A venda de cervejas deve ser 6% maior no próximo verão em comparação com o mesmo período do ano passado. Pelo menos essa é a expectativa do setor, que se baseia no crescimento da renda média dos brasileiros e, conseqüentemente, no consumo, e no preço da bebida, que se mantém há três anos.
O mercado cervejeiro no Brasil movimenta R$ 23 bilhões anualmente, resultado de consumo de 9,6 bilhões de litros. Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro representam 34% do consumo anual.
Segundo o superintendente do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), Marcos Mesquita, o preço da bebida não aumenta porque, embora a cotação das commodities que a compõem estejam mais altas no mercado internacional, o câmbio está favorecendo os produtores nacionais da bebida. "Com o dólar em queda, conseguimos comprar as matérias-primas pelo mesmo preço de dois ou três anos atrás", afirma o executivo.
Mesquita acredita, no entanto, que esse cenário vai se alterar ao longo de 2008. "O dólar não deve baixar mais e, então, o aumento de preços dos ingredientes pode fazer crescer os custos dos fabricantes", diz. Entre os itens importados estão os principais: lúpulo, maltes (cereais como cevada e trigo) e levedura (fermento).
Embora os fabricantes nacionais não falem sobre expectativa ou produção, as maiores empresas já preparam seus lançamentos para o verão. A Baden Baden, uma das marcas da Schincariol, por exemplo, já lançou as versões Celebration Verão — do tipo Weiss (trigo), com 20 mil garrafas numeradas — e a Christmans Beer, tipo ale, levemente frisante, com 15 mil garrafas produzidas.
As importadoras também trazem novos tipos da bebida. A Tradbras começou a importação da japonesa Sapporo. A Boxer do Brasil iniciou a importação das cervejas inglesas Fuller's. Além disso, a Boxer está investindo em embalagens especiais para estimular o consumo. São caixas com copos tipo pint e duas latas das especiais Abbot Ale, Old Speclked Hen ou IPA.
Porém, essas cervejas ainda são quase insignificantes para o mercado brasileiro. "O consumo de importadas está crescendo ano a ano, mas ainda há baixa oferta dos tipos premium e pouca demanda geral em função de hábito e dos preços dos produtos", diz Mesquita. O problema é que, embora o preço tenha caído, esses produtos ainda são caros para a maioria dos consumidores — perto de R$ 15 por unidade.
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
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