Ninguém espera mais pelo carnaval que a indústria de cerveja. Depois do verão mais chuvoso dos últimos 12 anos na região Sudeste, a expectativa é recuperar o volume de vendas agora, durante a festa de Momo, de preferência com sol e calor. No mês passado, segundo a Nielsen, foram vendidos 752 milhões de litros da bebida no país, em bares, restaurantes e supermercados. Ou seja, 14,179 milhões de litros - ou 1,8% - a menos que em janeiro do ano passado, mês que também foi chuvoso, embora não tanto. Para piorar o verão do consumidor, todas as cervejarias do país reajustaram seus preços entre dezembro e janeiro, resultando em uma alta de 6% no valor pago no caixa.
"Chuva e cerveja não combinam", diz o consultor Adalberto Viviani, especialista nesse mercado. "Tanto é que no Nordeste, onde fez sol o tempo todo e também houve aumento de preço na mesma proporção (que nas outras regiões), as vendas não se alteraram", afirma, com base em dados das próprias cervejarias. O problema é que o consumo nos Estados nordestinos representa só 17% das vendas em volume da indústria. O Sul e o Sudeste - onde as chuvas predominaram -, concentram 76% do mercado, segundo dados Nielsen.
A preocupação com o clima se justifica porque, tradicionalmente, é em janeiro e em fevereiro que a indústria vende mais. O bimestre é responsável por quase 20% do volume consumido no ano todo, segundo dados Nielsen. O terceiro mês mais forte é dezembro, que também foi molhado. "Por isso acreditamos que o volume no último trimestre de 2008 caiu 2,2% na comparação com o mesmo período de 2007 ", disse o analista Marcel Moraes, do Credit Suisse, em uma análise sobre a AmBev, a líder, com 67% do mercado.
Nos bares, onde são vendidos dois terços da cerveja consumida no país, janeiro foi um mês para se esquecer. "Quando chove assim a venda chega a cair 50%", diz Paulo Solmucci Júnior, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes. "No Sudeste, só houve aumento nos bares de shopping, em que o volume cresceu até 25%. Mas esses estabelecimentos são menos de 2% do total."
No supermercados, não foi diferente. Houve queda de 4% nas vendas, segundo a Associação Paulista de Supermercados. "Mas o motivo foi o preço mais alto", diz Martinho Paiva Moreira, vice-presidente da entidade. "A chuva não influencia de imediato. O preço sim. O clima interfere nas compras futuras, que vão demorar mais para acontecer, uma vez que o consumidor, por causa da temperatura mais amena, leva mais tempo para tomar o estoque que comprou", diz Martinho.
Para as cervejarias, entretanto, nem tudo foi tão amargo. O faturamento de janeiro passou de R$ 2,8 bilhões (no mesmo mês de 2008) para R$ 2,9 bilhões, registrando alta de 2,2%, segundo a Nielsen. Além do aumento nos preços, a aposta em produtos especiais trouxe mais dinheiro. "São cervejas que custam R$ 10, R$ 15", diz Viviane. Segundo ele, a indústria quer que o consumidor que tomava uísque, nos bares, migre para essas "cervejas vip", uma vez que o dólar encareceu a bebida importada. "Assim, elas aumentam a rentabilidade sem precisar produzir mais volume", diz o consultor. (Valor Econômico/Lílian Cunha/20.02.2009)
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
ANIVERSÁRIO DE 14 ANOS!
É hoje a comemoração do décimo quarto ano do Bar do Magrão.
Venha comemorar este intenso tempo de histórias, amizades, petiscos e cervejas geladas!
Hoje é o grande aquecimento para os 15 anos do Bar!
Venha comemorar este intenso tempo de histórias, amizades, petiscos e cervejas geladas!
Hoje é o grande aquecimento para os 15 anos do Bar!
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Marinar carnes em cerveja ou em vinho reduz carcinógenos
Um novo estudo da Universidade do Porto (Portugal) mostra que marinar carne em cerveja ou vinho tinto antes de cozinhá-la diminui níveis de AHC (aminas heterocíclicas), substâncias potencialmente cancerígenas.
A pesquisa avaliou o efeito dessas bebidas em filés bovinos preparados em panela antiaderente sem óleo.
Marinar a carne por seis horas diminuiu os níveis de dois tipos de AHC em até 90% em comparação a um filé não-marinado. "A lógica diz que o efeito será o mesmo em outras carnes. Escolhemos a carne bovina porque forma mais aminas", disse à Folha Isabel Ferreira, responsável pelo estudo.
A cerveja foi mais eficiente para baixar as taxas de um terceiro tipo de AHC.
Outras preparações também podem levar à formação dessas substâncias, dependendo da temperatura. A engenheira de alimentos Priscila Becker Siqueira diz que os compostos são formados principalmente quando a carne entra em contato com chama e fumaça, o que ocorre na preparação de um churrasco, por exemplo. (JS)
(Folha de S.Paulo/03.01.09)
A pesquisa avaliou o efeito dessas bebidas em filés bovinos preparados em panela antiaderente sem óleo.
Marinar a carne por seis horas diminuiu os níveis de dois tipos de AHC em até 90% em comparação a um filé não-marinado. "A lógica diz que o efeito será o mesmo em outras carnes. Escolhemos a carne bovina porque forma mais aminas", disse à Folha Isabel Ferreira, responsável pelo estudo.
A cerveja foi mais eficiente para baixar as taxas de um terceiro tipo de AHC.
Outras preparações também podem levar à formação dessas substâncias, dependendo da temperatura. A engenheira de alimentos Priscila Becker Siqueira diz que os compostos são formados principalmente quando a carne entra em contato com chama e fumaça, o que ocorre na preparação de um churrasco, por exemplo. (JS)
(Folha de S.Paulo/03.01.09)
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
Consumidor paga mais caro pelas bebidas neste ano
Beber, seja suco ou cerveja, ficou bem mais caro este ano. Todas as categorias de bebidas - com exceção de água mineral e isotônicos - tiveram aumento acima da inflação este ano, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) de janeiro até o final do mês passado.
Enquanto a inflação do período ficou em 5,99%, vinhos e chope subiram 15,80% e 12,42% respectivamente. Uísque e vodca ficaram 12,23% e 11,46% mais caros. Os sucos de fruta tiveram alta de 8,81% e as cervejas, de 6,19%. Já os refrigerantes estão custando em média 6,56% a mais. E, segundo executivos ouvidos pelo Valor, tanto em dezembro quanto nos primeiros meses de 2009, os preços podem continuar subindo.

"Antes de fevereiro teremos de aumentar os produtos em mais 6%", diz Luís Eduardo Figueiredo, diretor comercial da sucos Jandaia. Ele explica que várias frutas tiveram safra abaixo do esperado, como é o caso do caju - sabor que corresponde a 75%do mercado de concentrados. "A produção de caju este ano está até 40% abaixo do esperado. Além disso, os custos logísticos subiram entre 12% e 15% e o custo de transporte representa de 8% a 10% do preço final do produto", explica.
As cervejas, por sua vez, estão aumentando ainda mais de preço esta semana. A AmBev, que tem 67% do mercado, anunciou reajuste para os supermercados de 5,4%. "Quando a AmBev sobe, depois as outras marcas acabam aumentando preços também", diz Emílio Bueno, presidente da Rede Econ, com mais de 30 lojas em São Paulo.
A Femsa, dona das marcas Sol e Kaiser, informa que não tem reajustes planejados. "Houve sim uma mudança de custos neste ano. Mas o preço das matérias primas caiu na mesma proporção em que o dólar subiu, compensando um pelo outro", diz Paulo Macedo, diretor de relações externas Mercosul da companhia. "O aumento que houve no mercado este ano foi mais preventivo. A indústria está tentando se prevenir no caso de uma alta dos insumos que não houve até agora", afirma. A Femsa, segundo ele, aplicou um aumento diluído durante o ano para repassar "apenas a inflação do ano passado", que ficou em 4,38% segundo a Fipe.
Em 2009, entretanto, as cervejarias deverão importar mais malte que o normal, devido à má qualidade da safra de cevada, de acordo com Euclydes Minella, pesquisador e especialista em cevada da Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS). "Elas terão que aumentar seu gasto em dólar", diz.
Mesmo assim, Macedo, da Femsa, diz que o reajuste da cerveja não se justifica. "A indústria faz contratos de compra de um ano, dois anos e de até cinco anos. Variações cambiais não têm reflexo imediato nos custos como muitos pensam."
No caso de bebidas mais finas, como vinhos e destilados, o aumento tem, sim, a ver com o dólar pois boa parte desses produtos é importada. Alguns fabricantes, como a britânica Diageo, líder global no segmento de bebidas alcoólicas premium, tentam trabalhar com uma cotação menor da moeda americana que a praticada pelo mercado. A companhia divulgou esta semana que está trabalhando com o dólar a R$ 1,80, em uma tentativa de não assustar os consumidores neste final de ano.
Já a tradicional cachaça, que ficou 14,01% mais cara para o consumidor, sofreu impacto do novo regime tributário adotado no estado de São Paulo, segundo Cesar Rosa, presidente da Tatuzinho e também presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). "Já era previsto que o produto iria subir com a substituição tributária. É reflexo da sonegação que existia."
(Lílian Cunha/Valor Econômico)
Enquanto a inflação do período ficou em 5,99%, vinhos e chope subiram 15,80% e 12,42% respectivamente. Uísque e vodca ficaram 12,23% e 11,46% mais caros. Os sucos de fruta tiveram alta de 8,81% e as cervejas, de 6,19%. Já os refrigerantes estão custando em média 6,56% a mais. E, segundo executivos ouvidos pelo Valor, tanto em dezembro quanto nos primeiros meses de 2009, os preços podem continuar subindo.

"Antes de fevereiro teremos de aumentar os produtos em mais 6%", diz Luís Eduardo Figueiredo, diretor comercial da sucos Jandaia. Ele explica que várias frutas tiveram safra abaixo do esperado, como é o caso do caju - sabor que corresponde a 75%do mercado de concentrados. "A produção de caju este ano está até 40% abaixo do esperado. Além disso, os custos logísticos subiram entre 12% e 15% e o custo de transporte representa de 8% a 10% do preço final do produto", explica.
As cervejas, por sua vez, estão aumentando ainda mais de preço esta semana. A AmBev, que tem 67% do mercado, anunciou reajuste para os supermercados de 5,4%. "Quando a AmBev sobe, depois as outras marcas acabam aumentando preços também", diz Emílio Bueno, presidente da Rede Econ, com mais de 30 lojas em São Paulo.
A Femsa, dona das marcas Sol e Kaiser, informa que não tem reajustes planejados. "Houve sim uma mudança de custos neste ano. Mas o preço das matérias primas caiu na mesma proporção em que o dólar subiu, compensando um pelo outro", diz Paulo Macedo, diretor de relações externas Mercosul da companhia. "O aumento que houve no mercado este ano foi mais preventivo. A indústria está tentando se prevenir no caso de uma alta dos insumos que não houve até agora", afirma. A Femsa, segundo ele, aplicou um aumento diluído durante o ano para repassar "apenas a inflação do ano passado", que ficou em 4,38% segundo a Fipe.
Em 2009, entretanto, as cervejarias deverão importar mais malte que o normal, devido à má qualidade da safra de cevada, de acordo com Euclydes Minella, pesquisador e especialista em cevada da Embrapa Trigo, de Passo Fundo (RS). "Elas terão que aumentar seu gasto em dólar", diz.
Mesmo assim, Macedo, da Femsa, diz que o reajuste da cerveja não se justifica. "A indústria faz contratos de compra de um ano, dois anos e de até cinco anos. Variações cambiais não têm reflexo imediato nos custos como muitos pensam."
No caso de bebidas mais finas, como vinhos e destilados, o aumento tem, sim, a ver com o dólar pois boa parte desses produtos é importada. Alguns fabricantes, como a britânica Diageo, líder global no segmento de bebidas alcoólicas premium, tentam trabalhar com uma cotação menor da moeda americana que a praticada pelo mercado. A companhia divulgou esta semana que está trabalhando com o dólar a R$ 1,80, em uma tentativa de não assustar os consumidores neste final de ano.
Já a tradicional cachaça, que ficou 14,01% mais cara para o consumidor, sofreu impacto do novo regime tributário adotado no estado de São Paulo, segundo Cesar Rosa, presidente da Tatuzinho e também presidente do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). "Já era previsto que o produto iria subir com a substituição tributária. É reflexo da sonegação que existia."
(Lílian Cunha/Valor Econômico)
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
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