dá mais vida ao mercado
Luiz Américo Camargo*
Quem reclama que o Mercadão está em crise de identidade, já que os lugares para comer e beber têm, supostamente, feito mais sucesso do que a venda de produtos, deveria ver as coisas de outro ponto de vista. O mercado, na verdade, está mais vivo do que nunca.
Por conta das reformas, que aprofundaram sua vocação de ponto turístico, e da construção de um mezanino com bares e lanchonetes, o local atrai hoje o público mais diversificado de sua história. Jovens que nunca pisaram no centro agora vão ao Mercadão - sim, beber cerveja e comer sanduíches. Mas eles fazem parte da clientela do futuro. Um dia, depois de um pastel, um deles sairá com uma sacola de castanhas, e assim por diante.
Fosse o novo papel tão pernicioso, será que um mercado como o La Boquería, em Barcelona, onde se acha alguns dos melhores produtos da Espanha, já não teria banido suas boas comidas e promovido um levante contra os milhares de estrangeiros que passam por lá só para fazer uma boquinha? Outro ponto: quem vai aos boxes fazer compras chega cedo, em horários diferentes de quem aparece para almoçar ou fazer happy hour. As duas coisas podem coexistir.
As bancas mais badaladas têm esquemas de entrega, para cozinheiros ou clientes especiais - o que significa menos gente indo até lá. As feiras e supermercados melhoraram, e gigantes dos produtos finos, como a Casa Santa Luzia, já não cobram preços tão mais altos. É nesse novo panorama que os varejistas precisam se inserir.
Se é para reclamar de alguém, os comerciantes deveriam voltar suas baterias contra o péssimo esquema de estacionamento e de transporte coletivo, sem falar da segurança. É isso que afasta o consumidor. Sugiro o seguinte: para a selar a paz, vão todos juntos tomar um chope no mezanino.
*Luiz Américo Camargo é editor do caderno Paladar
Projeto vai revitalizar a área
O estacionamento é apontado como o principal gargalo atualmente no Mercadão. Segundo os comerciantes, a falta de vagas afasta os clientes que costumavam fazer grandes compras no local. Um novo projeto deve ser tocado ainda nesta gestão para revitalizar a região e ampliar as vagas de estacionamento. O secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, afirma que até o fim do ano serão implodidos o Edifício São Vito e o Viaduto Diário Popular. O Palácio das Indústrias deve virar um Museu da Criança, que vai explorar ciência e tecnologia. Uma passagem de nível sobre o Córrego Tamanduateí vai facilitar o acesso a pé entre o museu e o Mercadão. Os clientes do Mercadão poderão usar o amplo estacionamento do antigo Palácio das Indústrias.
Quem reclama que o Mercadão está em crise de identidade, já que os lugares para comer e beber têm, supostamente, feito mais sucesso do que a venda de produtos, deveria ver as coisas de outro ponto de vista. O mercado, na verdade, está mais vivo do que nunca.
Por conta das reformas, que aprofundaram sua vocação de ponto turístico, e da construção de um mezanino com bares e lanchonetes, o local atrai hoje o público mais diversificado de sua história. Jovens que nunca pisaram no centro agora vão ao Mercadão - sim, beber cerveja e comer sanduíches. Mas eles fazem parte da clientela do futuro. Um dia, depois de um pastel, um deles sairá com uma sacola de castanhas, e assim por diante.
Fosse o novo papel tão pernicioso, será que um mercado como o La Boquería, em Barcelona, onde se acha alguns dos melhores produtos da Espanha, já não teria banido suas boas comidas e promovido um levante contra os milhares de estrangeiros que passam por lá só para fazer uma boquinha? Outro ponto: quem vai aos boxes fazer compras chega cedo, em horários diferentes de quem aparece para almoçar ou fazer happy hour. As duas coisas podem coexistir.
As bancas mais badaladas têm esquemas de entrega, para cozinheiros ou clientes especiais - o que significa menos gente indo até lá. As feiras e supermercados melhoraram, e gigantes dos produtos finos, como a Casa Santa Luzia, já não cobram preços tão mais altos. É nesse novo panorama que os varejistas precisam se inserir.
Se é para reclamar de alguém, os comerciantes deveriam voltar suas baterias contra o péssimo esquema de estacionamento e de transporte coletivo, sem falar da segurança. É isso que afasta o consumidor. Sugiro o seguinte: para a selar a paz, vão todos juntos tomar um chope no mezanino.
*Luiz Américo Camargo é editor do caderno Paladar
Projeto vai revitalizar a área
O estacionamento é apontado como o principal gargalo atualmente no Mercadão. Segundo os comerciantes, a falta de vagas afasta os clientes que costumavam fazer grandes compras no local. Um novo projeto deve ser tocado ainda nesta gestão para revitalizar a região e ampliar as vagas de estacionamento. O secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, afirma que até o fim do ano serão implodidos o Edifício São Vito e o Viaduto Diário Popular. O Palácio das Indústrias deve virar um Museu da Criança, que vai explorar ciência e tecnologia. Uma passagem de nível sobre o Córrego Tamanduateí vai facilitar o acesso a pé entre o museu e o Mercadão. Os clientes do Mercadão poderão usar o amplo estacionamento do antigo Palácio das Indústrias.
sexta-feira, 27 de abril de 2007
Papa vai beber vinho siciliano em vôo para o Brasil
No vôo para o Brasil, o papa Bento 16 degustará um vinho branco siciliano elaborado com uvas Catarratto. O vinho Zabbia é da safra de 2003 e é obtido a partir de uvas cultivadas na Casa Vinícola Feotto dello Jatto, localizada em Palermo.
Segundo o site www.cronachedigusto.it, a companhia aérea Alitalia pediu 150 garrafas desse vinho, que serão servidas ao pontífice e aos demais passageiros.
Outros vinhos serão oferecidos no vôo, mas o Zabbia terá um gosto especial porque é um presente da Alitalia para o papa.
Bento 16 ficará no Brasil de 9 a 13 de maio. Ele desembarcará no aeroporto internacional de Guarulhos, por volta das 16h30 do dia 9, e será recepcionado por autoridades brasileiras. Do aeroporto, seguirá de helicóptero até o Campo de Marte, onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), entregará a chave da cidade.
(Folha Online)
Segundo o site www.cronachedigusto.it, a companhia aérea Alitalia pediu 150 garrafas desse vinho, que serão servidas ao pontífice e aos demais passageiros.
Outros vinhos serão oferecidos no vôo, mas o Zabbia terá um gosto especial porque é um presente da Alitalia para o papa.
Bento 16 ficará no Brasil de 9 a 13 de maio. Ele desembarcará no aeroporto internacional de Guarulhos, por volta das 16h30 do dia 9, e será recepcionado por autoridades brasileiras. Do aeroporto, seguirá de helicóptero até o Campo de Marte, onde o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PFL), entregará a chave da cidade.
(Folha Online)
quinta-feira, 26 de abril de 2007
Banho de Cerveja
Que tal fazer um happy hour regado à cerveja? Mas esqueça os copos da bebida porque a novidade é se banhar em um relaxante ofurô repleto de cerveja especialmente selecionada e feita à base de levedura e brotos de trigo. A cerveja é recomendada para auxiliar na limpeza profunda dos poros, na eliminação de toxinas e no combate aos radicais livres. Além disso, a bebida de preferência nacional ainda possui nutrientes que ajudam a rejuvenescer a pele.
"A idéia nesse ritual é garantir o bom humor e alegria como em um happy hour. Após o banho, o programa inclui uma deliciosa sessão de shiatsu finalizada com hidratação aromaterápica relaxante e revitalizante" explica Silvia Segantini, aromaterapeuta do Kan Tui, clínica que oferece o tratamento. Os grandes responsáveis pelos milagrosos resultados da terapia são as leveduras e brotos do trigo. Enquanto a levedura é uma fonte natural de aminoácidos e sais minerais, o broto do trigo contém vitaminas A, B, C e E.
E você não precisa se preocupar com o terrível cheiro de cerveja na pele. Fique tranqüila que, depois de desestressar no ofurô, seu corpo ficará somente com o perfume de óleos essenciais puros, de notas cítricas e apimentadas, pois estas substâncias são misturadas ao malte.
Agora, você tem a opção de descarregar todas as tensões após um exaustivo dia de trabalho. Restabeleça seu equilíbrio emocional e o vigor da sua beleza com a ajuda da "cervejinha", ou melhor, da imersão nela.
(Correio do Povo-PR)
"A idéia nesse ritual é garantir o bom humor e alegria como em um happy hour. Após o banho, o programa inclui uma deliciosa sessão de shiatsu finalizada com hidratação aromaterápica relaxante e revitalizante" explica Silvia Segantini, aromaterapeuta do Kan Tui, clínica que oferece o tratamento. Os grandes responsáveis pelos milagrosos resultados da terapia são as leveduras e brotos do trigo. Enquanto a levedura é uma fonte natural de aminoácidos e sais minerais, o broto do trigo contém vitaminas A, B, C e E.
E você não precisa se preocupar com o terrível cheiro de cerveja na pele. Fique tranqüila que, depois de desestressar no ofurô, seu corpo ficará somente com o perfume de óleos essenciais puros, de notas cítricas e apimentadas, pois estas substâncias são misturadas ao malte.
Agora, você tem a opção de descarregar todas as tensões após um exaustivo dia de trabalho. Restabeleça seu equilíbrio emocional e o vigor da sua beleza com a ajuda da "cervejinha", ou melhor, da imersão nela.
(Correio do Povo-PR)
terça-feira, 24 de abril de 2007
Adeus Boris Ieltsin
Morreu ontem, de insuficiência cardíaca, o primeiro presidente da Rússia pós-comunismo, Boris Ieltsin. Mas o que esta notícia tem a ver com este Blog? Ora, caro leitor, Ieltsin era famoso por suas "incursões etílicas" e era o retrato fiel de um país onde o consumo de vodka se equivale ao de água em muitas nações do mundo. Sua frase "Prefiro ser um bêbado famoso do que um alcoolatra anônimo", e suas gafes influenciaram gerações de pinguços nos quatro cantos do planeta. Um brinde ao alegre, simpático e inesquecível tio Boris.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
Como curar a ressaca
Agora chegou a pior parte: curar a maldita ressaca. Para isso, é preciso programar uma desintoxicação. Durante a bebedeira, o aparelho digestivo teve muito trabalho extra. O estômago precisou fabricar mais suco gástrico; o fígado mais bile, além de ter que neutralizar as toxinas presentes pelo álcool. O intestino necessitou produzir mais suco entérico e ainda ficou com o trânsito mais lento.
Antes de começar a desintoxicação, vá até uma feirinha mais próxima. É lá que você encontrará os remédios naturais: verduras, frutas e legumes. Além de mais fácil digestão, os vegetais vão prover o organismo de vitaminas que auxiliarão no funcionamento dos rins e do fígado, os principais órgãos responsáveis pela desintoxicação. Inclua, também, muito líquido: água de coco (contém potássio) e sucos de frutas frescas.
A água é importante nesse processo. Ela repõe os líquidos perdidos e auxilia na remoção das toxinas acumuladas. As fibras solúveis, como o farelo de aveia ou trigo, arroz integral ou pão integral.
Evite carne vermelha (para não sobrecarregar fígado), queijos, molhos e frituras. Elimine ainda os alimentos industrializados, embutidos e enlatados, como salsichas, presunto, biscoitos, entre outros.
Suco anti-ressaca
Maçã: 1 unidade média descascada
Cenoura: ½ unidade descascada
Aipo (ou salsão): 1 talo pequeno
Laranja : suco de 1 unidade
Preparo: pique a maçã, a cenoura e o aipo e bata no liquidificador com o suco de laranja ou a água de coco. Beba em seguida. Use de 2 a 3 copos neste dia.
Fonte: nutricionista Maribel Melos (Terra)
Antes de começar a desintoxicação, vá até uma feirinha mais próxima. É lá que você encontrará os remédios naturais: verduras, frutas e legumes. Além de mais fácil digestão, os vegetais vão prover o organismo de vitaminas que auxiliarão no funcionamento dos rins e do fígado, os principais órgãos responsáveis pela desintoxicação. Inclua, também, muito líquido: água de coco (contém potássio) e sucos de frutas frescas.
A água é importante nesse processo. Ela repõe os líquidos perdidos e auxilia na remoção das toxinas acumuladas. As fibras solúveis, como o farelo de aveia ou trigo, arroz integral ou pão integral.
Evite carne vermelha (para não sobrecarregar fígado), queijos, molhos e frituras. Elimine ainda os alimentos industrializados, embutidos e enlatados, como salsichas, presunto, biscoitos, entre outros.
Suco anti-ressaca
Maçã: 1 unidade média descascada
Cenoura: ½ unidade descascada
Aipo (ou salsão): 1 talo pequeno
Laranja : suco de 1 unidade
Preparo: pique a maçã, a cenoura e o aipo e bata no liquidificador com o suco de laranja ou a água de coco. Beba em seguida. Use de 2 a 3 copos neste dia.
Fonte: nutricionista Maribel Melos (Terra)
Anvisa quer acabar com fumo em recintos públicos
Por Felipe Corazza Barreto
Os estragos que o cigarro traz à saúde estão mais uma vez na mira do poder público. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou na última quarta-feira, dia 4, uma consulta pública para receber opiniões sobre nova norma para dar um novo salto nas restrições à fumaça tóxica dos cigarros.
O fumo em "recintos coletivos, públicos ou privados" fica definitivamente restrito a salas isoladas, que "não podem estar localizadas em áreas onde circulem ou permaneçam seus usuários". As empresas terão que confinar seus fumantes em locais ainda mais afastados do que os exigidos pela atual lei. Além disso, bares e restaurantes não poderão mais, se aprovada a norma, estabelecer áreas para fumantes em seus salões.
Além das já citadas, as restrições impostas pela proposta vão mais fundo para dificultar o hábito dos tabagistas. O chamado "fumódromo" passa a ser uma sala fechada, com apenas uma entrada e com ventilação no teto. Fica proibida ali qualquer "atividade de entretenimento", e vetado, também, "o consumo de produtos alimentícios, incluindo-se bebidas alcoólicas ou não".
O modelo apresentado pela Anvisa inclui especificações curiosas para os espaços de fumantes. A sala deverá ter, pelo menos, 4,8 metros quadrados. Dependendo do tamanho, será restrita a um número de fumantes de modo que a cada um deles caiba 1,2 metro quadrado neste latifúndio de fumaça. Caso o estabelecimento opte pelo fumódromo mínimo, poderá encaixotar, portanto, apenas quatro fumantes por vez.
O impacto da medida em bares e restaurantes ainda não é certo, segundo o advogado da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato. Para ele o impacto não deve ser tão grande, pois já existe uma lei que restringe o fumo nos estabelecimentos.
Mas a Abrasel pode encaminhar propostas de modificação na norma à Anvisa. "Nós vamos nos reunir para avaliar o que devemos fazer. Mas, em geral, a nossa opinião é de que o fumo em bares e restaurantes deveria se regulamentar pelo mercado, pela preferência dos consumidores", diz o advogado.
Para Maricato, o mais interessante da consulta pública é o fato de a Anvisa estar disposta a negociar e a escutar opiniões. "O poder público raramente abre para consulta os termos de uma lei e agora a Anvisa está colocando dessa forma. Já é muito bom para nós", afirma.
As fabricantes ainda não têm posição definida sobre a proposta. A Souza Cruz, líder no mercado brasileiro, prefere não se manifestar. A Philip Morris, que tem a segunda maior participação, afirma que ainda está avaliando a proposta e não deve fazer uma declaração formal por enquanto.
Se as fabricantes preferem não opinar sobre a proposta, os fumantes elegeram a Agência como alvo. A comunidade "Área de Fumantes" do site de relacionamentos Orkut já tem um tópico de discussão sobre o projeto. Um dos participantes chama o modelo proposto para as áreas de fumantes de "verdadeiras câmaras de tortura".
Um dos membros da comunidade, que se identifica como "Smoking", divulga, inclusive, um longo texto sobre as campanhas antitabagistas. Em um trecho, compara a restrição ao fumo ao "nazismo hitlerista em relação aos judeus na época do Holocausto".
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil vítimas de doenças provocadas pelo tabagismo.
O texto completo da norma que a Anvisa pretende implementar está disponível no site da Agência (www.anvisa.gov.br). A consulta pública permite que qualquer cidadão envie sugestões de alterações ou observações até o início de maio. As sugestões recebidas serão analisadas e da discussão sairá o texto final da norma que, permanecendo em moldes semelhantes aos atuais, será um duríssimo golpe nos adeptos da fumaça cancerígena.
(Fonte: Terra Magazine)
Os estragos que o cigarro traz à saúde estão mais uma vez na mira do poder público. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou na última quarta-feira, dia 4, uma consulta pública para receber opiniões sobre nova norma para dar um novo salto nas restrições à fumaça tóxica dos cigarros.
O fumo em "recintos coletivos, públicos ou privados" fica definitivamente restrito a salas isoladas, que "não podem estar localizadas em áreas onde circulem ou permaneçam seus usuários". As empresas terão que confinar seus fumantes em locais ainda mais afastados do que os exigidos pela atual lei. Além disso, bares e restaurantes não poderão mais, se aprovada a norma, estabelecer áreas para fumantes em seus salões.
Além das já citadas, as restrições impostas pela proposta vão mais fundo para dificultar o hábito dos tabagistas. O chamado "fumódromo" passa a ser uma sala fechada, com apenas uma entrada e com ventilação no teto. Fica proibida ali qualquer "atividade de entretenimento", e vetado, também, "o consumo de produtos alimentícios, incluindo-se bebidas alcoólicas ou não".
O modelo apresentado pela Anvisa inclui especificações curiosas para os espaços de fumantes. A sala deverá ter, pelo menos, 4,8 metros quadrados. Dependendo do tamanho, será restrita a um número de fumantes de modo que a cada um deles caiba 1,2 metro quadrado neste latifúndio de fumaça. Caso o estabelecimento opte pelo fumódromo mínimo, poderá encaixotar, portanto, apenas quatro fumantes por vez.
O impacto da medida em bares e restaurantes ainda não é certo, segundo o advogado da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato. Para ele o impacto não deve ser tão grande, pois já existe uma lei que restringe o fumo nos estabelecimentos.
Mas a Abrasel pode encaminhar propostas de modificação na norma à Anvisa. "Nós vamos nos reunir para avaliar o que devemos fazer. Mas, em geral, a nossa opinião é de que o fumo em bares e restaurantes deveria se regulamentar pelo mercado, pela preferência dos consumidores", diz o advogado.
Para Maricato, o mais interessante da consulta pública é o fato de a Anvisa estar disposta a negociar e a escutar opiniões. "O poder público raramente abre para consulta os termos de uma lei e agora a Anvisa está colocando dessa forma. Já é muito bom para nós", afirma.
As fabricantes ainda não têm posição definida sobre a proposta. A Souza Cruz, líder no mercado brasileiro, prefere não se manifestar. A Philip Morris, que tem a segunda maior participação, afirma que ainda está avaliando a proposta e não deve fazer uma declaração formal por enquanto.
Se as fabricantes preferem não opinar sobre a proposta, os fumantes elegeram a Agência como alvo. A comunidade "Área de Fumantes" do site de relacionamentos Orkut já tem um tópico de discussão sobre o projeto. Um dos participantes chama o modelo proposto para as áreas de fumantes de "verdadeiras câmaras de tortura".
Um dos membros da comunidade, que se identifica como "Smoking", divulga, inclusive, um longo texto sobre as campanhas antitabagistas. Em um trecho, compara a restrição ao fumo ao "nazismo hitlerista em relação aos judeus na época do Holocausto".
Segundo dados do Ministério da Saúde, cerca de 200 mil pessoas morrem todos os anos no Brasil vítimas de doenças provocadas pelo tabagismo.
O texto completo da norma que a Anvisa pretende implementar está disponível no site da Agência (www.anvisa.gov.br). A consulta pública permite que qualquer cidadão envie sugestões de alterações ou observações até o início de maio. As sugestões recebidas serão analisadas e da discussão sairá o texto final da norma que, permanecendo em moldes semelhantes aos atuais, será um duríssimo golpe nos adeptos da fumaça cancerígena.
(Fonte: Terra Magazine)
Planeta cevada
Bares ampliam oferta de cervejas importadas e roteiro mostra onde encontrar 41 marcas de 11 países
Há até pouco tempo, quem quisesse ser criativo na hora de pedir uma cerveja ao garçom tinha limitadas opções. Um ou outro cardápio possibilitava beber uma encorpada red ale, uma adocicada bock ou uma intensa stout. Nos últimos meses, no entanto, vêm crescendo o número de casas que oferecem boas cartas da bebida, importada de países como Inglaterra, Holanda, França e Canadá. Não apenas casas especializadas mas bares e botecos mais simples estão incluindo as ¿gringas¿ em seus cardápios. A happy hour agora é internacional.
A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida no Brasil. Mas ainda estamos aprendendo no que diz respeito ao conhecimento de características e tipos e aos hábitos corretos de consumo (vide o corrente costume de pedir ¿uma loura estupidamente gelada¿ ¿porque nem toda cerveja é loura, apelido ¿carinhoso¿ que damos à dourada pilsen¿ assim como nem toda cerveja deve ser consumida em tão baixas temperaturas).
A boa notícia é que o aprendizado é, certamente, muito prazeroso para os cervejeiros. Há amargas, doces, frutadas, feitas por monges, fermentadas como champanhe... As brasileiras também não fazem feio: cada vez mais rótulos de cervejas especiais e artesanais aparecem em bares e também nos supermercados.
Para quem quer se aventurar pelo universo da cevada (o principal grão utilizado na produção da bebida), o Guia listou 25 de estabelecimentos que oferecem cervejas estrangeiras, separadas por país. Alguns são referência no assunto, como o Frangó, o Asterix e o Tortula, e contemplam praticamente todos os países mencionados. A lista é uma sugestão para uma divertida volta ao mundo de gole em gole. Saúde!
Colaborou Sandro Macedo
Holanda
BAR DO MAGRÃO
O bar é decorado com objetos antigos e tem clima de pub. O cardápio oferece mais de 50 tipos de cerveja, como a holandesa LaTrappe (Blonde, Dubbel e Quadrupel). Única cerveja feita por monges da ordem trapista na Holanda, cada garrafa com 330 ml sai por R$ 19. A dica para acompanhar é a porção de calabresa-aperitivo. www.bardomagrao.com.br. R. Agostinho Gomes, 2.988, Ipiranga, região sul, tel. 6161-6649. 50 lugares. Ter. a sex.: 17h às 24h. Sáb. e dom.: 12h às 24h.Preço: R$ 4,50 (cerveja em garrafa Original). CC: D, M e V.
(Fonte: Guia da Folha 13.04.2007)
SAMBA DO CHAPÉU !
Aos sábados, neste mês de abril, além da bela feijoada vai rolar uma dose grátis de samba no Bar do Magrão! Repertório tradicional num cardápio pronto (ou quase!) para atender pedidos! Quem esteve lá sábado passado curtiu e estamos aqui convidando a todos que estão dispostos a um belo almoço, um petisco e uma cerveja com um repertório bem brazuca para acompanhar!
Sejam bem-vindos!
Samba do Chapéu
Paula Souto (voz)
Igor de Bruyn (violão)
Rodrigo Ramalho (pandeiro)
Sejam bem-vindos!
Samba do Chapéu
Paula Souto (voz)
Igor de Bruyn (violão)
Rodrigo Ramalho (pandeiro)
É simples...
Por Fernando Olivan
Eu devo ser um mau paulistano. A maioria que vive em São Paulo faz questão de enfrentar trânsito e filas a perder de vista para freqüentar lugares da ¿moda¿. Querem pagar caro para serem vistos nos points bacanas da cidade, mesmo que isso não signifique serviços e preços de qualidade.
Mas a diversidade desta metrópole proporciona boas surpresas, até para os mais chatos como eu. Como procurar qualidade fora do sofisticado? Como ser modesto e ao mesmo tempo bem feito? Empreendedores sucedidos encontram soluções simples para seus negócios.
Há 12 anos, o Bar do Magrão é um dos raros casos de sucesso na cidade, afinal, de cada 100 bares criados no Brasil, apenas três sobrevivem mais de dez anos.
O sonho de seguir os passos do pai, que tinha um botequim em Santos ao lado da mercearia do ¿Dondinho¿, pai do Pelé, fez Luiz Sampaio ¿Magrão¿ abrir, em 1995, seu bar no mesmo local onde, aliás, tomou o seu primeiro porre quando jovem (pinga com soda, popularmente conhecido como ¿Rodão¿) e onde é atualmente seu famoso boteco no bairro do Ipiranga.
De início só eram servidos três tipos de petiscos e de cervejas. Com o tempo, outros pratos foram incorporados, inclusive a porção de calabresa acebolada, até hoje uma das mais pedidas, na época feita em uma pequena chapa. Aos sábados, a feijoada por encomenda era feita em casa e trazida de carro dentro de um panelão!
Em 2000, prevendo o sucesso que as massas caseiras de Dona Maria Aparecida, sua sogra, faria com os fregueses, Magrão abriu ao lado de seu bar uma rotisserie. Sem estrutura, até talheres e pratos eram trazidos de sua casa. Aos poucos, e principalmente graças aos sucessivos pedidos dos clientes em ¿coloca uma mesa pra gente¿, ¿vai ter lasanha?¿, o lugar se transformou hoje em uma aconchegante e irresistível cantina. Além de tudo, possui uma cozinha democrática. Qualquer novo petisco ou prato ¿bota para o freguês experimentar¿. Aprovado, entra no cardápio.
Superadas as dificuldades iniciais, era preciso ter o seu próprio estilo, mas nada foi intencional. No Bar, por exemplo, a exótica decoração de badulaques e outros objetos antigos espalhados nos quatro cantos do ambiente é fruto das doações dos freqüentadores. Para descobrir e identificar todos os enfeites do lugar, no mínimo, você precisa de um mês e, claro, muitas cervejas. É um ¿antiquário etílico¿, eu diria.
O Bar do Magrão é conhecido por suas manias. Durante muito tempo, o dono praticou um estranho ritual: por volta da meia-noite, ao som de ¿cantos gregorianos¿, tocava com vontade um sino para avisar aos fregueses que o bar estava encerrando suas atividades do dia.
Já alguns freqüentadores batem literalmente o cartão no estabelecimento, em um relógio de marcar ponto localizado logo na entrada do bar.
Apaixonado por música, especialmente blues, jazz e rock, Magrão sempre deu espaço para bons músicos, muitos freqüentadores do local. Eles apresentam o que sabem fazer de melhor, seja no pequeno palco localizado na parte elevada ou nas mesas do bar mesmo, uma experiência por vezes interativa.
A diversidade do público que freqüenta também é outra característica marcante: artistas, advogados, executivos, jornalistas, médicos, esportistas, estilistas, cineastas, políticos, estudantes, músicos, famílias, entre outros.
Encontros e desencontros aconteceram neste bar, cuja quantidade de histórias podem render um livro. Amizades, inimizades, fechamento de negócios, namoros e até casamentos ocorreram. Além de outros assuntos que só quem freqüenta o lugar poderia entender...
Excelente cozinha, cerveja gelada, boa música e simplicidade. Pensando bem, depois de tudo isso, até que sou um bom paulistano.
Eu devo ser um mau paulistano. A maioria que vive em São Paulo faz questão de enfrentar trânsito e filas a perder de vista para freqüentar lugares da ¿moda¿. Querem pagar caro para serem vistos nos points bacanas da cidade, mesmo que isso não signifique serviços e preços de qualidade.
Mas a diversidade desta metrópole proporciona boas surpresas, até para os mais chatos como eu. Como procurar qualidade fora do sofisticado? Como ser modesto e ao mesmo tempo bem feito? Empreendedores sucedidos encontram soluções simples para seus negócios.
Há 12 anos, o Bar do Magrão é um dos raros casos de sucesso na cidade, afinal, de cada 100 bares criados no Brasil, apenas três sobrevivem mais de dez anos.
O sonho de seguir os passos do pai, que tinha um botequim em Santos ao lado da mercearia do ¿Dondinho¿, pai do Pelé, fez Luiz Sampaio ¿Magrão¿ abrir, em 1995, seu bar no mesmo local onde, aliás, tomou o seu primeiro porre quando jovem (pinga com soda, popularmente conhecido como ¿Rodão¿) e onde é atualmente seu famoso boteco no bairro do Ipiranga.
De início só eram servidos três tipos de petiscos e de cervejas. Com o tempo, outros pratos foram incorporados, inclusive a porção de calabresa acebolada, até hoje uma das mais pedidas, na época feita em uma pequena chapa. Aos sábados, a feijoada por encomenda era feita em casa e trazida de carro dentro de um panelão!
Em 2000, prevendo o sucesso que as massas caseiras de Dona Maria Aparecida, sua sogra, faria com os fregueses, Magrão abriu ao lado de seu bar uma rotisserie. Sem estrutura, até talheres e pratos eram trazidos de sua casa. Aos poucos, e principalmente graças aos sucessivos pedidos dos clientes em ¿coloca uma mesa pra gente¿, ¿vai ter lasanha?¿, o lugar se transformou hoje em uma aconchegante e irresistível cantina. Além de tudo, possui uma cozinha democrática. Qualquer novo petisco ou prato ¿bota para o freguês experimentar¿. Aprovado, entra no cardápio.
Superadas as dificuldades iniciais, era preciso ter o seu próprio estilo, mas nada foi intencional. No Bar, por exemplo, a exótica decoração de badulaques e outros objetos antigos espalhados nos quatro cantos do ambiente é fruto das doações dos freqüentadores. Para descobrir e identificar todos os enfeites do lugar, no mínimo, você precisa de um mês e, claro, muitas cervejas. É um ¿antiquário etílico¿, eu diria.
O Bar do Magrão é conhecido por suas manias. Durante muito tempo, o dono praticou um estranho ritual: por volta da meia-noite, ao som de ¿cantos gregorianos¿, tocava com vontade um sino para avisar aos fregueses que o bar estava encerrando suas atividades do dia.
Já alguns freqüentadores batem literalmente o cartão no estabelecimento, em um relógio de marcar ponto localizado logo na entrada do bar.
Apaixonado por música, especialmente blues, jazz e rock, Magrão sempre deu espaço para bons músicos, muitos freqüentadores do local. Eles apresentam o que sabem fazer de melhor, seja no pequeno palco localizado na parte elevada ou nas mesas do bar mesmo, uma experiência por vezes interativa.
A diversidade do público que freqüenta também é outra característica marcante: artistas, advogados, executivos, jornalistas, médicos, esportistas, estilistas, cineastas, políticos, estudantes, músicos, famílias, entre outros.
Encontros e desencontros aconteceram neste bar, cuja quantidade de histórias podem render um livro. Amizades, inimizades, fechamento de negócios, namoros e até casamentos ocorreram. Além de outros assuntos que só quem freqüenta o lugar poderia entender...
Excelente cozinha, cerveja gelada, boa música e simplicidade. Pensando bem, depois de tudo isso, até que sou um bom paulistano.
FESTA DE 12 ANOS!!!
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