A Chinesa Snow bate as marcas globais e, com a produção de mais de 5,1 bilhões de litros por ano, torna-se a marca de cerveja mais consumida no mundo
NEM BUDWEISER NEM BRAHMA NEM qualquer notória marca alemã, belga, holandesa. Atende pelo nome de Snow e é turbinada pelos números astronômicos do consumo chinês a nova líder mundial do ranking de produção de cervejas preparado pela consultoria britânica Canadean Ltd.. A lista, recémdivulgada, se baseia nas produções de 2007 e aí a loira chinesa aparece com dados embriagantes: nada menos que 5,1 bilhões de litros saíram das fábricas da marca - para se ter uma idéia, todas as cervejas brasileiras juntas somaram nove bilhões de litros. Embora vendida apenas na China, a Snow desbancou a Bud Light, da Anheuser-Bush InBev, comercializada em todo o mundo, que ficou com o segundo lugar.
A marca Snow pertence à China Resources Enterprise, detentora de uma joint venture com a britânica SAB Miller, uma das gigantes mundiais do setor. Apesar de ser a número 1 em produção, a cerveja comanda apenas 5% do mercado local, fatia que seria pouco expressiva em qualquer outro lugar do mundo. Menos na superpopulosa China, é claro. Lá, a competição também é de alta densidade, com 500 cervejas diferentes. "O mercado chinês é tão fragmentado, como qualquer outro em desenvolvimento, pronto para receber investimentos de estrangeiros", afirma Renato Prado, analista de investimentos da Fator Corretora.
O potencial do mercado de cervejas na China pode ser percebido nas estatísticas. O consumo per capita da bebida por lá é de 25 litros por pessoa ao ano, em um total de população de cerca de 1,4 bilhão de chineses. Comparativamente, cada brasileiro bebe em torno de 50 litros, mas temos aqui 180 milhões de pessoas. "Pela quantidade, o volume de produção equivale a eles beberem oito vezes mais do que nós", diz Prado. Isso explica porque as líderes mundiais do segmento estão de olho nos consumidores chineses. O país apresenta boa oportunidade de crescimento no longo prazo e abriga o maior mercado do planeta, com produção de mais de 30 bilhões de litros ao ano e crescimento médio de 6.2% para os próximos anos. Os dados chamam a atenção das corporações, que estão se preparando para entrar aos poucos no mercado local, mas que encontram um entrave cultural: os estrangeiros não conseguem entender o peculiar gosto dos chineses em matéria de cervejas. "Ninguém quer entrar com uma marca nova e perder dinheiro", diz Caio Pires, analista do setor de cervejaria da consultoria Lafis. O especialista acredita que as multinacionais entrarão no país com a aquisição de marcas conhecidas localmente, como fez a SAB Miller com a compra de participação na Snow. "É mais fácil e econômico para as corporações, além de ser mais seguro, já que não é preciso fidelizar uma nova marca", conclui.
Fonte: Pesquisa da consultoria LAFIS
A mesma estratégia foi discutida na fusão da americana Anheuser-Busch com a belgo-brasileira InBev, em julho. As duas empresas juntas devem controlar cerca de 21% da venda de bebidas - uma porcentagem grande, quando situada no complexo segmento de cerveja chinês. Nos últimos anos, a estratégia da Anheuser por lá estava cada vez mais agressiva com a atuação da marca Budweiser no nordeste do país. Já a InBev vem aumentando ainda mais as vendas desde a aquisição da Fujian Sedrin Brewery, que complementa a atuação da companhia no sudeste. É a chance de as grandes cervejarias reconquistar o posto número 1.
(TATIANA VAZ - Isto É Dinheiro - 01.10.08)
terça-feira, 30 de setembro de 2008
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Homem se tornou agricultor para beber cerveja, diz biólogo
Pesquisa foi apresentada em novo livro sobre origens da agricultura. Aporte alimentar da lavoura, no início, teria sido pequeno demais.
O homem se tornou sedentário e agricultor há cerca de dez mil anos, iniciando a Revolução Neolítica, para beber cerveja e se embriagar, e não com a finalidade de melhorar ou garantir sua alimentação. A afirmação foi feita pelo biólogo e historiador natural alemão Josef H. Reichholf em seu novo livro "Warum die Menschen sesshaft wurden" ("Por que os homens se tornaram sedentários", em tradução livre).
A obra começou a ser vendida hoje nas livrarias da Alemanha e explica as causas da revolução que deu lugar à formação de povos e religiões. O acadêmico da Universidade Técnica de Munique considera errada a teoria de que a humanidade começou a cultivar plantas, abandonou a vida nômade e se estabeleceu de maneira permanente em um lugar determinado para se alimentar melhor.
"Essa visão habitual confunde causas e conseqüências. Para que os caçadores e agricultores abandonassem sua forma de vida e alimentação tradicional teve de acontecer alguma vantagem inicial", explica, e ressalta que no início "o cultivo de plantas não trouxe consigo nenhuma vantagem sobressalente para a sobrevivência".
Modelo de fabricação de cerveja no antigo Egito
Trabalho demais
Reichholf acrescenta que as colheitas iniciais eram muito pequenas e o cultivo da terra era muito trabalhoso, o que não garantia a sobrevivência de um povo apenas da agricultura. Ele afirma que o homem neolítico continuou caçando e colhendo para subsistir. Nesse sentido, classifica igualmente de errada a teoria de que nas primeiras regiões de assentamento sedentário da humanidade, que vão do Egito à Mesopotâmia, havia pouca caça e muita vegetação.
"Era totalmente diferente", assegura o especialista, que considera que essas regiões eram ricas em caça, por isso não havia necessidade de abandonar essa forma de subsistência, e julga absurda a teoria de que uma região possa ser rica em frutos e pobre em animais selvagens ao mesmo tempo.
"Ao contrário, eu afirmo que a agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação", disse Reichholf à imprensa na apresentação do livro. O alemão assegura que a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo", conclui. (EFE)
O homem se tornou sedentário e agricultor há cerca de dez mil anos, iniciando a Revolução Neolítica, para beber cerveja e se embriagar, e não com a finalidade de melhorar ou garantir sua alimentação. A afirmação foi feita pelo biólogo e historiador natural alemão Josef H. Reichholf em seu novo livro "Warum die Menschen sesshaft wurden" ("Por que os homens se tornaram sedentários", em tradução livre).
A obra começou a ser vendida hoje nas livrarias da Alemanha e explica as causas da revolução que deu lugar à formação de povos e religiões. O acadêmico da Universidade Técnica de Munique considera errada a teoria de que a humanidade começou a cultivar plantas, abandonou a vida nômade e se estabeleceu de maneira permanente em um lugar determinado para se alimentar melhor.
"Essa visão habitual confunde causas e conseqüências. Para que os caçadores e agricultores abandonassem sua forma de vida e alimentação tradicional teve de acontecer alguma vantagem inicial", explica, e ressalta que no início "o cultivo de plantas não trouxe consigo nenhuma vantagem sobressalente para a sobrevivência".
Modelo de fabricação de cerveja no antigo Egito
Trabalho demais
Reichholf acrescenta que as colheitas iniciais eram muito pequenas e o cultivo da terra era muito trabalhoso, o que não garantia a sobrevivência de um povo apenas da agricultura. Ele afirma que o homem neolítico continuou caçando e colhendo para subsistir. Nesse sentido, classifica igualmente de errada a teoria de que nas primeiras regiões de assentamento sedentário da humanidade, que vão do Egito à Mesopotâmia, havia pouca caça e muita vegetação.
"Era totalmente diferente", assegura o especialista, que considera que essas regiões eram ricas em caça, por isso não havia necessidade de abandonar essa forma de subsistência, e julga absurda a teoria de que uma região possa ser rica em frutos e pobre em animais selvagens ao mesmo tempo.
"Ao contrário, eu afirmo que a agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação", disse Reichholf à imprensa na apresentação do livro. O alemão assegura que a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo", conclui. (EFE)
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