Um excelente 2009 para todos os frequentadores!!
Em janeiro estaremos de volta!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
sexta-feira, 5 de dezembro de 2008
Spam, enlatado de épocas de crise, volta a ser sucesso de vendas
(Gazeta Mercantil - 28.11.08)
A economia está em farrapos e, para milhões de pessoas, o futuro é incerto. Mas para alguns empregados aqui na fábrica da Hormel Foods, o momento nunca foi melhor. Eles estão trabalhando em um ritmo louco e acumulando todas as horas extras que quiserem.
Tais trabalhadores fabricam o Spam (um apresuntado em lata). Essa que talvez seja a comida icônica dos tempos difíceis na despensa americana.
Através da guerra e da recessão, os americanos se voltaram ao produto enlatado e brilhante da Hormel como uma maneira de economizar dinheiro, colocando na mesa algo que lembre carne. Agora, em um sinal dos tempos, isso está acontecendo novamente, e a Hormel está fabricando tanto Spam quanto seus trabalhadores conseguirem produzir.Em uma fábrica localizada ao lado da Interestadual 90, dois turnos de empregados têm feito Spam sete dias por semana desde julho, e foi dito a eles que o implacável ritmo de trabalho vai continuar indefinidamente.
O Spam, um retângulo gelatinoso de aproximadamente 340 gramas de presunto e carne de porco apimentados, pode estar entre as comidas mais mal faladas do mundo, rejeitado e considerado intragável pelas elites dos alimentos e espetado pelos comediantes que têm criado teorias espertalhonas a respeito do seu nome (um exemplo: algo que se faz passar por de carne, aproveitando as iniciais do nome em inglês).
Mas atualmente, os consumidores estão redescobrindo os alimentos relativamente baratos e o Spam está entre eles. A lata de Spam de aproximadamente 340 gramas, comercializada como "Gosto Louco", custa cerca de US$ 2,40. "As pessoas estão percebendo que não é um produto tão ruim", disse Dan Johnson, 55, que opera um forno de 21 metros para a fabricação de Spam.
A Hormel se negou a cooperar com este artigo, mas vários de seus empregados foram entrevistados aqui recentemente com a ajuda de seu sindicato, o United Food and Commercial Workers International Union Local 9. Jogados nas cadeiras no corredor do sindicato depois de fabricar 149,9 mil latas de Spam no turno do dia, vários trabalhadores veteranos disseram que já haviam passado por períodos de boom antes – mas nenhum como este.
O Spam "parece se dar bem quando chegam os tempos difíceis", disse Dan Bartel, agente do sindicato. "Vamos provavelmente ver linhas de Spam em vez de linhas de sopa".
Mesmo quando os consumidores estão reduzindo o consumo de todos os tipos de bens, o Spam está entre um grupo seleto de itens alimentícios econômicos que estão firmes nas vendas.
Misturas para fazer panquecas e batatas instantâneas estão explodindo, assim como as vitaminas, os conservantes de frutas e vegetais e a cerveja, de acordo com dados de outubro compilados pela Information Resources, uma empresa de pesquisa de mercado.
"Vimos um aumento de dois dígitos na venda de arroz e feijão", disse Teena Massingill, porta-voz da rede de supermercados Safeway. "Eles realmente satisfazem". A Kraft Foods disse recentemente que alguns de seus produtos econômicos como o macarrão e o queijo, o Jell-O e o Kool-Aid estavam tendo um grande crescimento. As vendas do Velveeta ainda estão crescendo, se é que não estão explodindo. O Velveeta é um produto da Kraft que lembra, de certa forma o queijo, assim como o Spam lembra o presunto.
O Spam tem um lugar especial na história culinária dos EUA, tanto com fonte de humor resistente e de proteína barata durante os tempos difíceis.
Inventado durante a Grande Depressão por Jay Hormel, filho do fundador da companhia, o Spam é uma combinação de presunto, carne de porco, açúcar, sal, água, fécula de batata e uma "pitada" de nitrato de sódio "para ajudar o Spam a manter sua maravilhosa cor rosa", de acordo com o site da Hormel.
Porque é fechado a vácuo em uma lata e não requer refrigeração, o Spam pode durar anos. A Hormel diz que é "como carne com um botão pause".
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Spam se tornou uma elemento principal para as tropas aliadas no exterior. Elas o introduziram aos residentes locais, e ele permanece popular em muitas partes do mundo onde as tropas ficaram estacionadas.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(Andrew Martin The New York Times)
Humoristas e internautas imortalizaram o termo
O Spam criou um grupo bizarro de seguidores nos anos 70, graças principalmente ao Monty Python, a trupe de comediantes ingleses. Em uma paródia dos anos 70 um casal tentava pedir o café da manhã em um café que servia Spam em quase todos os pratos, como "Ovos, Spam, Salsicha e Spam". Os clientes tinham finalmente as vozes encobertas por um grupo de vickings que cantavam "Spam, amável Spam, maravilhoso Spam". (Familiarizados com o paródia, os pioneiros da internet rotularam os e-mails que não prestam de "spam" porque eles cobrem outro diálogo, de acordo com uma teoria.)
Aqui em Austin, autoridades locais têm tentado se beneficiar do status kitsch do Spam, mesmo se um odor evidentemente desagradável pairar sobre a cidade (um matadouro próximo da fábrica da Hormel abate 19 mil porcos de engorda). Austin se anuncia como a "Cidade do Spam", e se gaba dos 13 restaurantes com Spam no menu.
O Jerry''s Other Place vende um Spamburguer por US$ 6,29. O menu do "Spanarama" inclui ovos Benedict com Spam por US$ 7,35. No Steve''s Pizza, um Spam médio e uma pizza de abacaxi custam US$ 11,58. "Há todos os tipos de pessoas com um conexão emocional com o Spam", disse Gilbert "Gil" Gutknecht Jr., ex-congressista de Minnesota, que estava na loja de presentes no Spam Museum comprando uma gravata Spam, camisetas suéteres de malha de algodão e brincos. Gutknecht lembrou que um dia foi juiz em um concurso de receitas com Spam. "A melhor coisa são os brownies de Spam", disse, mais ou menos sério.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(NYT)
A economia está em farrapos e, para milhões de pessoas, o futuro é incerto. Mas para alguns empregados aqui na fábrica da Hormel Foods, o momento nunca foi melhor. Eles estão trabalhando em um ritmo louco e acumulando todas as horas extras que quiserem.
Tais trabalhadores fabricam o Spam (um apresuntado em lata). Essa que talvez seja a comida icônica dos tempos difíceis na despensa americana.
Através da guerra e da recessão, os americanos se voltaram ao produto enlatado e brilhante da Hormel como uma maneira de economizar dinheiro, colocando na mesa algo que lembre carne. Agora, em um sinal dos tempos, isso está acontecendo novamente, e a Hormel está fabricando tanto Spam quanto seus trabalhadores conseguirem produzir.Em uma fábrica localizada ao lado da Interestadual 90, dois turnos de empregados têm feito Spam sete dias por semana desde julho, e foi dito a eles que o implacável ritmo de trabalho vai continuar indefinidamente.
O Spam, um retângulo gelatinoso de aproximadamente 340 gramas de presunto e carne de porco apimentados, pode estar entre as comidas mais mal faladas do mundo, rejeitado e considerado intragável pelas elites dos alimentos e espetado pelos comediantes que têm criado teorias espertalhonas a respeito do seu nome (um exemplo: algo que se faz passar por de carne, aproveitando as iniciais do nome em inglês).
Mas atualmente, os consumidores estão redescobrindo os alimentos relativamente baratos e o Spam está entre eles. A lata de Spam de aproximadamente 340 gramas, comercializada como "Gosto Louco", custa cerca de US$ 2,40. "As pessoas estão percebendo que não é um produto tão ruim", disse Dan Johnson, 55, que opera um forno de 21 metros para a fabricação de Spam.
A Hormel se negou a cooperar com este artigo, mas vários de seus empregados foram entrevistados aqui recentemente com a ajuda de seu sindicato, o United Food and Commercial Workers International Union Local 9. Jogados nas cadeiras no corredor do sindicato depois de fabricar 149,9 mil latas de Spam no turno do dia, vários trabalhadores veteranos disseram que já haviam passado por períodos de boom antes – mas nenhum como este.
O Spam "parece se dar bem quando chegam os tempos difíceis", disse Dan Bartel, agente do sindicato. "Vamos provavelmente ver linhas de Spam em vez de linhas de sopa".
Mesmo quando os consumidores estão reduzindo o consumo de todos os tipos de bens, o Spam está entre um grupo seleto de itens alimentícios econômicos que estão firmes nas vendas.
Misturas para fazer panquecas e batatas instantâneas estão explodindo, assim como as vitaminas, os conservantes de frutas e vegetais e a cerveja, de acordo com dados de outubro compilados pela Information Resources, uma empresa de pesquisa de mercado.
"Vimos um aumento de dois dígitos na venda de arroz e feijão", disse Teena Massingill, porta-voz da rede de supermercados Safeway. "Eles realmente satisfazem". A Kraft Foods disse recentemente que alguns de seus produtos econômicos como o macarrão e o queijo, o Jell-O e o Kool-Aid estavam tendo um grande crescimento. As vendas do Velveeta ainda estão crescendo, se é que não estão explodindo. O Velveeta é um produto da Kraft que lembra, de certa forma o queijo, assim como o Spam lembra o presunto.
O Spam tem um lugar especial na história culinária dos EUA, tanto com fonte de humor resistente e de proteína barata durante os tempos difíceis.
Inventado durante a Grande Depressão por Jay Hormel, filho do fundador da companhia, o Spam é uma combinação de presunto, carne de porco, açúcar, sal, água, fécula de batata e uma "pitada" de nitrato de sódio "para ajudar o Spam a manter sua maravilhosa cor rosa", de acordo com o site da Hormel.
Porque é fechado a vácuo em uma lata e não requer refrigeração, o Spam pode durar anos. A Hormel diz que é "como carne com um botão pause".
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Spam se tornou uma elemento principal para as tropas aliadas no exterior. Elas o introduziram aos residentes locais, e ele permanece popular em muitas partes do mundo onde as tropas ficaram estacionadas.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(Andrew Martin The New York Times)
Humoristas e internautas imortalizaram o termo
O Spam criou um grupo bizarro de seguidores nos anos 70, graças principalmente ao Monty Python, a trupe de comediantes ingleses. Em uma paródia dos anos 70 um casal tentava pedir o café da manhã em um café que servia Spam em quase todos os pratos, como "Ovos, Spam, Salsicha e Spam". Os clientes tinham finalmente as vozes encobertas por um grupo de vickings que cantavam "Spam, amável Spam, maravilhoso Spam". (Familiarizados com o paródia, os pioneiros da internet rotularam os e-mails que não prestam de "spam" porque eles cobrem outro diálogo, de acordo com uma teoria.)
Aqui em Austin, autoridades locais têm tentado se beneficiar do status kitsch do Spam, mesmo se um odor evidentemente desagradável pairar sobre a cidade (um matadouro próximo da fábrica da Hormel abate 19 mil porcos de engorda). Austin se anuncia como a "Cidade do Spam", e se gaba dos 13 restaurantes com Spam no menu.
O Jerry''s Other Place vende um Spamburguer por US$ 6,29. O menu do "Spanarama" inclui ovos Benedict com Spam por US$ 7,35. No Steve''s Pizza, um Spam médio e uma pizza de abacaxi custam US$ 11,58. "Há todos os tipos de pessoas com um conexão emocional com o Spam", disse Gilbert "Gil" Gutknecht Jr., ex-congressista de Minnesota, que estava na loja de presentes no Spam Museum comprando uma gravata Spam, camisetas suéteres de malha de algodão e brincos. Gutknecht lembrou que um dia foi juiz em um concurso de receitas com Spam. "A melhor coisa são os brownies de Spam", disse, mais ou menos sério.
(Gazeta Mercantil/Caderno A - Pág. 12)(NYT)
terça-feira, 2 de dezembro de 2008
Contra crise, pubs irlandeses congelam o preço da cerveja
Se alguém na Europa tinha dúvidas de que a recessão será longa, uma decisão tomada ontem na Irlanda comprovou que a situação é mais grave do que se imaginava. Os pubs do país entraram em um acordo inédito para congelar o preço da cerveja. A medida tem como objetivo garantir que a freqüência dos bares não sofra uma queda diante da mais grave recessão enfrentada pela Irlanda nos últimos 30 anos.
No país, a freqüência dos pubs e o consumo da cerveja é um dos principais indicadores da saúde econômica do país.
Desde outubro, cerca de dez pubs vem sendo fechados por semana. Em Dublin, a recessão não está gerando apenas desemprego no setor de construção ou acabando com a fama de dinamismo do tigre celta. O número freqüentadores de bares desabou.
O congelamento do preço da cerveja será válido por um ano e foi acordada entre 5,5 mil pubs. "No que se refere às finanças, 2009 será um ano muito difícil", afirmou a associação de pubs da Irlanda. Por isso, a decisão de não permitir uma mudança no preço da cerveja vem como "reação a uma deterioração da situação econômica e da pressão sobre os gastos dos consumidores".
O temor é de que o ritmo de falência exploda em 2009. Uma estimativa aponta que um a cada oito pubs vai fechar até 2012. Isso significa a falência de 7,5 mil bares. Há uma semana, o tradicional grupo Thomas Read declarou falência. O grupo possui 22 pubs só em Dublin e emprega 400 pessoas.
A Irlanda foi um dos primeiros países da Europa a entrar em recessão neste ano e até mesmo os brasileiros que foram trabalhar na construção civil nos últimos anos já começam a retornar.
(Jamil Chade - OESP)
No país, a freqüência dos pubs e o consumo da cerveja é um dos principais indicadores da saúde econômica do país.
Desde outubro, cerca de dez pubs vem sendo fechados por semana. Em Dublin, a recessão não está gerando apenas desemprego no setor de construção ou acabando com a fama de dinamismo do tigre celta. O número freqüentadores de bares desabou.
O congelamento do preço da cerveja será válido por um ano e foi acordada entre 5,5 mil pubs. "No que se refere às finanças, 2009 será um ano muito difícil", afirmou a associação de pubs da Irlanda. Por isso, a decisão de não permitir uma mudança no preço da cerveja vem como "reação a uma deterioração da situação econômica e da pressão sobre os gastos dos consumidores".
O temor é de que o ritmo de falência exploda em 2009. Uma estimativa aponta que um a cada oito pubs vai fechar até 2012. Isso significa a falência de 7,5 mil bares. Há uma semana, o tradicional grupo Thomas Read declarou falência. O grupo possui 22 pubs só em Dublin e emprega 400 pessoas.
A Irlanda foi um dos primeiros países da Europa a entrar em recessão neste ano e até mesmo os brasileiros que foram trabalhar na construção civil nos últimos anos já começam a retornar.
(Jamil Chade - OESP)
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Celular busca o banheiro mais próximo em bairro de Londres
Serviço é inédito no Reino Unido e pretende diminuir incidência de pessoas urinando na rua
LONDRES - Um novo serviço prestado por celular promete aos londrinos que eles nunca mais gastarão tempo para encontrar banheiros. A subprefeitura de Westminster, que cobre as regiões de Oxford Street, o West End e o Parlamento, lançou nesta quinta-feira, 29, o "SatLav" - uma busca de banheiros para usuários de telefone celular.
Freqüentadores da região de Westminter agora poderão digitar a palavra "toilet" no celular e receber de volta uma mensagem de texto com o endereço do banheiro público mais perto do local em que está. O sistema tem 40 banheiros cadastrados, que "sente" a localização do usuário conforme a intensidade do sinal. O serviço custa US$ 0,52 por mensagem - o uso da maioria dos banheiros é de graça.
A subprefeitura espera que o serviço ajude a diminuir a incidência de pessoas urinando nas ruas, o que, somado, chega a 10 mil galões (ou 45 mil litros) de urina por ano.
Serviços similares já existem em outros lugares, como a busca por banheiros oferecida pela Vindigo na maioria das cidades americanas, mas o SatLav é o primeiro do tipo no Reino Unido.
Site da subprefeitura de Westminster na internet: http://www.westminster.gov.uk/
LONDRES - Um novo serviço prestado por celular promete aos londrinos que eles nunca mais gastarão tempo para encontrar banheiros. A subprefeitura de Westminster, que cobre as regiões de Oxford Street, o West End e o Parlamento, lançou nesta quinta-feira, 29, o "SatLav" - uma busca de banheiros para usuários de telefone celular.
Freqüentadores da região de Westminter agora poderão digitar a palavra "toilet" no celular e receber de volta uma mensagem de texto com o endereço do banheiro público mais perto do local em que está. O sistema tem 40 banheiros cadastrados, que "sente" a localização do usuário conforme a intensidade do sinal. O serviço custa US$ 0,52 por mensagem - o uso da maioria dos banheiros é de graça.
A subprefeitura espera que o serviço ajude a diminuir a incidência de pessoas urinando nas ruas, o que, somado, chega a 10 mil galões (ou 45 mil litros) de urina por ano.
Serviços similares já existem em outros lugares, como a busca por banheiros oferecida pela Vindigo na maioria das cidades americanas, mas o SatLav é o primeiro do tipo no Reino Unido.
Site da subprefeitura de Westminster na internet: http://www.westminster.gov.uk/
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
"Se o brasileiro quiser vinho francês barato, terá de ir à França"
Dhalluin, do Mouton Rothschild, em jantar no Morumbi
Depois de Aubert de Villaine, do Domaine de la Romanée Conti, que se reuniu com banqueiros, empresários e apreciadores de vinhos em SP no mês passado, o enólogo chefe e diretor da Mouton Rothschild, Philippe Dhalluin, passou pela cidade para um dia de degustações. Ele se encontrou com 30 enófilos e comandou um jantar -a R$ 480 cada um dos 20 convites- no restaurante Eau, no Morumbi. Na carta da noite, quatro vinhos: do Château d'Armailhac Grand Cru Classé, de R$ 245, ao Château Mouton Rothschild, de 1990, a chamada "safra mágica" -que não sai por menos de R$ 4.000 a garrafa, com rótulo assinado por Francis Bacon. No menu, bacalhau ao creme de trufas, escalope de foie gras com figo e banana caramelizada, carré de cordeiro e biscoitinhos de amêndoas e uvas brancas. Antes do jantar, o enólogo falou à coluna:
FOLHA - Em visita a SP, Pierre Lurton, diretor do Château Cheval Blanc e do Château D'Yquem, disse que poderá faltar champanhe no mundo, já que a produção é limitada e o consumo explodiu em países como China, Rússia e Índia. O mesmo pode acontecer com o vinho?
PHILIPPE DHALLUIN - É sempre possível. Mas quando a demanda sobe, o que fazemos? Subimos o preço. É isso: já que não é possível aumentar a produção, subiremos o preço, claro.
FOLHA - Isso não tornará o consumo mais restrito e elitista?
DHALLUIN - Sim, o consumo é cada vez mais restrito e elitista. C'est la vie [É a vida].
FOLHA - O Brasil é um bom mercado para os vinhos da Mouton? DHALLUIN - É o primeiro mercado da Mouton na América Latina, até porque é o país mais populoso.
FOLHA - Mas a população brasileira em geral não compra vinho.
DHALLUIN - É claro que não. Mas há uma pequena população da elite que pode consumir e que compra. O vinho é um produto de luxo e o consumidor brasileiro é do tipo que se interessa cada vez mais. O problema do Brasil são os impostos. Aqui, o vinho francês tem... tem... [pede ajuda a um importador que está no jantar] Quanto de imposto? É, é isso: 116% até chegar ao consumidor. Um vinho que custa 30 na França, eu vejo aqui por mais de 100. Enfim, se o brasileiro quiser vinho francês barato, terá de ir à França.
FOLHA - O que o senhor acha do crítico Robert Parker, que distribui notas aos vinhos e é acusado de criar uma ditadura do gosto?
DHALLUIN - Robert Parker é a referência mundial em vinhos, como o Guide Michelin, de restaurantes, na França. É um guia. Se você está em SP, por exemplo, num hotel de prestígio ou com amigos numa boa casa, e quer beber um vinho de alto nível, pode recorrer ao Robert Parker. Encontro com ele três, quatro vezes por ano, quando ele visita o château. Ele nos deu a nota máxima, distinguiu o Mouton de todos os outros vinhos. O que posso dizer? Ele não obriga ninguém a escolher este ou aquele vinho.
FOLHA - Muitos no Brasil dizem que aqui se consome vinho mais por exibicionismo que por prazer. O que o senhor acha?
DHALLUIN - É o que eu disse: nossos vinhos são um produto de luxo. É a mesma coisa que se perguntar por que as pessoas usam óculos Yves Saint Laurent, sapatos Prada, ou um relógio de ouro para ver as horas... A resposta é: você ama seus sapatos Prada e pronto.
(Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo)
Depois de Aubert de Villaine, do Domaine de la Romanée Conti, que se reuniu com banqueiros, empresários e apreciadores de vinhos em SP no mês passado, o enólogo chefe e diretor da Mouton Rothschild, Philippe Dhalluin, passou pela cidade para um dia de degustações. Ele se encontrou com 30 enófilos e comandou um jantar -a R$ 480 cada um dos 20 convites- no restaurante Eau, no Morumbi. Na carta da noite, quatro vinhos: do Château d'Armailhac Grand Cru Classé, de R$ 245, ao Château Mouton Rothschild, de 1990, a chamada "safra mágica" -que não sai por menos de R$ 4.000 a garrafa, com rótulo assinado por Francis Bacon. No menu, bacalhau ao creme de trufas, escalope de foie gras com figo e banana caramelizada, carré de cordeiro e biscoitinhos de amêndoas e uvas brancas. Antes do jantar, o enólogo falou à coluna:
FOLHA - Em visita a SP, Pierre Lurton, diretor do Château Cheval Blanc e do Château D'Yquem, disse que poderá faltar champanhe no mundo, já que a produção é limitada e o consumo explodiu em países como China, Rússia e Índia. O mesmo pode acontecer com o vinho?
PHILIPPE DHALLUIN - É sempre possível. Mas quando a demanda sobe, o que fazemos? Subimos o preço. É isso: já que não é possível aumentar a produção, subiremos o preço, claro.
FOLHA - Isso não tornará o consumo mais restrito e elitista?
DHALLUIN - Sim, o consumo é cada vez mais restrito e elitista. C'est la vie [É a vida].
FOLHA - O Brasil é um bom mercado para os vinhos da Mouton? DHALLUIN - É o primeiro mercado da Mouton na América Latina, até porque é o país mais populoso.
FOLHA - Mas a população brasileira em geral não compra vinho.
DHALLUIN - É claro que não. Mas há uma pequena população da elite que pode consumir e que compra. O vinho é um produto de luxo e o consumidor brasileiro é do tipo que se interessa cada vez mais. O problema do Brasil são os impostos. Aqui, o vinho francês tem... tem... [pede ajuda a um importador que está no jantar] Quanto de imposto? É, é isso: 116% até chegar ao consumidor. Um vinho que custa 30 na França, eu vejo aqui por mais de 100. Enfim, se o brasileiro quiser vinho francês barato, terá de ir à França.
FOLHA - O que o senhor acha do crítico Robert Parker, que distribui notas aos vinhos e é acusado de criar uma ditadura do gosto?
DHALLUIN - Robert Parker é a referência mundial em vinhos, como o Guide Michelin, de restaurantes, na França. É um guia. Se você está em SP, por exemplo, num hotel de prestígio ou com amigos numa boa casa, e quer beber um vinho de alto nível, pode recorrer ao Robert Parker. Encontro com ele três, quatro vezes por ano, quando ele visita o château. Ele nos deu a nota máxima, distinguiu o Mouton de todos os outros vinhos. O que posso dizer? Ele não obriga ninguém a escolher este ou aquele vinho.
FOLHA - Muitos no Brasil dizem que aqui se consome vinho mais por exibicionismo que por prazer. O que o senhor acha?
DHALLUIN - É o que eu disse: nossos vinhos são um produto de luxo. É a mesma coisa que se perguntar por que as pessoas usam óculos Yves Saint Laurent, sapatos Prada, ou um relógio de ouro para ver as horas... A resposta é: você ama seus sapatos Prada e pronto.
(Mônica Bergamo/Folha de S.Paulo)
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
terça-feira, 18 de novembro de 2008
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Especial R.E.M.
Veja o repertório que rolou no som ambiente do Bar na última sexta (07.11). Nada mais do que 31 músicas do R.E.M., uma verdadeira overdose de boa música!
- Belong
- Radio Free Europe
- Pop Song 89
- Carnival of Sorts
- The Sidewinder Sleeps Tonite
- Near Wild Heaven
- Departure
- What’s the Frequency, Kenneth?
- Supernatural Superserious
- Can’t Get There From Here
- Get Up
- The One I Love
- Radio Song
- Orange Crush
- The Wake-up Bomb
- Crush With Eveliner
- Hollow Man
- Talk About the Passion
- Bittersweet Me
- Bang and Blame
- Man On the Moon
- St. Central Rain
- Losing My Religion
- Stand
- Shiny Happy People
- It’s the End of the World as We Know It (and I Feel Fine)
- World Leader Pretend
- Drive
- Me In Honey
- Everybody Hurts
- E-bow the Letter
- Belong
- Radio Free Europe
- Pop Song 89
- Carnival of Sorts
- The Sidewinder Sleeps Tonite
- Near Wild Heaven
- Departure
- What’s the Frequency, Kenneth?
- Supernatural Superserious
- Can’t Get There From Here
- Get Up
- The One I Love
- Radio Song
- Orange Crush
- The Wake-up Bomb
- Crush With Eveliner
- Hollow Man
- Talk About the Passion
- Bittersweet Me
- Bang and Blame
- Man On the Moon
- St. Central Rain
- Losing My Religion
- Stand
- Shiny Happy People
- It’s the End of the World as We Know It (and I Feel Fine)
- World Leader Pretend
- Drive
- Me In Honey
- Everybody Hurts
- E-bow the Letter
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Conheça o passo a passo para uma suculenta picanha
A picanha ideal para o churrasco é a maturada. Procure comprá-la de fornecedores confiáveis. O fato da peça estar embalada a vácuo, por si só não siginifica que ela seja maturada. Maturação é um processo que só pode ser feito pelo frigorífico e consiste em estimular as enzimas da carne, que são um amaciante natural, a quebrar o tecido conjutivo e deixá-la macia, sem perder o sabor. O processo de maturação dura em média 23 dias, período em que a picanha fica armazenada à vácuo, numa câmara.
Modo de Preparo
1 - O que determina o corte correto de uma picanha é a terceira veia. Ela não deve ficar mais do que um dedo distante do final da peça, na parte mais larga. Uma picanha tem no máximo 1200kg, passou disto é coxão duro.
2 - Com a ponta de uma faca pequena você deve fazer sulcos na capa de gordura da picanha. Isto ajuda a melhor penetração do sal. Os sulcos devem ser feitos nos dois lados da picanha, formando um xadrez.
3 - O próximo passo é cortar a picanha em pedaços. Comece da parte mais larga e mantenha a faca reta e firme na carne. Cada posta deverá ter de 3 a 4 cm de largura.
4 - Para temperar a carne só devemos usar sal grosso. Para as postas prefira o sal grosso levemente moído.
5 - Distribua a carne na grelha com a gordura virada para o lado a 15 centímetros de altura em relação a brasa. Aguarde uns 15 minutos.
6 - Vire, usando uma pinça (nunca perfure a carne para não perder os sucos), e aguarde mais uns 5 minutos. Vire um pouco a gordura para baixo para dourar e muito bom apetite!!!
Modo de Preparo
1 - O que determina o corte correto de uma picanha é a terceira veia. Ela não deve ficar mais do que um dedo distante do final da peça, na parte mais larga. Uma picanha tem no máximo 1200kg, passou disto é coxão duro.
2 - Com a ponta de uma faca pequena você deve fazer sulcos na capa de gordura da picanha. Isto ajuda a melhor penetração do sal. Os sulcos devem ser feitos nos dois lados da picanha, formando um xadrez.
3 - O próximo passo é cortar a picanha em pedaços. Comece da parte mais larga e mantenha a faca reta e firme na carne. Cada posta deverá ter de 3 a 4 cm de largura.
4 - Para temperar a carne só devemos usar sal grosso. Para as postas prefira o sal grosso levemente moído.
5 - Distribua a carne na grelha com a gordura virada para o lado a 15 centímetros de altura em relação a brasa. Aguarde uns 15 minutos.
6 - Vire, usando uma pinça (nunca perfure a carne para não perder os sucos), e aguarde mais uns 5 minutos. Vire um pouco a gordura para baixo para dourar e muito bom apetite!!!
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
SEXTA ESPECIAL
HOJE, venha fazer um aquecimento para a sua festa de Halloween na balada,
ou mesmo comemorar, no happy hour do BAR DO MAGRÃO. Após duas semanas de
reflexões, o som ambiente está de volta com os melhores sons do rock e pop
anos 60,70,80,90 e alguns 00.
Compareça e peça a benção à nossa abóbora gigante...rs
ou mesmo comemorar, no happy hour do BAR DO MAGRÃO. Após duas semanas de
reflexões, o som ambiente está de volta com os melhores sons do rock e pop
anos 60,70,80,90 e alguns 00.
Compareça e peça a benção à nossa abóbora gigante...rs
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Crise atingirá preço de cervejas
A turbulência financeira chega aos botecos entre novembro e fevereiro do ano que vem. É nesse período que a AmBev, maior fabricante nacional, reajustará o preço das cervejas, que este ano deve ter impacto também da desvalorização do real, que desde 1º de agosto acumula perdas de cerca de 50%.
Dentre todos os reflexos da crise financeira internacional, o que mais afeta as cervejarias é a alta do dólar, mais até que a restrição do crédito. Muitos insumos utilizados na fabricação da bebida são importados e, portanto, cotados na moeda americana.
Mas o mais importante deles, a cevada, matéria-prima do malte, pode continuar com custos estáveis. Segundo o especialista em cevada e matérias-primas para cerveja, Euclydes Minalla, da Embrapa Passo Fundo (RS), a safra de cevada na Europa é a maior dos últimos tempos, o que faz o valor da tonelada cair. "No fim das contas, a alta do dólar empata com a baixa da cevada e o preço continua igual." Mas ele lembra que as empresas têm outros custos em dólar que estão subindo, como o de rótulos.
"Tudo isso gera uma pressão de custos, mas o maior problema das empresas, principalmente para as que se reportam à sede no exterior, é manter a rentabilidade", diz Adalberto Viviani, da consultoria Concept, especializada no mercado de bebidas. As matrizes, segundo ele, querem que as divisões brasileiras entreguem o resultado prometido no início do ano. No entanto, a desvalorização da moeda corrói os valores. "A saída, então, é aumentar preços ou o volume de vendas." Fabio Anderaos de Araújo, analista da Itaú Corretora, concorda. "As cervejarias estão perdendo margem de lucro", afirma. "Além disso, não se sabe como serão as vendas no verão, com a lei seca. Apesar da fiscalização parecer estar arrefecendo, ainda pode ser um risco para as vendas."
No caso da AmBev, que se reporta à InBev na Bélgica, diante dessa situação, a saída é mesmo o aumento de preços, uma vez que a empresa detém mais de 60% do mercado nacional, fatia difícil de aumentar em um mercado estável como o de cervejas atualmente. "Estamos programando um aumento para o verão, entre novembro e fevereiro", diz Michael Findlay, diretor de relações com os investidores da AmBev. Ele nega que isso seja efeito da alta do dólar na empresa. "O impacto da desvalorização do real para nós, no curto prazo, é insignificante", diz ele, comentando a observação feita pela analista de mercado da corretora Morningstar, Ann Gilpin. Segundo ela, AmBev tem dívidas em dólar que somam US$ 2,3 bilhões. "Temos essa dívida mas ela está protegida por operações de hedge a um valor que acertamos no início do ano. Já sei quanto pagar. Não há riscos", diz Findlay. Ele, porém, acrescenta que o aumento previsto para o verão deve ter percentual equivalente à inflação do período na data.
Outra que, segundo os analistas, deve apelar para aumentos é Femsa, que se reporta à sua sede no México. "Ou ela sobe preços ou aumenta sua escala", diz Viviane. A empresa, entretanto, não comentou o assunto.
Em situação melhor estão as cervejarias nacionais, como a Schincariol e a Petrópolis, uma vez que a maioria de sua operação é feita em real. "Todo nosso endividamento é preponderantemente feito em reais, utilizando linhas de crédito de longo prazo via BNDES", disse a empresa em comunicado oficial. Sobre a possibilidade de aumentos de preços ao varejo, a Schincariol informou que ainda está fazendo uma "análise sobre os impactos da alta do dólar" em suas atividades. Mas, segundo a companhia, "apesar da alta da moeda, os preços dos insumos estão com tendência de baixa."
Entretanto, uma surpresa fiscal pode impactar as cervejarias também. Segundo a SLW Corretora, a mudança na forma de cobrança do PIS e da Cofins para empresas de bebidas é uma incógnita. "Não se sabe se a coisa vai ser boa ou ruim. E a definição sobre isso deve acontecer só no fim do ano ou no início de 2009", diz um analista. (Lílian Cunha - Valor Econômico)
Dentre todos os reflexos da crise financeira internacional, o que mais afeta as cervejarias é a alta do dólar, mais até que a restrição do crédito. Muitos insumos utilizados na fabricação da bebida são importados e, portanto, cotados na moeda americana.
Mas o mais importante deles, a cevada, matéria-prima do malte, pode continuar com custos estáveis. Segundo o especialista em cevada e matérias-primas para cerveja, Euclydes Minalla, da Embrapa Passo Fundo (RS), a safra de cevada na Europa é a maior dos últimos tempos, o que faz o valor da tonelada cair. "No fim das contas, a alta do dólar empata com a baixa da cevada e o preço continua igual." Mas ele lembra que as empresas têm outros custos em dólar que estão subindo, como o de rótulos.
"Tudo isso gera uma pressão de custos, mas o maior problema das empresas, principalmente para as que se reportam à sede no exterior, é manter a rentabilidade", diz Adalberto Viviani, da consultoria Concept, especializada no mercado de bebidas. As matrizes, segundo ele, querem que as divisões brasileiras entreguem o resultado prometido no início do ano. No entanto, a desvalorização da moeda corrói os valores. "A saída, então, é aumentar preços ou o volume de vendas." Fabio Anderaos de Araújo, analista da Itaú Corretora, concorda. "As cervejarias estão perdendo margem de lucro", afirma. "Além disso, não se sabe como serão as vendas no verão, com a lei seca. Apesar da fiscalização parecer estar arrefecendo, ainda pode ser um risco para as vendas."
No caso da AmBev, que se reporta à InBev na Bélgica, diante dessa situação, a saída é mesmo o aumento de preços, uma vez que a empresa detém mais de 60% do mercado nacional, fatia difícil de aumentar em um mercado estável como o de cervejas atualmente. "Estamos programando um aumento para o verão, entre novembro e fevereiro", diz Michael Findlay, diretor de relações com os investidores da AmBev. Ele nega que isso seja efeito da alta do dólar na empresa. "O impacto da desvalorização do real para nós, no curto prazo, é insignificante", diz ele, comentando a observação feita pela analista de mercado da corretora Morningstar, Ann Gilpin. Segundo ela, AmBev tem dívidas em dólar que somam US$ 2,3 bilhões. "Temos essa dívida mas ela está protegida por operações de hedge a um valor que acertamos no início do ano. Já sei quanto pagar. Não há riscos", diz Findlay. Ele, porém, acrescenta que o aumento previsto para o verão deve ter percentual equivalente à inflação do período na data.
Outra que, segundo os analistas, deve apelar para aumentos é Femsa, que se reporta à sua sede no México. "Ou ela sobe preços ou aumenta sua escala", diz Viviane. A empresa, entretanto, não comentou o assunto.
Em situação melhor estão as cervejarias nacionais, como a Schincariol e a Petrópolis, uma vez que a maioria de sua operação é feita em real. "Todo nosso endividamento é preponderantemente feito em reais, utilizando linhas de crédito de longo prazo via BNDES", disse a empresa em comunicado oficial. Sobre a possibilidade de aumentos de preços ao varejo, a Schincariol informou que ainda está fazendo uma "análise sobre os impactos da alta do dólar" em suas atividades. Mas, segundo a companhia, "apesar da alta da moeda, os preços dos insumos estão com tendência de baixa."
Entretanto, uma surpresa fiscal pode impactar as cervejarias também. Segundo a SLW Corretora, a mudança na forma de cobrança do PIS e da Cofins para empresas de bebidas é uma incógnita. "Não se sabe se a coisa vai ser boa ou ruim. E a definição sobre isso deve acontecer só no fim do ano ou no início de 2009", diz um analista. (Lílian Cunha - Valor Econômico)
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Carona contra o abuso de álcool
Os participantes do Movimento Piloto da Vez, campanha da Johnnie Walker que estimula o não consumo de bebidas alcoólicas pelos motoristas, terão a oportunidade de pegar carona com o bicampeão mundial de Fórmula 1, Mikka Häkkinen, na terça-feira 7. O ex-piloto vai dirigir um autêntico veículo de corrida, adaptado para levar um passageiro, no Sambódromo do Rio de Janeiro.
Os caronas serão os vencedores de concursos realizados na internet, além de donos de estabelecimentos parceiros da marca de uísque no programa. A iniciativa começou como um incentivo a grupos de freqüentadores de bares e casas noturnas para que um deles, eleito o piloto da vez, abrisse mão de ingerir álcool. (André Siqueira - Carta Capital)
Os caronas serão os vencedores de concursos realizados na internet, além de donos de estabelecimentos parceiros da marca de uísque no programa. A iniciativa começou como um incentivo a grupos de freqüentadores de bares e casas noturnas para que um deles, eleito o piloto da vez, abrisse mão de ingerir álcool. (André Siqueira - Carta Capital)
terça-feira, 30 de setembro de 2008
A verdadeira número 1
A Chinesa Snow bate as marcas globais e, com a produção de mais de 5,1 bilhões de litros por ano, torna-se a marca de cerveja mais consumida no mundo
NEM BUDWEISER NEM BRAHMA NEM qualquer notória marca alemã, belga, holandesa. Atende pelo nome de Snow e é turbinada pelos números astronômicos do consumo chinês a nova líder mundial do ranking de produção de cervejas preparado pela consultoria britânica Canadean Ltd.. A lista, recémdivulgada, se baseia nas produções de 2007 e aí a loira chinesa aparece com dados embriagantes: nada menos que 5,1 bilhões de litros saíram das fábricas da marca - para se ter uma idéia, todas as cervejas brasileiras juntas somaram nove bilhões de litros. Embora vendida apenas na China, a Snow desbancou a Bud Light, da Anheuser-Bush InBev, comercializada em todo o mundo, que ficou com o segundo lugar.
A marca Snow pertence à China Resources Enterprise, detentora de uma joint venture com a britânica SAB Miller, uma das gigantes mundiais do setor. Apesar de ser a número 1 em produção, a cerveja comanda apenas 5% do mercado local, fatia que seria pouco expressiva em qualquer outro lugar do mundo. Menos na superpopulosa China, é claro. Lá, a competição também é de alta densidade, com 500 cervejas diferentes. "O mercado chinês é tão fragmentado, como qualquer outro em desenvolvimento, pronto para receber investimentos de estrangeiros", afirma Renato Prado, analista de investimentos da Fator Corretora.
O potencial do mercado de cervejas na China pode ser percebido nas estatísticas. O consumo per capita da bebida por lá é de 25 litros por pessoa ao ano, em um total de população de cerca de 1,4 bilhão de chineses. Comparativamente, cada brasileiro bebe em torno de 50 litros, mas temos aqui 180 milhões de pessoas. "Pela quantidade, o volume de produção equivale a eles beberem oito vezes mais do que nós", diz Prado. Isso explica porque as líderes mundiais do segmento estão de olho nos consumidores chineses. O país apresenta boa oportunidade de crescimento no longo prazo e abriga o maior mercado do planeta, com produção de mais de 30 bilhões de litros ao ano e crescimento médio de 6.2% para os próximos anos. Os dados chamam a atenção das corporações, que estão se preparando para entrar aos poucos no mercado local, mas que encontram um entrave cultural: os estrangeiros não conseguem entender o peculiar gosto dos chineses em matéria de cervejas. "Ninguém quer entrar com uma marca nova e perder dinheiro", diz Caio Pires, analista do setor de cervejaria da consultoria Lafis. O especialista acredita que as multinacionais entrarão no país com a aquisição de marcas conhecidas localmente, como fez a SAB Miller com a compra de participação na Snow. "É mais fácil e econômico para as corporações, além de ser mais seguro, já que não é preciso fidelizar uma nova marca", conclui.
Fonte: Pesquisa da consultoria LAFIS
A mesma estratégia foi discutida na fusão da americana Anheuser-Busch com a belgo-brasileira InBev, em julho. As duas empresas juntas devem controlar cerca de 21% da venda de bebidas - uma porcentagem grande, quando situada no complexo segmento de cerveja chinês. Nos últimos anos, a estratégia da Anheuser por lá estava cada vez mais agressiva com a atuação da marca Budweiser no nordeste do país. Já a InBev vem aumentando ainda mais as vendas desde a aquisição da Fujian Sedrin Brewery, que complementa a atuação da companhia no sudeste. É a chance de as grandes cervejarias reconquistar o posto número 1.
(TATIANA VAZ - Isto É Dinheiro - 01.10.08)
NEM BUDWEISER NEM BRAHMA NEM qualquer notória marca alemã, belga, holandesa. Atende pelo nome de Snow e é turbinada pelos números astronômicos do consumo chinês a nova líder mundial do ranking de produção de cervejas preparado pela consultoria britânica Canadean Ltd.. A lista, recémdivulgada, se baseia nas produções de 2007 e aí a loira chinesa aparece com dados embriagantes: nada menos que 5,1 bilhões de litros saíram das fábricas da marca - para se ter uma idéia, todas as cervejas brasileiras juntas somaram nove bilhões de litros. Embora vendida apenas na China, a Snow desbancou a Bud Light, da Anheuser-Bush InBev, comercializada em todo o mundo, que ficou com o segundo lugar.
A marca Snow pertence à China Resources Enterprise, detentora de uma joint venture com a britânica SAB Miller, uma das gigantes mundiais do setor. Apesar de ser a número 1 em produção, a cerveja comanda apenas 5% do mercado local, fatia que seria pouco expressiva em qualquer outro lugar do mundo. Menos na superpopulosa China, é claro. Lá, a competição também é de alta densidade, com 500 cervejas diferentes. "O mercado chinês é tão fragmentado, como qualquer outro em desenvolvimento, pronto para receber investimentos de estrangeiros", afirma Renato Prado, analista de investimentos da Fator Corretora.
O potencial do mercado de cervejas na China pode ser percebido nas estatísticas. O consumo per capita da bebida por lá é de 25 litros por pessoa ao ano, em um total de população de cerca de 1,4 bilhão de chineses. Comparativamente, cada brasileiro bebe em torno de 50 litros, mas temos aqui 180 milhões de pessoas. "Pela quantidade, o volume de produção equivale a eles beberem oito vezes mais do que nós", diz Prado. Isso explica porque as líderes mundiais do segmento estão de olho nos consumidores chineses. O país apresenta boa oportunidade de crescimento no longo prazo e abriga o maior mercado do planeta, com produção de mais de 30 bilhões de litros ao ano e crescimento médio de 6.2% para os próximos anos. Os dados chamam a atenção das corporações, que estão se preparando para entrar aos poucos no mercado local, mas que encontram um entrave cultural: os estrangeiros não conseguem entender o peculiar gosto dos chineses em matéria de cervejas. "Ninguém quer entrar com uma marca nova e perder dinheiro", diz Caio Pires, analista do setor de cervejaria da consultoria Lafis. O especialista acredita que as multinacionais entrarão no país com a aquisição de marcas conhecidas localmente, como fez a SAB Miller com a compra de participação na Snow. "É mais fácil e econômico para as corporações, além de ser mais seguro, já que não é preciso fidelizar uma nova marca", conclui.
Fonte: Pesquisa da consultoria LAFIS
A mesma estratégia foi discutida na fusão da americana Anheuser-Busch com a belgo-brasileira InBev, em julho. As duas empresas juntas devem controlar cerca de 21% da venda de bebidas - uma porcentagem grande, quando situada no complexo segmento de cerveja chinês. Nos últimos anos, a estratégia da Anheuser por lá estava cada vez mais agressiva com a atuação da marca Budweiser no nordeste do país. Já a InBev vem aumentando ainda mais as vendas desde a aquisição da Fujian Sedrin Brewery, que complementa a atuação da companhia no sudeste. É a chance de as grandes cervejarias reconquistar o posto número 1.
(TATIANA VAZ - Isto É Dinheiro - 01.10.08)
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Homem se tornou agricultor para beber cerveja, diz biólogo
Pesquisa foi apresentada em novo livro sobre origens da agricultura. Aporte alimentar da lavoura, no início, teria sido pequeno demais.
O homem se tornou sedentário e agricultor há cerca de dez mil anos, iniciando a Revolução Neolítica, para beber cerveja e se embriagar, e não com a finalidade de melhorar ou garantir sua alimentação. A afirmação foi feita pelo biólogo e historiador natural alemão Josef H. Reichholf em seu novo livro "Warum die Menschen sesshaft wurden" ("Por que os homens se tornaram sedentários", em tradução livre).
A obra começou a ser vendida hoje nas livrarias da Alemanha e explica as causas da revolução que deu lugar à formação de povos e religiões. O acadêmico da Universidade Técnica de Munique considera errada a teoria de que a humanidade começou a cultivar plantas, abandonou a vida nômade e se estabeleceu de maneira permanente em um lugar determinado para se alimentar melhor.
"Essa visão habitual confunde causas e conseqüências. Para que os caçadores e agricultores abandonassem sua forma de vida e alimentação tradicional teve de acontecer alguma vantagem inicial", explica, e ressalta que no início "o cultivo de plantas não trouxe consigo nenhuma vantagem sobressalente para a sobrevivência".
Modelo de fabricação de cerveja no antigo Egito
Trabalho demais
Reichholf acrescenta que as colheitas iniciais eram muito pequenas e o cultivo da terra era muito trabalhoso, o que não garantia a sobrevivência de um povo apenas da agricultura. Ele afirma que o homem neolítico continuou caçando e colhendo para subsistir. Nesse sentido, classifica igualmente de errada a teoria de que nas primeiras regiões de assentamento sedentário da humanidade, que vão do Egito à Mesopotâmia, havia pouca caça e muita vegetação.
"Era totalmente diferente", assegura o especialista, que considera que essas regiões eram ricas em caça, por isso não havia necessidade de abandonar essa forma de subsistência, e julga absurda a teoria de que uma região possa ser rica em frutos e pobre em animais selvagens ao mesmo tempo.
"Ao contrário, eu afirmo que a agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação", disse Reichholf à imprensa na apresentação do livro. O alemão assegura que a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo", conclui. (EFE)
O homem se tornou sedentário e agricultor há cerca de dez mil anos, iniciando a Revolução Neolítica, para beber cerveja e se embriagar, e não com a finalidade de melhorar ou garantir sua alimentação. A afirmação foi feita pelo biólogo e historiador natural alemão Josef H. Reichholf em seu novo livro "Warum die Menschen sesshaft wurden" ("Por que os homens se tornaram sedentários", em tradução livre).
A obra começou a ser vendida hoje nas livrarias da Alemanha e explica as causas da revolução que deu lugar à formação de povos e religiões. O acadêmico da Universidade Técnica de Munique considera errada a teoria de que a humanidade começou a cultivar plantas, abandonou a vida nômade e se estabeleceu de maneira permanente em um lugar determinado para se alimentar melhor.
"Essa visão habitual confunde causas e conseqüências. Para que os caçadores e agricultores abandonassem sua forma de vida e alimentação tradicional teve de acontecer alguma vantagem inicial", explica, e ressalta que no início "o cultivo de plantas não trouxe consigo nenhuma vantagem sobressalente para a sobrevivência".
Modelo de fabricação de cerveja no antigo Egito
Trabalho demais
Reichholf acrescenta que as colheitas iniciais eram muito pequenas e o cultivo da terra era muito trabalhoso, o que não garantia a sobrevivência de um povo apenas da agricultura. Ele afirma que o homem neolítico continuou caçando e colhendo para subsistir. Nesse sentido, classifica igualmente de errada a teoria de que nas primeiras regiões de assentamento sedentário da humanidade, que vão do Egito à Mesopotâmia, havia pouca caça e muita vegetação.
"Era totalmente diferente", assegura o especialista, que considera que essas regiões eram ricas em caça, por isso não havia necessidade de abandonar essa forma de subsistência, e julga absurda a teoria de que uma região possa ser rica em frutos e pobre em animais selvagens ao mesmo tempo.
"Ao contrário, eu afirmo que a agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação", disse Reichholf à imprensa na apresentação do livro. O alemão assegura que a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo", conclui. (EFE)
segunda-feira, 8 de setembro de 2008
sexta-feira, 5 de setembro de 2008
quarta-feira, 3 de setembro de 2008
Promoção no Bar
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
quinta-feira, 28 de agosto de 2008
Deputado propõe abrandamento da lei seca
O deputado federal Pompeo de Mattos (PDT-RS) quer alterar os limites estabelecidos na chamada lei seca, que pune motoristas que são flagrados dirigindo sob efeito de álcool.
O projeto de lei 3716/2008, de autoria do parlamentar, prevê que só seja enquadrado o motorista que apresentar índice de álcool no sangue acima de 6 dg/l (decigramas por litro de sangue), equivalente a uma garrafa de cerveja de 100 ml.
O decreto que criou a lei, em vigor desde 19 de junho deste ano, pune quem apresentar índice de 2 dg/l (um copo de cerveja). A multa é de R$ 955, mais a suspensão da carteira de motorista pelo período de um ano.
A partir de 6 dg/l, a punição inclui a detenção do condutor, com pena que pode variar de seis meses a três anos.
A modificação proposta pelo deputado prevê multa para quem tiver índice de álcool no sangue entre 7 e 12 dg/l. De 13 a 15 dg/l, além da multa, o condutor perderia a carteira de habilitação e teria o veículo apreendido. Já índice igual ou superior a 16 dg/l acarretaria prisão e outras punições. (Folha Online)
O projeto de lei 3716/2008, de autoria do parlamentar, prevê que só seja enquadrado o motorista que apresentar índice de álcool no sangue acima de 6 dg/l (decigramas por litro de sangue), equivalente a uma garrafa de cerveja de 100 ml.
O decreto que criou a lei, em vigor desde 19 de junho deste ano, pune quem apresentar índice de 2 dg/l (um copo de cerveja). A multa é de R$ 955, mais a suspensão da carteira de motorista pelo período de um ano.
A partir de 6 dg/l, a punição inclui a detenção do condutor, com pena que pode variar de seis meses a três anos.
A modificação proposta pelo deputado prevê multa para quem tiver índice de álcool no sangue entre 7 e 12 dg/l. De 13 a 15 dg/l, além da multa, o condutor perderia a carteira de habilitação e teria o veículo apreendido. Já índice igual ou superior a 16 dg/l acarretaria prisão e outras punições. (Folha Online)
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Bar do Magrão lança nova porção
Outro prato promete ser um dos mais pedidos no Magrão. Experimente a nova porção de carne seca com fritas e depois me diga o que você achou!
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Pub aceita legumes em pagamento de cervejas
Um pub da pequena vila de Edgefield, leste da Inglaterra, tenta enfrentar a crise econômica aceitando legumes, pescado ou carne como pagamento pelas cervejas. “Se és agricultor, pecuarista ou tenhas algo que possamos colocar em nosso menu, traga-lo que fazemos um acordo”, diz o letreiro à entrada do pub. “Faz dois anos que temos essa promoção, mas ela só funciona desde que começou a atual crise financeira”, afirmou a encarregada do local, Cloe Wasey. (Gazeta Mercantil)
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Caramelos de Jack Daniel's
Uma versão super legal do clássico, único e mundialmente famoso "Tennessee Whiskey", Jack Daniel's. Balas de caramelo feitas à mão e misturadas a generosas porções da bebida. Cremosas e macias, possuem um gosto único e são perfeitas para presentear os amantes do velho Jack. Vendidas em latas de 225g, que já são por si só um bela recordação, custam 6 libras. "Mastigantemente legaus"!
(Do blog http://www.bemlegaus.com/)
(Do blog http://www.bemlegaus.com/)
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
Venda de cerveja sem álcool sobe 70%
Mesmo sem nunca ter gastado um real para divulgar sua Bavaria Sem Álcool, a Femsa Brasil registrou no mês passado um aumento de vendas de 69,5% da versão não-alcóolica da bebida. "Não foi preciso nenhum tipo de ação ou promoção para que isso acontecesse", disse Riccardo Morici, diretor de marketing da multinacional mexicana no Brasil.
Até mesmo cervejarias como a Petrópolis, resolveram ampliar o mix das não-alcóolicas. Isso por que está colocando no mercado a Itaipava Sem Álcool, com graduação alcoólica menor que 0,5%. O segmento das cervejas sem álcool representava, antes da implementação da nova legislação sobre o uso de bebidas por motoristas, no final de junho, somente 0,75% do volume total do mercado cervejeiro no Brasil. Ainda é cedo para dizer se o consumo da nova versão irá realmente vingar. Mas já há a expectativa no mercado de que esse percentual possa a chegar a 2% até o final do ano. (Lílian Cunha/Valor Econômico)
Até mesmo cervejarias como a Petrópolis, resolveram ampliar o mix das não-alcóolicas. Isso por que está colocando no mercado a Itaipava Sem Álcool, com graduação alcoólica menor que 0,5%. O segmento das cervejas sem álcool representava, antes da implementação da nova legislação sobre o uso de bebidas por motoristas, no final de junho, somente 0,75% do volume total do mercado cervejeiro no Brasil. Ainda é cedo para dizer se o consumo da nova versão irá realmente vingar. Mas já há a expectativa no mercado de que esse percentual possa a chegar a 2% até o final do ano. (Lílian Cunha/Valor Econômico)
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
quarta-feira, 30 de julho de 2008
Mamífero sobrevive usando 'cerveja' como principal alimento, diz pesquisa
Musaranho-arborícola, nativo da Malásia, bebe néctar de flor com teor alcoólico de 4%.Bebida fermentada deve ser estratégia de palmeira para garantir sua polinização.
Diante dos rigores da chamada lei seca no Brasil, muita gente provavelmente gostaria de estar na pele do musaranho-arborícola Ptilocercus lowii, um mamífero da Malásia de apenas 50 g cuja dieta consiste principalmente em "cerveja" -- para ser mais exato, um líquido fermentado de teor alcoólico que pode chegar a 4%, mais ou menos o que se vê na bebida humana. Pior: em uma a cada três noites, o bichinho bebe tanto que, pelos padrões humanos, deveria estar caindo de bêbado. O caso é único na natureza -- não há outros registros de consumo regular de álcool em animais que não o homem.
O estranho caso do musaranho-arborícola etílico está relato na edição desta semana da revista científica americana "PNAS", uma das mais importantes do mundo. A equipe liderada pelo alemão Frank Wiens, da Universidade de Bayreuth, monitorou o bichinho, bem como outros mamíferos que visitam a palmeira Eugeissona tristis. A planta é responsável por produzir a "cerveja" em questão, um néctar abundante e disponível durante o ano inteiro.Como ninguém paga bebida para os outros só por gentileza, a explicação mais provável é uma só: suborno. Segundo Wiens e companhia, o néctar fermentado (que a planta produz em colaboração com leveduras muito parecidas com as usadas na fabricação de cerveja ou vinho) serve para atrair animais que, mais tarde, transportarão o pólen da palmeira para outra flor. Assim, a polinização ocorre e são produzidas as sementes da planta. De fato, ao excluir experimentalmente os musaranhos-arborícolas e outros bichinhos (como esquilos) das vizinhanças da palmeira, os pesquisadores verificaram uma redução de 50% na produção de sementes.
Numa única noite (os musaranhos-arborícolas são bichos noturnos), o consumo da "cerveja" de palmeira chega a acontecer durante 138 minutos, com um consumo total do equivalente a nove taças pequenas de vinho entre humanos ao longo de 12 h. No entanto, não há o menor sinal de que os bichinhos fiquem bêbados ou com cirrose, provavelmente porque seu organismo evoluiu para se adaptar às altas doses de álcool. Mais estudos da fisiologia dos musaranhos arborícolas devem trazer informações valiosas sobre como a tolerância à bebida funciona no organismo dos mamíferos. (Por Reinaldo José Lopes, do G1, em São Paulo)
Diante dos rigores da chamada lei seca no Brasil, muita gente provavelmente gostaria de estar na pele do musaranho-arborícola Ptilocercus lowii, um mamífero da Malásia de apenas 50 g cuja dieta consiste principalmente em "cerveja" -- para ser mais exato, um líquido fermentado de teor alcoólico que pode chegar a 4%, mais ou menos o que se vê na bebida humana. Pior: em uma a cada três noites, o bichinho bebe tanto que, pelos padrões humanos, deveria estar caindo de bêbado. O caso é único na natureza -- não há outros registros de consumo regular de álcool em animais que não o homem.
O estranho caso do musaranho-arborícola etílico está relato na edição desta semana da revista científica americana "PNAS", uma das mais importantes do mundo. A equipe liderada pelo alemão Frank Wiens, da Universidade de Bayreuth, monitorou o bichinho, bem como outros mamíferos que visitam a palmeira Eugeissona tristis. A planta é responsável por produzir a "cerveja" em questão, um néctar abundante e disponível durante o ano inteiro.Como ninguém paga bebida para os outros só por gentileza, a explicação mais provável é uma só: suborno. Segundo Wiens e companhia, o néctar fermentado (que a planta produz em colaboração com leveduras muito parecidas com as usadas na fabricação de cerveja ou vinho) serve para atrair animais que, mais tarde, transportarão o pólen da palmeira para outra flor. Assim, a polinização ocorre e são produzidas as sementes da planta. De fato, ao excluir experimentalmente os musaranhos-arborícolas e outros bichinhos (como esquilos) das vizinhanças da palmeira, os pesquisadores verificaram uma redução de 50% na produção de sementes.
Numa única noite (os musaranhos-arborícolas são bichos noturnos), o consumo da "cerveja" de palmeira chega a acontecer durante 138 minutos, com um consumo total do equivalente a nove taças pequenas de vinho entre humanos ao longo de 12 h. No entanto, não há o menor sinal de que os bichinhos fiquem bêbados ou com cirrose, provavelmente porque seu organismo evoluiu para se adaptar às altas doses de álcool. Mais estudos da fisiologia dos musaranhos arborícolas devem trazer informações valiosas sobre como a tolerância à bebida funciona no organismo dos mamíferos. (Por Reinaldo José Lopes, do G1, em São Paulo)
segunda-feira, 28 de julho de 2008
sexta-feira, 25 de julho de 2008
quinta-feira, 24 de julho de 2008
quarta-feira, 23 de julho de 2008
segunda-feira, 21 de julho de 2008
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Politicamente incorreto
Por SERGIO COSTA
RIO DE JANEIRO - Bebida e direção não combinam, correto? Quem há de discordar? Estatísticas em que cada vez mais vidas, principalmente jovens, são abreviadas não cessam de nos chocar. Mas por que, então, dá um certo mal-estar não poder mais tomar duas taças de vinho no jantar e dirigir de volta para casa? É óbvio que, a partir de agora, esse tipo de motorista será alvo de achaques, sob ameaça de multa e prisão com seus polêmicos mais de 2 decigramas de álcool no sangue.
Um efeito colateral previsível da nova lei. Tremenda ressaca.
Ainda no trânsito: quantas vidas seriam salvas se as vítimas de acidentes usassem cintos de segurança? Redundante desfiar números. Mas não é esquisito ficar amarrado de forma compulsória ao banco do carro num congestionamento por horas a fio? Se a fila andar, a gente aperta o cinto. Precisa mesmo multar quem está parado, seu guarda?
Fumar é uma droga, certo? Certíssimo. Faz mal, incomoda quem não tem o vício, mata. Mas, então, por que soa estranha essa proibição indiscriminada do cigarro em fumódromos de bares e empresas?
Para um não-fumante, piloto habitual de carrinho de bebê, depois da lei ficou impossível andar na rua sem ter que driblar muitas baforadas e brasas perdidas. Tabagistas invadiram as calçadas brandindo seus cilindros incandescentes. Estavam melhores confinados.
São questões irresponsáveis e politicamente incorretas. Mas que têm lá suas ponderações. Se sobram interrogações, também falta bom senso por todo lado. Embica-se na perigosa tentação de achar que tudo só se resolve com políticas de tolerância zero - sempre de viés autoritário, avalizadas pela mão pesada do Estado e com aceitação testada em pontos de consenso. Ao menos ainda nos deixam apreciar a morena do lado sem risco de prisão.(Folha de S.Paulo - 25/06/08)
RIO DE JANEIRO - Bebida e direção não combinam, correto? Quem há de discordar? Estatísticas em que cada vez mais vidas, principalmente jovens, são abreviadas não cessam de nos chocar. Mas por que, então, dá um certo mal-estar não poder mais tomar duas taças de vinho no jantar e dirigir de volta para casa? É óbvio que, a partir de agora, esse tipo de motorista será alvo de achaques, sob ameaça de multa e prisão com seus polêmicos mais de 2 decigramas de álcool no sangue.
Um efeito colateral previsível da nova lei. Tremenda ressaca.
Ainda no trânsito: quantas vidas seriam salvas se as vítimas de acidentes usassem cintos de segurança? Redundante desfiar números. Mas não é esquisito ficar amarrado de forma compulsória ao banco do carro num congestionamento por horas a fio? Se a fila andar, a gente aperta o cinto. Precisa mesmo multar quem está parado, seu guarda?
Fumar é uma droga, certo? Certíssimo. Faz mal, incomoda quem não tem o vício, mata. Mas, então, por que soa estranha essa proibição indiscriminada do cigarro em fumódromos de bares e empresas?
Para um não-fumante, piloto habitual de carrinho de bebê, depois da lei ficou impossível andar na rua sem ter que driblar muitas baforadas e brasas perdidas. Tabagistas invadiram as calçadas brandindo seus cilindros incandescentes. Estavam melhores confinados.
São questões irresponsáveis e politicamente incorretas. Mas que têm lá suas ponderações. Se sobram interrogações, também falta bom senso por todo lado. Embica-se na perigosa tentação de achar que tudo só se resolve com políticas de tolerância zero - sempre de viés autoritário, avalizadas pela mão pesada do Estado e com aceitação testada em pontos de consenso. Ao menos ainda nos deixam apreciar a morena do lado sem risco de prisão.(Folha de S.Paulo - 25/06/08)
quinta-feira, 17 de julho de 2008
A lei espantalho
Por JOSÉ ARTHUR GIANNOTTI
DEPOIS DA vigência da lei seca, caiu mais da metade o número de acidentes com veículos motorizados. Os defensores da abstinência comemoram e enaltecem o rigor da lei. Mas um minuto de reflexão bastaria para duvidar dessa relação causal entre a lei e a redução dos acidentes. O bom êxito não resulta sobretudo da repressão policial que pela primeira vez se organiza como tal?
Cabe lembrar que a cidade de São Paulo possuía por volta de 30 bafômetros, quantidade absolutamente ridícula. Em vez de o Estado ser aparelhado, e a população, educada, simplesmente se promulga uma lei que pode funcionar como espantalho e forçar uma mudança cultural mediante malabarismos do legislador.
Mais do que a impossibilidade de tomar dois copos de vinho no jantar e voltar dirigindo para casa, incomoda-me essa pretensão autoritária de mudanças culturais serem obtidas a golpes da legislação. Numa democracia, o legislador pode conformar modos de conduta existentes, mas não lhe cabe inventar uma cultura, em particular uma cultura da abstinência e da repressão desnecessária.
O que se deve punir é o motorista embriagado. Ora, diante da dificuldade de estabelecer o limite entre o motorista normal e o embriagado, já que as pessoas reagem diferentemente à mesma quantidade de álcool ingerido, o legislador simplesmente se ausenta, define um limiar que, na prática, impede a bebida e arma o espetáculo da repressão.
Assim, abre-se o caminho para policiais agirem de modo prepotente e abstêmios puritanos darem margem a seus ressentimentos. A vitória é o fim da festa. Isso se os jovens, a população alvo da lei, não aumentarem o consumo de outras drogas mais nocivas à saúde do que o álcool. Em vez de impor a abstinência, cabe definir o limiar da tolerância. Se outros países adotam com sucesso limiares mais altos, por que o nosso deve levantar a bandeira da pura repressão?
Uma lei seca espetacular cai como uma luva nesse processo de transformação da lei em espetáculo que está ocorrendo no país. Em vez de combater a impunidade apertando a legislação e aparelhando o Estado, a fim de que ele possa reprimir respeitando os direitos humanos, vem sendo armada, em praça pública, a guilhotina da respeitabilidade, a humilhação do investigado.
Essa brincadeira de mau gosto de prender e soltar "celebridades" do mundo financeiro e político desmoraliza tanto o prendedor como o relaxador. Se devemos aplaudir o bom trabalho da Polícia Federal quando investiga crimes de colarinho-branco, não é por isso que devemos tolerar que suas ações se façam à luz dos holofotes. Se devemos esperar dos magistrados que cumpram a lei, não é por isso que vamos nos deliciar com as piruetas dos juízes de primeira ou de última instância.
O que está sendo posto em xeque é respeitabilidade institucional da lei. Interessa ao governo fazer de conta que nunca neste Brasil os corruptos foram tão perseguidos. Interessa à oposição, incapaz de elaborar uma agenda oposicionista, que se tenha a ilusão de que tudo, no final das contas, está conforme à lei. Ambos os lados estão contentes porque nenhum de seus corruptos será pego, a despeito de serem expostos no pelourinho da opinião pública. E que não se meça a impunidade pelo número de processos que resultam em condenação nas instâncias superiores da Justiça, pois ela se abriga antes e depois desse tipo de condenação.
Disso tudo resulta o afrouxamento do poder normativo da lei positiva. Primeiro, cada um a considera valendo mais para os outros que para si próprio. Segundo, seus limites estão sempre em mudança, como as margens arenosas dos rios. Por fim, mais que a lei, importa a celebração da "celebridade", tornar visível a qualquer custo um personagem posando de banqueiro acuado, de policial eficaz, de político injustiçado e até mesmo de legislador incompreendido.
Em vez de a norma regular, amoldar a conduta para que ela se torne coletivamente justa, cada vez mais ela tende a funcionar como espantalho fingindo que afugenta as aves da transgressão.
JOSÉ ARTHUR GIANNOTTI , filósofo, é professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP e coordenador da área de filosofia do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). É autor, entre outras obras, de "Certa Herança Marxista". (Folha de S.Paulo - 16/07/08)
DEPOIS DA vigência da lei seca, caiu mais da metade o número de acidentes com veículos motorizados. Os defensores da abstinência comemoram e enaltecem o rigor da lei. Mas um minuto de reflexão bastaria para duvidar dessa relação causal entre a lei e a redução dos acidentes. O bom êxito não resulta sobretudo da repressão policial que pela primeira vez se organiza como tal?
Cabe lembrar que a cidade de São Paulo possuía por volta de 30 bafômetros, quantidade absolutamente ridícula. Em vez de o Estado ser aparelhado, e a população, educada, simplesmente se promulga uma lei que pode funcionar como espantalho e forçar uma mudança cultural mediante malabarismos do legislador.
Mais do que a impossibilidade de tomar dois copos de vinho no jantar e voltar dirigindo para casa, incomoda-me essa pretensão autoritária de mudanças culturais serem obtidas a golpes da legislação. Numa democracia, o legislador pode conformar modos de conduta existentes, mas não lhe cabe inventar uma cultura, em particular uma cultura da abstinência e da repressão desnecessária.
O que se deve punir é o motorista embriagado. Ora, diante da dificuldade de estabelecer o limite entre o motorista normal e o embriagado, já que as pessoas reagem diferentemente à mesma quantidade de álcool ingerido, o legislador simplesmente se ausenta, define um limiar que, na prática, impede a bebida e arma o espetáculo da repressão.
Assim, abre-se o caminho para policiais agirem de modo prepotente e abstêmios puritanos darem margem a seus ressentimentos. A vitória é o fim da festa. Isso se os jovens, a população alvo da lei, não aumentarem o consumo de outras drogas mais nocivas à saúde do que o álcool. Em vez de impor a abstinência, cabe definir o limiar da tolerância. Se outros países adotam com sucesso limiares mais altos, por que o nosso deve levantar a bandeira da pura repressão?
Uma lei seca espetacular cai como uma luva nesse processo de transformação da lei em espetáculo que está ocorrendo no país. Em vez de combater a impunidade apertando a legislação e aparelhando o Estado, a fim de que ele possa reprimir respeitando os direitos humanos, vem sendo armada, em praça pública, a guilhotina da respeitabilidade, a humilhação do investigado.
Uma lei seca espetacular cai como uma luva nesse processo de transformação da lei em espetáculo que está ocorrendo no país
Essa brincadeira de mau gosto de prender e soltar "celebridades" do mundo financeiro e político desmoraliza tanto o prendedor como o relaxador. Se devemos aplaudir o bom trabalho da Polícia Federal quando investiga crimes de colarinho-branco, não é por isso que devemos tolerar que suas ações se façam à luz dos holofotes. Se devemos esperar dos magistrados que cumpram a lei, não é por isso que vamos nos deliciar com as piruetas dos juízes de primeira ou de última instância.
O que está sendo posto em xeque é respeitabilidade institucional da lei. Interessa ao governo fazer de conta que nunca neste Brasil os corruptos foram tão perseguidos. Interessa à oposição, incapaz de elaborar uma agenda oposicionista, que se tenha a ilusão de que tudo, no final das contas, está conforme à lei. Ambos os lados estão contentes porque nenhum de seus corruptos será pego, a despeito de serem expostos no pelourinho da opinião pública. E que não se meça a impunidade pelo número de processos que resultam em condenação nas instâncias superiores da Justiça, pois ela se abriga antes e depois desse tipo de condenação.
Disso tudo resulta o afrouxamento do poder normativo da lei positiva. Primeiro, cada um a considera valendo mais para os outros que para si próprio. Segundo, seus limites estão sempre em mudança, como as margens arenosas dos rios. Por fim, mais que a lei, importa a celebração da "celebridade", tornar visível a qualquer custo um personagem posando de banqueiro acuado, de policial eficaz, de político injustiçado e até mesmo de legislador incompreendido.
Em vez de a norma regular, amoldar a conduta para que ela se torne coletivamente justa, cada vez mais ela tende a funcionar como espantalho fingindo que afugenta as aves da transgressão.
JOSÉ ARTHUR GIANNOTTI , filósofo, é professor emérito da Faculdade de Filosofia da USP e coordenador da área de filosofia do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento). É autor, entre outras obras, de "Certa Herança Marxista". (Folha de S.Paulo - 16/07/08)
quarta-feira, 16 de julho de 2008
Anúncio de cerveja deve ter mudanças
O presidente do Conar (Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária), Gilberto Leifert, disse que o conselho já está deliberando sobre novas regras para a propaganda de "produtos sensíveis", como bebidas alcoólicas. De acordo com elas, os comerciais de cerveja, por exemplo, terão de ser focados nas características da bebida, e não mais incentivar o consumo. Também serão impedidas as insinuações de que beber está associado ao sucesso profissional e a exploração da imagem sensual das mulheres.
Para Pastore, essas alterações provam que o Conar continua atuando de acordo com os interesses da sociedade sempre que excessos são cometidos. "O consumidor não é tonto, e cabe a ele, num país democrático, exigir mudanças sempre que se sentir ofendido ou prejudicado por uma propaganda."
Ainda segundo ele, se o Ministério da Saúde quer mudanças, cabe repassá-las ao Conar e não legislar ele próprio. (Folha de S.Paulo)
Para Pastore, essas alterações provam que o Conar continua atuando de acordo com os interesses da sociedade sempre que excessos são cometidos. "O consumidor não é tonto, e cabe a ele, num país democrático, exigir mudanças sempre que se sentir ofendido ou prejudicado por uma propaganda."
Ainda segundo ele, se o Ministério da Saúde quer mudanças, cabe repassá-las ao Conar e não legislar ele próprio. (Folha de S.Paulo)
terça-feira, 15 de julho de 2008
Brasileiro deve ser novo 'rei das cervejas', diz jornal
Carlos Brito deve assumir comando da Anheuser-Busch InBev. Compra da norte-americana foi anunciada nesta segunda-feira.
O executivo brasileiro Carlos Brito, presidente-executivo da InBev, deve se tornar o novo "rei das cervejas" com a conclusão da compra da norte-americana Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, anunciada nesta segunda-feira (14). O 'título' foi sugerido pelo jornal "St. Louis Today", cidade onde a empresa dos EUA tem sede, ainda na edição de domingo.
Líder no mercado dos Estados Unidos, a Budweiser é apelidada de "Rei das Cervejas".
Segundo comunicado divulgado pelas empresas, Brito irá comandar as operações da nova companhia, que terá faturamento anual de US$ 36 bilhões e possuirá cerca de 300 marcas.
Em comunicado, Brito declarou estar muito satisfeito "em anunciar esta transação histórica (...). A combinação vai criar uma companhia global mais forte e competitiva, com potencial para crescer em todo o mundo”. Esse potencial é destacado pelo anúncio das empresas, que afirma que a Inbev é líder em dez mercados onde a Budweiser tem uma presença muito pequena. (G1)
O executivo brasileiro Carlos Brito, presidente-executivo da InBev, deve se tornar o novo "rei das cervejas" com a conclusão da compra da norte-americana Anheuser-Busch, fabricante da Budweiser, anunciada nesta segunda-feira (14). O 'título' foi sugerido pelo jornal "St. Louis Today", cidade onde a empresa dos EUA tem sede, ainda na edição de domingo.
Líder no mercado dos Estados Unidos, a Budweiser é apelidada de "Rei das Cervejas".
Segundo comunicado divulgado pelas empresas, Brito irá comandar as operações da nova companhia, que terá faturamento anual de US$ 36 bilhões e possuirá cerca de 300 marcas.
Em comunicado, Brito declarou estar muito satisfeito "em anunciar esta transação histórica (...). A combinação vai criar uma companhia global mais forte e competitiva, com potencial para crescer em todo o mundo”. Esse potencial é destacado pelo anúncio das empresas, que afirma que a Inbev é líder em dez mercados onde a Budweiser tem uma presença muito pequena. (G1)
segunda-feira, 14 de julho de 2008
sexta-feira, 11 de julho de 2008
quarta-feira, 9 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
quinta-feira, 3 de julho de 2008
Lei seca é demagógica e gera corrupção
JOSIMAR MELO
CRÍTICO DA FOLHA
A nova lei sobre bebida no trânsito tem o enorme mérito de aumentar as penas para os bêbados ao volante, que devem ser punidos severamente. Mas tem um lado lamentável -a equiparação dos que bebem social e moderadamente (por exemplo, numa refeição) com os meliantes.
Era preciso isso para que houvesse uma real fiscalização contra os bêbados ao volante, que com seus ziguezagues e arrancadas tresloucadas são tão visíveis?
Antes o nível aceitável no Brasil já era rigoroso, equiparável a países da América do Norte e da Europa. Nestes, há tolerância com níveis moderados de bebida alcoólica no trânsito, mas não com bêbados. É por isso que nos Estados Unidos, no Canadá, na Inglaterra as pessoas são muito comedidas ao beber quando vão dirigir: porque sabem que o excesso será punido de verdade.
No Brasil, optou-se pela demagogia. Não é ainda a proibição total do álcool, mas é um belo passo: a lei dos sonhos dos moralistas, dos fanáticos religiosos, dos que sonham com uma humanidade conformada, careta e muito bem amestrada (típico destas leis de "tolerância zero", como a política fascistóide do ex-prefeito Rudolph Giuliani, de Nova York: "atire antes e nem pergunte depois", pois a população em seu curral é por definição criminosa, o grande pai deve decidir por ela).
A bolsa de corrupção já deve estar bombando (as cotações começando em R$ 1.000), pois toda norma exagerada estimula a propina.
E, como os fatos já mostram, o rico bêbado continua atropelando e ficando solto, o caminhoneiro pobre fica em cana quando é pego.
Mais uma lei que livra a cara dos ricos, joga água no moinho da caretice e sequer garante que, depois do show midiático, será realmente efetiva para coibir o verdadeiro problema -não o bebedor responsável, mas o bêbado criminoso que já deveria estar sendo contido, mas nunca foi. Será agora?
CRÍTICO DA FOLHA
A nova lei sobre bebida no trânsito tem o enorme mérito de aumentar as penas para os bêbados ao volante, que devem ser punidos severamente. Mas tem um lado lamentável -a equiparação dos que bebem social e moderadamente (por exemplo, numa refeição) com os meliantes.
Era preciso isso para que houvesse uma real fiscalização contra os bêbados ao volante, que com seus ziguezagues e arrancadas tresloucadas são tão visíveis?
Antes o nível aceitável no Brasil já era rigoroso, equiparável a países da América do Norte e da Europa. Nestes, há tolerância com níveis moderados de bebida alcoólica no trânsito, mas não com bêbados. É por isso que nos Estados Unidos, no Canadá, na Inglaterra as pessoas são muito comedidas ao beber quando vão dirigir: porque sabem que o excesso será punido de verdade.
No Brasil, optou-se pela demagogia. Não é ainda a proibição total do álcool, mas é um belo passo: a lei dos sonhos dos moralistas, dos fanáticos religiosos, dos que sonham com uma humanidade conformada, careta e muito bem amestrada (típico destas leis de "tolerância zero", como a política fascistóide do ex-prefeito Rudolph Giuliani, de Nova York: "atire antes e nem pergunte depois", pois a população em seu curral é por definição criminosa, o grande pai deve decidir por ela).
A bolsa de corrupção já deve estar bombando (as cotações começando em R$ 1.000), pois toda norma exagerada estimula a propina.
E, como os fatos já mostram, o rico bêbado continua atropelando e ficando solto, o caminhoneiro pobre fica em cana quando é pego.
Mais uma lei que livra a cara dos ricos, joga água no moinho da caretice e sequer garante que, depois do show midiático, será realmente efetiva para coibir o verdadeiro problema -não o bebedor responsável, mas o bêbado criminoso que já deveria estar sendo contido, mas nunca foi. Será agora?
quarta-feira, 2 de julho de 2008
Antonio Prata : Pensamento Único
A calabresa está com os dias contados. É a próxima vítima na cruzada puritana que assola o Globo. Quando a última bituca for apagada no fundo do derradeiro copo de chope, pode anotar: eles virão atrás da lingüiça.
A caçada, na verdade, já começou. Ontem à noite, num bar, uma garota em minha mesa resolveu desafiar o espírito do tempo e pedir ao garçom, sob olhares atônitos dos outros comensais, um sanduíche de calabresa. O resto da turma a olhou, incrédulo. Diante de suflês de abobrinha, saladas verdes e outros corolários anódinos do auto-controle, pareciam dizer, cheios de orgulho e inveja: você não sabe que não se pede mais esse tipo de coisa?!
Por enquanto, a repressão é apenas cultural, mas é assim que começa. Em breve os carnívoros começarão a ser hostilizados em restaurantes. Depois, quem sabe, serão obrigados a usar estrelas vermelhas costuradas à roupa. Daí para os cercarem em guetos e você-sabe-bem-como-essa-história-termina é apenas um passo.
A moda agora é das comidas funcionais. Suco de berinjela, salada de alfafa, meia uva com três grãos de gergelim... Tudo pelo bom funcionamento do sistema digestivo, como se fôssemos meras máquinas a serem reguladas. Daqui a pouco o garçom vai perguntar, enquanto toma nosso pedido: “quer que dê uma olhada no óleo e na água?”.
Podem dizer que é para o nosso próprio bem. Que a gordura mata e o agrião salva. Amém. Acredito, no entanto, que a opção preferencial pelas fibras nada tem a ver com a saúde do corpo mas, sim, com uma doença da alma: o sabor está ficando démodé. Há uma espécie de ascetismo religioso nessa austeridade dietética. Um júbilo penitente pelo auto-controle. Segundo o novo moralismo alimentar, os gordos são preguiçosos, os carnívoros são lascivos e quem pede uma calabresa, de noite, na frente dos outros, só pode estar completamente fora de sintonia com a própria época.
A questão é séria e requer uma atitude. Glutões de todo o mundo, discípulos de Baco, cultores do bom, do belo e do supérfluo, uni-vos: o prazer subiu no telhado. Ponham as carnes na grelha, aumentem o som, abram um vinho, reajam! Antes que seja tarde e o mundo se transforme numa barra de cereal. Light.
http://blogdoantonioprata.blogspot.com/
A caçada, na verdade, já começou. Ontem à noite, num bar, uma garota em minha mesa resolveu desafiar o espírito do tempo e pedir ao garçom, sob olhares atônitos dos outros comensais, um sanduíche de calabresa. O resto da turma a olhou, incrédulo. Diante de suflês de abobrinha, saladas verdes e outros corolários anódinos do auto-controle, pareciam dizer, cheios de orgulho e inveja: você não sabe que não se pede mais esse tipo de coisa?!
Por enquanto, a repressão é apenas cultural, mas é assim que começa. Em breve os carnívoros começarão a ser hostilizados em restaurantes. Depois, quem sabe, serão obrigados a usar estrelas vermelhas costuradas à roupa. Daí para os cercarem em guetos e você-sabe-bem-como-essa-história-termina é apenas um passo.
A moda agora é das comidas funcionais. Suco de berinjela, salada de alfafa, meia uva com três grãos de gergelim... Tudo pelo bom funcionamento do sistema digestivo, como se fôssemos meras máquinas a serem reguladas. Daqui a pouco o garçom vai perguntar, enquanto toma nosso pedido: “quer que dê uma olhada no óleo e na água?”.
Podem dizer que é para o nosso próprio bem. Que a gordura mata e o agrião salva. Amém. Acredito, no entanto, que a opção preferencial pelas fibras nada tem a ver com a saúde do corpo mas, sim, com uma doença da alma: o sabor está ficando démodé. Há uma espécie de ascetismo religioso nessa austeridade dietética. Um júbilo penitente pelo auto-controle. Segundo o novo moralismo alimentar, os gordos são preguiçosos, os carnívoros são lascivos e quem pede uma calabresa, de noite, na frente dos outros, só pode estar completamente fora de sintonia com a própria época.
A questão é séria e requer uma atitude. Glutões de todo o mundo, discípulos de Baco, cultores do bom, do belo e do supérfluo, uni-vos: o prazer subiu no telhado. Ponham as carnes na grelha, aumentem o som, abram um vinho, reajam! Antes que seja tarde e o mundo se transforme numa barra de cereal. Light.
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quinta-feira, 26 de junho de 2008
Mais um niver no Bar ! (25.06)
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