quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Cerveja pode fortalecer ossos de mulheres, diz estudo espanhol

BBC Brasil

Mulheres que bebem quantidades moderadas de cerveja podem fortalecer seus ossos, segundo um estudo de pesquisadores espanhóis.

O estudo com cerca de 1.700 mulheres, publicado na última edição da revista científica Nutrition, verificou que a densidade dos ossos era melhor em mulheres que bebiam regularmente do que em mulheres que não bebiam.

Mas a equipe de pesquisadores adverte que o efeito pode ser mais ligado a hormônios de plantas presentes na cerveja do que ao álcool.

Especialistas também sugeriram cautela em relação è descoberta. Eles advertem que o consumo diário de mais de duas unidades de álcool prejudica a saúde dos ossos.

A osteoporose, condição na qual a densidade dos ossos fica menor, deixando a pessoa mais suscetível a fraturas, é um problema comum em mulheres após a menopausa.

Força dos ossos

Os cientistas vêm pesquisando possíveis suplementos que possam ajudar as mulheres a manter a força de seus ossos após a meia idade.

Os autores do novo estudo, da Universidade de Extremadura, na Espanha, disseram não recomendar que as mulheres comecem a beber cerveja para fortalecer seus ossos, mas sugeriram que novos estudos sejam feitos com um ingrediente da cerveja chamado fitoestrogênio.

Para a pesquisa, eles recrutaram voluntárias com uma idade média de 48 anos e usaram ultrassom para medir a densidade dos ossos em seus dedos das mãos.

Os resultados foram comparados, levando-se em conta fatores como peso, idade e consumo de álcool.

Mulheres definidas como consumidoras "leves" ou "moderadas" de cerveja - até 280 gramas de álcool por semana, ou o equivalente a até cinco unidades por dia - tinham uma densidade óssea maior na média do que as abstêmias.

O resultado da pesquisa está de acordo com outros estudos anteriores, incluindo um conduzido no Hospital St. Thomas, em Londres, que sugeriu que beber em média oito unidades de álcool por semana pode ser benéfico.

Porém especialistas advertem que é difícil estabelecer um limite certo entre uma dose "saudável" de álcool e uma prejudicial.

O limite máximo estabelecido pelo estudo espanhol, de 35 unidades por semana, é o dobro do máximo recomendado para as mulheres.

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